Posted: 19 Aug 2013 03:44 AM PDT
Amar,
mesmo que seja de forma egoísta, todos os seres humanos o fazem, nem
que seja a si mesmos.
Amar de forma verdadeira, sem egoísmo e posse,
demonstra o que se aprendeu.
Amando verdadeiramente, anulamos erros e
irradiamos alegrias em nossa volta.
Amar e desapegar-se dos seres que amamos não é fácil.
Encarnados, quando
aprendem a se desprender do que lhes é caro, chegam a ter sensações de
dor, porque sufocam a ilusão de ter.
Amar a tudo, dando valor, mas
sabendo que nos é emprestado.
E por quem:-
- Pelo nosso Criador.
Com objeto
emprestato, cuidado dobrado.
Sim, realmente, tudo nos é emprestado, já
que não somos donos de nada material, não possuímos nada.
Nosso amor
pelas coisas deve ser incondicional, usar o que nos é permitido, sem
abusar.
Dar valor à casa que nos serve de lar, às roupas que vestem
nosso corpo, ao local em que trabalhamos, onde recebemos o dinheiro para
o sustento material, enfim, a todos os objetos que nos são úteis.
Porém, teremos um dia que deixar tudo para outros, e que o deixemos da
melhor forma possível, para que eles possam desfrutar dos objetos
emprestados tanto quanto nós.
Até o corpo físico temos que devolver à
natureza.
E como essa devolução é difícil para muitos!
Até aí, parece fácil, embora saibamos que muitos, possuídos pelo
desejo de ter, se esquecem desse fato, apegam-se às coisas, aos objetos,
julgando ser deles, e quando desencarnam não querem deixá-los e a eles
ficam presos.
Há uma parte mais difícil, que é amar nossos entes
queridos sem apego.
Quase sempre nos julgamos insubstituíveis junto
daqueles que amamos, que ninguém os ama mais que nós e que somos
indispensáveis na vida deles.
Apegamo-nos assim a estes, esquecendo que
eles também são amados por Deus e que somos companheiros de viagem,
cabendo a cada um caminhar com seus próprios passos.
E muitas vezes,
nessas caminhadas, somos levados a nos distanciar um do outro, mas
afetos sinceros não se separam.
Podem estar ausentes, não separados.
Deixar que nossos afetos sigam sozinhos, sem nós, é algo que devemos
entender. É o desapego.
Ao desencarnarmos, ausentamo-nos do convívio de
nossos entes queridos e, se não entendermos isso, consideraremos essa
ausência como separação definitiva.
Precisamos aprender a amar com
desapego, ampliar o número de nossos afetos, sem a ilusão da posse.
Se
formos chamados a nos ausentar, pela desencarnação, continuemos a
valorizá-los, respeitando-os, ajudando-os.
Estaremos no caminho do
desapego, mas continuaremos a amá-los da mesma forma.
Livro:-O Vôo da Gaivota
Cap. Colóquio Interessante
Espírito Patrícia
Psicografia de Vera Lúcia Marinzeck de Carvalho
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