quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Consciência tem cor?




 
Consciência tem cor?

Problemática curiosa acampa os meios governamentais com tendências paternalistas quanto a cor da pele que envolve o corpo humano. 

Se, à luz do direito questionarmos os motivos que levam à criação de leis para instituir garantias já adquiridas na Carta Magna, veremos que se torna ainda mais dolorosa a ousadia em cultivar a discriminação racial. 

Todos são iguais perante a lei, o que independe da cor da pele, raça ou credo. 

Qual a necessidade em oferecer  vantagens diferenciadas?

Inteligência não tem cor! 

Sabedoria, pertinácia e perseverança independem do tom da pele que vestimos, graças à raça que a todos iguala, descendência única, que irmana e une, ou seja, somos homines sapiens.  

Homens discriminando homens é o que revela o protecionismo travestido de conquista social.

A discriminação resta retratada através de ofertas de vantagens e atalhos para a conquista de oportunidades, o que  diminui e muito a autoestima do ser humano. 

Quando abrimos caminhos e ofertamos a trilha pronta, retirando pedras e cascalhos, fazendo a varrição de espinhos, indiretamente, estamos fazendo com que o caminheiro sinta-se incapaz, impotente e comandado.

A maior riqueza do ser humano é a conquista de seus ideais através da oportunidade do uso do livre arbítrio, arte personalíssima em conseguir realizar projetos e subir ao pódio através da bravura. 

Quando tiramos do homem o poder de realização através da capacidade e discernimento próprios, realçamos sua impotência e ceifamos sua dignidade.

A grande descriminação é julgar o outro incapaz e torná-lo um ser dirigido e dependente. 

O sistema de quotas, favorecimento que escancara a falta de confiança na capacidade dos beneficiados, prova, em letras carmim, que veio para embaçar a realidade do ensino público que não oferece eficiência e sequer eficácia. 

Justo seria reestruturar escolas, capacitar professores e oferecer número suficiente de vagas.

Presentear com atalhos facilitadores não significa igualdade de condições mas deixa límpido que o sistema de quotas nada mais é que o provisório definitivo para ludibriar a quem tem direito ao ensino público de primeiríssima qualidade, o que independe da cor da pele.

No dia dedicado à Consciência, guerreira invisível que luta por direitos e valores, urge repensar que consciência não tem cor e habita a alma de todos os seres humanos, filhos do mesmo Deus, que sem utilizar sistema de quotas, a todos agraciou com racionabilidade! 

Afinal, somos descendentes do Homo Sapiens! 

Consciência tem cor?

* VALDEREZ DE MELLO é advogada, psicopedagoga e pedagoga. 

Autora de:-
- Quintal de Sonhos, 
- Rimas e Rumos 
- Flores sobre o Rochedo e 
- Lágrimas Brasileiras.


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