O Brasil espírita e a transição planetária
As previsões referentes à transição planetária dão ênfase a
dificuldades a serem enfrentadas nos mais diversos setores das
organizações humanas, além de fenômenos geológicos que, de certa forma,
sempre ocorrem no planeta.
Na verdade, podemos esperar dias difíceis,
alimentando sempre a certeza de que seremos auxiliados pelas esferas
superiores da Espiritualidade.
A encarnação de Espíritos preparados para
as esperadas mudanças está sendo feita, conforme noticiam as mensagens
recebidas do Plano Espiritual.
1 A separação de Espíritos que deverão ser
transferidos para outro ou outros planetas também está sendo
providenciada.
Entretanto, necessitamos ser cautelosos quanto às
informações que continuamos recebendo.
Com relação ao papel que, nessa transição, cabe ao Brasil como
“coração do mundo e pátria do Evangelho” devemos, igualmente, ser
cuidadosos.
A divulgação e a consolidação do Movimento Espírita em nossa
pátria nos atribuem tarefas de grande responsabilidade.
É preocupante
identificarmos, por vezes, certo ufanismo e excesso de entusiasmo por
parte de alguns espíritas.
É importante também não nos esquecermos de
que a Humanidade terrena é uma só, exigindo respeito mútuo entre os seus
habitantes, além de um sentimento autêntico e profundo de fraternidade
envolvendo encarnados e desencarnados.
As considerações com as quais iniciamos o presente texto não
contradizem aquelas apresentadas pelo autor espiritual Humberto de
Campos,2 quando nos relata sobre o “resplandecer [da] suave luz do
Espiritismo”2 com a Codificação coordenada por Allan Kardec para
orientar as “profundas transições do século XX”.
2 Como parte dessas
transições, realizaram-se as primeiras experiências doutrinárias e
associativas espíritas em nosso país, sempre sob a direção do mundo
invisível.
Pela mediunidade de Francisco Cândido Xavier, relata-nos ainda o
cronista, que seria mais tarde conhecido por Irmão X, que ao findar o
Primeiro Reinado Ismael reuniu-se com dedicados companheiros de luta na
Espiritualidade para esclarecer que […] o século atual [séc. XX] […] vai ser assinalado pelo advento do
Consolador à face da Terra.
Nestes cem anos se efetuarão os grandes
movimentos preparatórios dos outros cem anos que hão de vir. […]
É
preciso, pois, preparemos o terreno para a sua estabilidade moral nesses
instantes decisivos dos seus destinos.
Numerosas fileiras de
missionários encontram-se disseminadas entre as nações da Terra, com o
fim de levantar a palavra da Boa-Nova do Senhor […] a fim de que o
século XX seja devidamente esclarecido, como o elemento de ligação entre
a civilização em vias de desaparecer e a civilização do futuro, que
assentará na fraternidade e na justiça […].2
Analisando a paisagem brasileira sob o aspecto espiritual, observa-se
que o nosso país está povoado de ideologias e grupos religiosos
refletindo a paisagem do novo século já iniciado.
Cabe aos adeptos da
Doutrina Espírita, que são também seguidores do Evangelho de Jesus,
concentrar suas atividades no esclarecimento e na educação dos
Espíritos.
Prosseguimos com mais uma observação de Irmão X na obra já referida:-
- […] Só o legítimo ideal cristão, reconhecendo que o reino de Deus
ainda não é deste mundo, poderá, com a sua esperança e com o seu
exemplo, espiritualizar o ser humano, espalhando com os seus labores e
sacrifícios, as sementes produtivas na construção da sociedade do
futuro.2
A essência da transformação que se opera em nosso planeta tem um
caráter intelecto-moral.
Em outras palavras, o objetivo central da
transição iniciada é a compreensão da realidade espiritual da vida e o
desenvolvimento da verdadeira fraternidade universal.
Os objetivos já
estão delineados desde a mensagem sublime ditada a Moisés, relembrada e
exemplificada por Jesus, e enfatizada pelos Espíritos que presidem a
revelação da Doutrina Espírita na expressão simplificada do amor a Deus e
ao próximo.3
É importante para nós, adeptos do Espiritismo em nosso país, não nos
esquecermos da humildade.
Não há privilegio nessa tarefa, mas apenas
objetivos elevados a serem perseguidos também pelos irmãos de Doutrina
de outras nações.
Não existem fronteiras para as relações da verdadeira
fraternidade.
Mantenhamo-nos unidos nessa tarefa de caráter universal,
exemplificando o amor e a solidariedade que deverão caracterizar a Terra
como mundo de regeneração.
REFERÊNCIAS:-
1 FRANCO, Divaldo P. Transição planetária. Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda. 2. ed. 2. reimp. Salvador: Leal, 2010. Introdução.
1 FRANCO, Divaldo P. Transição planetária. Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda. 2. ed. 2. reimp. Salvador: Leal, 2010. Introdução.
2 XAVIER, Francisco C. Brasil, coração do mundo, pátria do evangelho. Pelo Espírito Humberto de Campos. 34. ed. 8. imp. Brasília: FEB, 2015. Cap. 22 e 30.
3 KARDEC, Allan. O evangelho segundo o espiritismo. Trad. Guillon Ribeiro. 131. Ed. 6. imp. (Edição Histórica.) Brasília: FEB, 2015. Cap 1.
FEB
Nenhum comentário:
Postar um comentário