Posted: 25 Jul 2013 03:55 AM PDT
Não devemos reter nossas lágrimas.
São elas nossas energias emocionais que se materializam e precisam ser expressas.
Chorar é muito natural.
Quando estamos em
contato com nossas emoções e sentimentos, sabemos o que eles nos querem
dizer e mostrar sobre nossas carências e nossas relações com os outros.
Quase todos nós aprendemos como sentir ou
como esconder nossas emoções na infância.
A formação da nossa
personalidade está ligada, sem contar a outros tantos fatores, ao
aprendizado da vida atual.
Fatos e atitudes semelhantes costumam
provocar nas crianças emoções comparáveis; portanto, não podemos nos
esquecer da influência do meio e da cultura no desenvolvimento de nossa
emotividade.
Emoções e sentimentos são simples e
primários; são como são, não adianta enfeitá-los ou tentar explicá-los.
O
desenvolvimento, porém, da nossa maneira de “sentir agindo” se forma de
acordo com nosso grau evolutivo somado à nossa vontade e ao ambiente em
que vivemos.
Ninguém sente emoções somente em
determinadas partes do corpo, mas sim em todo o organismo.
No entanto, a
mesma emoção pode provocar atitudes completamente diversas nas pessoas.
Durante uma apresentação teatral ou musical, podemos observar as mais
controvertidas emoções na platéia diante das mesmas circunstâncias de
estímulo.
Os seres humanos são espíritos milenares que vivem
temporariamente em corpos transitórios; essa a razão da diversidade de
sentimentos.
Em caso de falecimento de entes queridos,
chorar de modo intenso é uma emoção perfeitamente compreensível.
Porém,
se aprendemos com adultos preconceituosos que “homens nunca devem
chorar”, reprimimos nossas emoções naturais e passamos a criar barreiras
psicológicas em nossa vida íntima.
É saudável, pois, em certas
circunstâncias, demonstrar tristeza; reprimi-la é doentio.
Não estamos nos referindo aos
comportamentos espetaculares de exibição dramática, mas à necessidade de
expressar a dor da separação.
Muitos escondem suas lágrimas, pois
querem demonstrar a seus amigos e familiares que são altamente
espiritualizados.
Afirmam que o choro é reação anormal de criaturas
revoltadas.
Na verdade, esse julgamento infeliz é observado nos
denominados “juizes ideológicos”; perderam suas conexões com a
sensibilidade.
Alguns aprenderam que não devemos chorar
pelos nossos mortos queridos, pois lhes ensinaram que, enquanto
permanecerem derramando lágrimas, seus afetos não ficarão em paz.
O
verdadeiro problema que se estabelece é a rebeldia e a inconformação
perante as Leis da Vida, não as lágrimas que derivam da saudade e do
amor que nutrimos pelos seres que partiram.
Outros reagem ante os funerais de
familiares com um “entorpecimento emocional”, não derramando uma lágrima
sequer.
Pessoas podem acusá-los de indiferentes e insensíveis, por não
conseguirem avaliar o cansaço físico excessivo dessas criaturas naquele
momento, pelas noites e noites desgastantes que viveram durante a longa
doença do afeto que partiu.
Outros ainda tomam atitudes de coragem
impassível diante da dor, por terem aderido a doutrinas estóicas.
Posteriormente, no entanto, sentem-se culpados, porque não choraram o
quanto queriam chorar.
Para os que têm fé e aceitam a vida após a
morte, a separação é vista de forma temporária, ficando mais facil para
eles superarem os momentos dolorosos do “adeus” na desencarnação.
Sabem
que o progresso é inevitável e, por isso, consideram a morte o fim de
uma etapa e o início de outra melhor.
“Sensibiliza os Espíritos o lembrarem-se deles os que lhes finam caros na Terra.”
As lágrimas são mensageiras da saudade, são as águas cristalinas do coração, que surgem das profundezas de nossa alma.
¹ O Livro dos Espíritos, Questão 320:-
- Sensibiliza os Espíritos o lembrarem-se deles os que lhes foram caros na Terra?
- Sensibiliza os Espíritos o lembrarem-se deles os que lhes foram caros na Terra?
Muito mais do que podeis supor.
Se são felizes, esse fato lhes aumenta a felicidade.
Se são desgraçados, serve-lhes de lenitivo.
Livro:- As Dores da Alma
Item Repressão
Espírito Hammed
Psicografia de Francisco do Espírito Santo Neto
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