Versos do Natal
Enquanto a glória do Natal se expande
Na alegria que explode e tumultua,
Lembra o Divino Amigo, além, na rua…
E repara a miséria escura e grande.
Aqui, reina o Palácio do Capricho
Que a louvores e júbilos se entrega,
Onde a prece ao Senhor é surda e cega E onde o pão apodrece sobre o lixo.
Na alegria que explode e tumultua,
Lembra o Divino Amigo, além, na rua…
E repara a miséria escura e grande.
Aqui, reina o Palácio do Capricho
Que a louvores e júbilos se entrega,
Onde a prece ao Senhor é surda e cega E onde o pão apodrece sobre o lixo.
Ali, ergue-se a Casa da Ventura,
Que guarda a fé por fúlgido tesouro,
Onde a imagem do Cristo, em prata e ouro, Dorme trancada em cárceres de usura.
Que guarda a fé por fúlgido tesouro,
Onde a imagem do Cristo, em prata e ouro, Dorme trancada em cárceres de usura.
Além, é o Ninho da Felicidade
Que recorda Belém, cantando à mesa,
Mas, de portas cerradas à tristeza
Dos que choram de dor e de saudade.
Que recorda Belém, cantando à mesa,
Mas, de portas cerradas à tristeza
Dos que choram de dor e de saudade.
Mais além, clamam sinos com voz pura:-
— “Jesus nasceu!” — É o Templo dos Felizes
Que não se voltam para as cicatrizes. . .
— “Jesus nasceu!” — É o Templo dos Felizes
Que não se voltam para as cicatrizes. . .
Dos que gemem nas chagas de amargura..
Adiante, o Presépio erguido em trono
Louva o Rei Pequenino e Solitário,
Olvidando os herdeiros do Calvário
Sobre as cinzas dos catres de abandono.
Louva o Rei Pequenino e Solitário,
Olvidando os herdeiros do Calvário
Sobre as cinzas dos catres de abandono.
De quando em quando, o Mestre, em companhia
Daqueles que padecem sede e fome,
Bate ao portal que lhe relembra o nome,
Mas em resposta encontra a noite fria.
Daqueles que padecem sede e fome,
Bate ao portal que lhe relembra o nome,
Mas em resposta encontra a noite fria.
E quem contemple a Terra que se ufana,
Ante o doce esplendor do Eterno Amigo, Divisará, de novo, o quadro antigo:-
— Cristo esmolando asilo na alma humana.
Ante o doce esplendor do Eterno Amigo, Divisará, de novo, o quadro antigo:-
— Cristo esmolando asilo na alma humana.
Natal!… O mundo é todo um lar festivo!..,
Claros guisos no ar vibram em bando…
E Jesus continua procurando
A humilde manjedoura do amor vivo.
Claros guisos no ar vibram em bando…
E Jesus continua procurando
A humilde manjedoura do amor vivo.
Natal! Eis a Divina Redenção!…
Regozija-te e canta, renovado,
Mas não negues ao Mestre desprezado
A estalagem do próprio coração.
Livro:- Antologia Mediúnica do Natal
Cap. 73
Espírito Carmen Cinira
Psicografia de Chico Xavier
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