Perispírito:- União do espírito com o corpo
À face do Espiritismo, o ser humano é constituído por três
elementos essenciais e diferenciados, com natureza, organização,
estrutura, funções e finalidades distintas, interpenetrando-se
mutuamente sem perderem a sua autonomia, formados de matérias
sucessivamente mais rarefeitas e sutilizadas, constituindo um sistema
solidário e harmônico:-
1º - Corpo físico
2º - O perispírito
3º - O espírito
O Homem e seus Corpos – Anne Besant
O perispírito é o traço de união entre a vida corpórea e a vida espiritual.
É por seu intermédio que o Espírito encarnado se acha em relação contínua com os desencarnados; é, em suma, por seu intermédio, que se operam no homem fenômenos especiais, cuja causa fundamental não se encontra na matéria tangível e que, por essa razão, parecem sobrenaturais.
A Gênese – Allan Kardec – pág. 288
Vivência do Espírito durante o sono
401. Durante o sono, a alma repousa como o corpo?
“Não, o espírito jamais está inativo.
Durante o sono, afrouxam-se os laços que o prendem ao corpo e, não precisando este então da sua presença, ele se lança pelo espaço e entra em relação mais direta com os outros Espíritos.”
O Livro dos Espíritos – Allan Kardec – Parte 2ª – cap. VIII
O espírito nunca está inativo.
O sono, que repousa o corpo, é para o espírito, oportunidade de entrar em relação com o mundo espiritual, a fim de haurir orientação, conforto e forças para prosseguir com acerto em sua jornada terrena.
Emancipando-se parcialmente do corpo, cada espírito vai agir segundo seu estado evolutivo.
Assim, varia a vivência do espírito durante o sono.
Inferiores - Presos que estão por interesses egoístas, materialistas, pouco se afastam do corpo ou do ambiente terreno; dão expansão aos seus instintos e tendências inferiores, junto aos espíritos com os quais se afinam.
Benévolos ou evoluídos - Vão a ambientes espirituais elevados, onde se instruem e trabalham, junto a entidades superiores e reencontram amigos e parentes desencarnados.
Importância do sono
O fato de passarmos um terço de nossa existência dormindo (8 das 24 horas do dia) indica a importância:-
- Do sono físico, ensejando repouso orgânico, liberação de toxinas etc.
Do sonho, para o equilíbrio:-
-Página 23 de 23
• Psíquico (pessoas impedidas de sonhar sofrem perturbações graves).
• Espiritual (a vivência espiritual que desfrutamos enquanto o corpo dorme é como hora de visitas ou de tomar sol no pátio para o detento numa prisão).
Façamos, pois, um preparo para o nosso repouso diário:-
• Orgânico (refeições leves, higiene, silêncio etc.).
• Mental (leituras, conversas, filmes, atividades comedidas, não afligentes ou desgastantes).
• Espiritual (leitura edificante, meditação, serenidade, perdão, prece).
Assim, nosso corpo e mente repousarão, enquanto em espírito teremos melhor oportunidade de alcançarmos a convivência com os espíritos bons e amigos.
Estudos sobre Mediunidade – Apostila – CEAK
– pág. 94 – Campinas/SP
Emancipação da alma
Em certos estados, o espírito encarnado se emancipa parcialmente do corpo, passando a gozar de relativa liberdade, com diferentes percepções e manifestações.
Durante a emancipação parcial e conforme o grau dela, o corpo fica com suas funções diminuídas ou alteradas.
Desdobramento
É o nome que se dá ao fenômeno de exteriorização do perispírito.
No desdobramento:-
• O Espírito, com o seu perispírito, se afasta do corpo.
• O perispírito continua ligado ao corpo por cordões fluídicos; isto permite ao espírito tomar conhecimento de tudo que se passa com o corpo e retornar instantaneamente, se necessário (inclusive em caso de ameaça física ou ferimento mortal).
• O corpo fica com as funções orgânicas reduzidas, mais ou menos inerte, conforme o grau de desdobramento.
• O perispírito é que manifesta a vida do espírito (ativa e inteligente), agindo com maior liberdade, tal como o perispírito dos desencarnados, podendo afastar-se a grandes distâncias do corpo.
O desdobramento pode ser:-
• Consciente – se a pessoa guarda conhecimento do processo ocorrido.
• Inconsciente – se, ao retornar do desdobramento, a pessoa nada recorda.
OBS:- há casos em que, durante o desdobramento, a pessoa relata o que está ocorrendo mas, ao despertar, de nada mais se lembra.
• Voluntário – se a própria pessoa o promove.
Há perigos, porém, para as pessoas inexperientes ou mal assistidas em promover o desdobramento, que só deve ser feito:-
– Por quem esteja habilitado.
– Com objetivos elevados.
– Com a concordância e auxílio do mentor espiritual.
• Provocado – por outros agentes, encarnados ou desencarnados através de processos hipnóticos e magnéticos.
Os bons espíritos podem provocar o desdobramento ou auxiliá-lo sempre com finalidades superiores.
É assim o caso de "Desdobramento em Serviço", relatado por André Luiz no Cap. II do Livro:- "Domínios da Mediunidade", psicografado por Francisco Cândido Xavier.
