Fazer vasectomia, do ponto de vista espiritualista, é errado ?
Nas Obras Básicas não temos nenhuma referencia a cirurgias como a
vasectomia.
Mas, estudando o capitulo da Lei de Reprodução, em O Livro
dos Espíritos, podemos ter algumas informações interessantes.
É colocado
que o homem pode controlar a natalidade, mas desde que não abuse.
É colocado também que se só visarmos a sensualidade, temos
a predominância do lado animal, sobre o espiritual.
Evidente, pelo que
estudamos da doutrina , quando mais nos sentimos culpados por alguma
coisa, mais isto nos afeta.
Portanto podemos concluir que varia de cada
pessoa.
Tem gente que faz vasectomia apenas para evitar as complicações
oriundas de uma gravidez indesejada, e continua sempre abusando da
sensualidade.
Este, naturalmente, esta culpado pelos seus atos, e
certamente a vasectomia vai ter reflexos no futuro.
Ao reencarnarmos, trazemos conosco os compromissos que assumimos no
plano espiritual, referentes às várias circunstâncias de nossas vidas.
Um desses compromissos, sem dúvida nenhuma, é o compromisso decorrente
do planejamento familiar que projetamos para a nossa nova experiência no
corpo material.
Não temos, no entanto, como saber, com exatidão, quais
seriam esses compromissos, devido ao esquecimento a que somos submetidos
ao reencarnarmos.
Isto nos vem em forma de intuição, como
pressentimentos, que, segundo os Espíritos, são a voz do instinto.
A
procriação, dando oportunidade reencarnatória a um espírito que
necessita voltar à vida física para continuar sua evolução, é uma das
tarefas que podemos trazer para a nova passagem pela carne.
Porém,
certamente, não é a única.
Não reencarnamos unicamente com esse
objetivo.
Sendo assim, temos o direito de fazer o nosso planejamento
familiar, pois, do contrário, teríamos que procriar indefinidamente,
durante toda a existência física, o que não seria uma atitude de bom
senso.
A questão do controle da natalidade deve ser examinada à luz da intenção de quem o pratique.
Se a intenção for de seguir um planejamento
familiar que atenda às realidades do casal, inclusive de ordem econômica
e social, nada conhecemos no Espiritismo que o reprove.
Se, porém, a
intenção é meramente física, de manter a sensualidade, de ter uma
atividade sexual voltada unicamente para o prazer, aí é diferente.
Neste
caso, estará sendo contrariada a Lei Natural e a conseqüência será a necessidade de retificação numa existência física futura, de forma geralmente dolorosa.
No capítulo IV, Parte 3a., de "O Livro dos Espíritos", ao tratar da Lei de Reprodução, Kardec indagou dos benfeitores espirituais sobre o obstáculo à reprodução para satisfação da sensualidade.
No capítulo IV, Parte 3a., de "O Livro dos Espíritos", ao tratar da Lei de Reprodução, Kardec indagou dos benfeitores espirituais sobre o obstáculo à reprodução para satisfação da sensualidade.
Obteve como
resposta a condenação somente de se obstar a reprodução para aquele fim
(questão 694).
Se contrariasse a Lei Natural qualquer que fosse a forma
de se evitar a concepção, com certeza, os Espíritos teriam afirmado isto
expressamente.
Não o fazendo, podemos concluir que, havendo
necessidade, é licito se evitar a concepção.
A questão, portanto, é complexa e deve ser analisada conforme cada caso.
Havendo razões realmente justas, pode o homem limitar sua prole,
principalmente se o casal já possui filhos e entende que não mais convém
ter outros.
Entendemos ser, nessa hipóteses, perfeitamente aceitável
que venha evitar a concepção.
Quanto à vasectomia, entendemos que a
ciência hoje já disponibilizou outras formas menos traumáticas para se
evitar a procriação, que não necessitam cirurgias nem causam qualquer
lesão física.
Estes métodos contraceptivos, por serem menos agressivos,
entendemos que devem ser priorizados.
Os métodos cirúrgicos devem ser
evitados por serem medidas drásticas, definitivas e quase sempre
irreversíveis.
Quanto a repercutir em futuras encarnações, qualquer que seja o método utilizado, seja ele cirúrgico ou não, entendemos que vai depender do objetivo do ato.
O que lesiona perispírito é intenção, é
pensamento.
Como dissemos acima, se o objetivo não contraria a Lei
Natural, se a intenção é boa, não vemos como possa causar qualquer lesão
perispiritual que venha trazer dificuldades futuras.
Tudo dependerá da
intenção que levou à tomada de decisão:-
- Se alguém escolhe fazer
vasectomia apenas como forma preventiva de se "livrar" de filhos e se
despreocupar para ter uma vida sexual ativa, mas sem conseqüências, a
conotação e a conseqüência será uma.
Se, ao contrário, em virtude de uma
doença pela qual seria arriscado se ter filhos sob pena de vir a
desencarnar ou em atenção a um planejamento familiar, a conseqüência
será outra.
Concluindo, entendemos que o que vai definir se haverá ou não transgressão às Leis Naturais será sempre a intenção que motivou a decisão de fazer a cirurgia.
Concluindo, entendemos que o que vai definir se haverá ou não transgressão às Leis Naturais será sempre a intenção que motivou a decisão de fazer a cirurgia.
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