A Força do Abraço
___ Creio que muitos de nós já fizemos isso...
Ir ao
encontro de um amigo e ainda de longe abrir os braços para ele.
A
resposta é imediata e ele vem correndo para o abraço!
A sensação é
incrível, é indescritível, é maravilhosamente deliciosa!
A ciência vem
tentando explicar, mas ainda não conseguiu definir o efeito do calor
humano de um abraço.
Abraçar é uma atitude tão simples e, no entanto,
parece ser tão difícil para alguém realizar.
Quantas vezes eu senti
necessidade de um abraço, acho que durante toda a minha vida – e,
naquele instante que mais necessitava dele, não o tinha, não o recebi...
Isto não significa sair pedindo abraços a torto e a direito para quem
está perto quando estamos sofrendo ou carentes, pois se quem está perto
não percebe esse imperativo, quem está sofrendo não está em situação de
esmolar afeto e se fecha.
Pelo menos eu fazia e faço isso.
Dói, como
dói...
A solidão por carência, por falta dói demais.
Como explicar o
abraço, esse gesto de dar um gostoso apertão em alguém?
Encostar peito
com peito, coração com coração é tão bom que parece que eles se
entendem, conversam e se acalmam...
E enviam um recado para o cérebro
dizendo que está tudo bem, pode serenar que o conforto do carinho
chegou, porque, o calor humano do abraço é poderoso curativo e
imensamente gostoso!
Talvez pelo fato deste gesto ser precioso em minha
vida que eu o estimo tanto.
Não suporto ver alguém sofrendo, chorando ou
se lamentando e quero logo abraçar e ali ficar quietinha naquele abraço
até quando a pessoa desejar.
Eu nunca recebi um abraço assim e por isso
creio que deve ser muito bom e acolhedor.
Desconfio que não nasci para
receber abraços.
Acredito que nasci para cuidar e não para ser cuidada.
Pode ser que a solidão que sempre me impregnou tenha impedido as pessoas
de chegar-se mais a mim e a mim de me entregar sem medo para outra
pessoa, com todas as minhas fraquezas, tristezas e angústias, pois
poderia significar ficar vulnerável e sujeita à desilusões e traições.
Mas gosto demais de um abraço, de dar e receber abraços.
Como é bom
receber um abraço dos filhos, dos netos!
A entrega é total e
incondicional e o prazer é imensamente maior que tudo.
Eu reconheço que
sou carente de afeto, de abraço, de beijo...
É espirituoso que
pessoalmente eu seja um tanto arredia, mas virtualmente não!
Quando os
amigos me enviam abraços, eu sinto os abraços apertados e sei que são
sinceros e de coração.
Não sei como será o dia de amanhã, mas sei que
vou abraçar e receber abraços, reais ou virtuais.
O que interessa de
verdade é que abraço é necessário para todos, abraços sinceros que nos
confortam, nos acalmam e nos aconchegam.
Eu gosto, eu adoro abraços...
E
é difícil acreditar que tem gente que não gosta!
Então, meus queridos
amigos virtuais, aí vai um abraço quebra-costelas para todos vocês!
Analuz Carvalho
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