Mas os espíritos obsessores também podem provocá-lo para produzir malefícios (obsessão ou possessão); os espíritos protetores nem sempre poderão impedir, se a vítima oferecer dependência, afinidade com o obsessor.
Letargia
É resultante da emancipação parcial do espírito.
Nela, o corpo perde temporariamente a sensibilidade e o movimento, há flacidez geral (tronco e membros) e diminuição do metabolismo e dos ritmos fisiológicos-orgânicos, ficando com todas as aparências da morte.
Por isso é chamada também de morte aparente.
Mas as funções do corpo continuam a se executar, sua vitalidade não está aniquilada porém em estado latente (como na crisálida).
O sair deste estado faz o povo pensar em ressurreição.
(Ex.: Lázaro).
Catalepsia
Também resulta da emancipação parcial do espírito.
Nela, também há perda temporária da sensibilidade e do movimento.
Mas difere da letargia, porque há rigidez muscular, não atinge o corpo todo (não é geral), a inteligência pode se manifestar, não se confundindo nunca com a morte.
Sonambulismo
É outro dos estados de emancipação da alma.
No estado sonambúlico, o espírito está de posse de suas percepções e faculdades, que o corpo geralmente embota.
E poderá usar seu próprio corpo para certas ações, como movimentaria uma mesa ou outro objeto no fenômeno de efeitos físicos, ou movimentaria a mão do médium na psicografia mecânica.
Êxtase
É um sonambulismo mais apurado, o grau máximo da emancipação da alma.
Permite vivência maior no campo espiritual.
O corpo fica somente com vida vegetativa, a um passo do desprendimento total.
Quando em êxtase, a pessoa pode ficar num estado de encantamento e exaltação prejudicial; é preciso, então, adverti-la e convidá-la ao retorno ao corpo.
OBSERVAÇÕES FINAIS
Em estado de emancipação, qualquer que seja o seu grau, o espírito pode ter percepções, colher informações, observar fenômenos etc.
Entretanto, pela imperfeição da criatura humana, poderá enganar-se quanto ao que vê, não saber interpretar etc.
Por isso, nem tudo o que a pessoa disser nesses estados deve ser considerado como inteiramente digno de crédito.
Há necessidade de analisar, como, por exemplo, certas profecias.
Há também a possibilidade de suceder que, nesse estado de emancipação, ela mergulhe no conhecimento de si mesma, nas suas idéias, experiências anteriores, etc. e enseje o fenômeno anímico (produção da própria alma), do qual falamos em aula anterior.
Conforme o grau de emancipação, o espírito encarnado pode até influenciar outros médiuns e dar comunicação.
Fonte: http://bvespirita.com/Mediunidade%20(CEFAK).pdf
1º - Corpo físico
2º - O perispírito
3º - O espírito
O Homem e seus Corpos – Anne Besant
O perispírito é o traço de união entre a vida corpórea e a vida espiritual.
É por seu intermédio que o Espírito encarnado se acha em relação contínua com os desencarnados; é, em suma, por seu intermédio, que se operam no homem fenômenos especiais, cuja causa fundamental não se encontra na matéria tangível e que, por essa razão, parecem sobrenaturais.
A Gênese – Allan Kardec – pág. 288
Vivência do Espírito durante o sono
401. Durante o sono, a alma repousa como o corpo?
“Não, o espírito jamais está inativo.
Durante o sono, afrouxam-se os laços que o prendem ao corpo e, não precisando este então da sua presença, ele se lança pelo espaço e entra em relação mais direta com os outros Espíritos.”
O Livro dos Espíritos – Allan Kardec – Parte 2ª – cap. VIII
O espírito nunca está inativo.
O sono, que repousa o corpo, é para o espírito, oportunidade de entrar em relação com o mundo espiritual, a fim de haurir orientação, conforto e forças para prosseguir com acerto em sua jornada terrena.
Emancipando-se parcialmente do corpo, cada espírito vai agir segundo seu estado evolutivo.
Assim, varia a vivência do espírito durante o sono.
Inferiores - Presos que estão por interesses egoístas, materialistas, pouco se afastam do corpo ou do ambiente terreno; dão expansão aos seus instintos e tendências inferiores, junto aos espíritos com os quais se afinam.
Benévolos ou evoluídos - Vão a ambientes espirituais elevados, onde se instruem e trabalham, junto a entidades superiores e reencontram amigos e parentes desencarnados.
Importância do sono
O fato de passarmos um terço de nossa existência dormindo (8 das 24 horas do dia) indica a importância:-
- Do sono físico, ensejando repouso orgânico, liberação de toxinas etc.
Do sonho, para o equilíbrio:-
-Página 23 de 23
• Psíquico (pessoas impedidas de sonhar sofrem perturbações graves).
• Espiritual (a vivência espiritual que desfrutamos enquanto o corpo dorme é como hora de visitas ou de tomar sol no pátio para o detento numa prisão).
Façamos, pois, um preparo para o nosso repouso diário:-
• Orgânico (refeições leves, higiene, silêncio etc.).
• Mental (leituras, conversas, filmes, atividades comedidas, não afligentes ou desgastantes).
• Espiritual (leitura edificante, meditação, serenidade, perdão, prece).
Assim, nosso corpo e mente repousarão, enquanto em espírito teremos melhor oportunidade de alcançarmos a convivência com os espíritos bons e amigos.
Estudos sobre Mediunidade – Apostila – CEAK
– pág. 94 – Campinas/SP
Emancipação da alma
Em certos estados, o espírito encarnado se emancipa parcialmente do corpo, passando a gozar de relativa liberdade, com diferentes percepções e manifestações.
Durante a emancipação parcial e conforme o grau dela, o corpo fica com suas funções diminuídas ou alteradas.
Desdobramento
É o nome que se dá ao fenômeno de exteriorização do perispírito.
No desdobramento:-
• O Espírito, com o seu perispírito, se afasta do corpo.
• O perispírito continua ligado ao corpo por cordões fluídicos; isto permite ao espírito tomar conhecimento de tudo que se passa com o corpo e retornar instantaneamente, se necessário (inclusive em caso de ameaça física ou ferimento mortal).
• O corpo fica com as funções orgânicas reduzidas, mais ou menos inerte, conforme o grau de desdobramento.
• O perispírito é que manifesta a vida do espírito (ativa e inteligente), agindo com maior liberdade, tal como o perispírito dos desencarnados, podendo afastar-se a grandes distâncias do corpo.
O desdobramento pode ser:-
• Consciente – se a pessoa guarda conhecimento do processo ocorrido.
• Inconsciente – se, ao retornar do desdobramento, a pessoa nada recorda.
OBS:- há casos em que, durante o desdobramento, a pessoa relata o que está ocorrendo mas, ao despertar, de nada mais se lembra.
• Voluntário – se a própria pessoa o promove.
Há perigos, porém, para as pessoas inexperientes ou mal assistidas em promover o desdobramento, que só deve ser feito:-
– Por quem esteja habilitado.
– Com objetivos elevados.
– Com a concordância e auxílio do mentor espiritual.
• Provocado – por outros agentes, encarnados ou desencarnados através de processos hipnóticos e magnéticos.
Os bons espíritos podem provocar o desdobramento ou auxiliá-lo sempre com finalidades superiores.
É assim o caso de "Desdobramento em Serviço", relatado por André Luiz no Cap. II do Livro:- "Domínios da Mediunidade", psicografado por Francisco Cândido Xavier.
Mas os espíritos obsessores também podem provocá-lo para produzir malefícios (obsessão ou possessão); os espíritos protetores nem sempre poderão impedir, se a vítima oferecer dependência, afinidade com o obsessor.
Letargia
É resultante da emancipação parcial do espírito.
Nela, o corpo perde temporariamente a sensibilidade e o movimento, há flacidez geral (tronco e membros) e diminuição do metabolismo e dos ritmos fisiológicos-orgânicos, ficando com todas as aparências da morte.
Por isso é chamada também de morte aparente.
Mas as funções do corpo continuam a se executar, sua vitalidade não está aniquilada porém em estado latente (como na crisálida).
O sair deste estado faz o povo pensar em ressurreição.
(Ex.: Lázaro).
Catalepsia
Também resulta da emancipação parcial do espírito.
Nela, também há perda temporária da sensibilidade e do movimento.
Mas difere da letargia, porque há rigidez muscular, não atinge o corpo todo (não é geral), a inteligência pode se manifestar, não se confundindo nunca com a morte.
Sonambulismo
É outro dos estados de emancipação da alma.
No estado sonambúlico, o espírito está de posse de suas percepções e faculdades, que o corpo geralmente embota.
E poderá usar seu próprio corpo para certas ações, como movimentaria uma mesa ou outro objeto no fenômeno de efeitos físicos, ou movimentaria a mão do médium na psicografia mecânica.
Êxtase
É um sonambulismo mais apurado, o grau máximo da emancipação da alma.
Permite vivência maior no campo espiritual.
O corpo fica somente com vida vegetativa, a um passo do desprendimento total.
Quando em êxtase, a pessoa pode ficar num estado de encantamento e exaltação prejudicial; é preciso, então, adverti-la e convidá-la ao retorno ao corpo.
OBSERVAÇÕES FINAIS
Em estado de emancipação, qualquer que seja o seu grau, o espírito pode ter percepções, colher informações, observar fenômenos etc.
Entretanto, pela imperfeição da criatura humana, poderá enganar-se quanto ao que vê, não saber interpretar etc.
Por isso, nem tudo o que a pessoa disser nesses estados deve ser considerado como inteiramente digno de crédito.
Há necessidade de analisar, como, por exemplo, certas profecias.
Há também a possibilidade de suceder que, nesse estado de emancipação, ela mergulhe no conhecimento de si mesma, nas suas idéias, experiências anteriores, etc. e enseje o fenômeno anímico (produção da própria alma), do qual falamos em aula anterior.
Conforme o grau de emancipação, o espírito encarnado pode até influenciar outros médiuns e dar comunicação.
Fonte: http://bvespirita.com/Mediunidade%20(CEFAK).pdf
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