segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Livro: Escutando Sentimentos








Livro: Escutando Sentimentos
 
Wanderley de Oliveira

"O homem pode suavizar  ou aumentar o amargor de suas provas, conforme o modo por que encare a vida terrena."

O Evangelho Segundo o Espiritismo - capítulo V

Pedagogia da Felicidade


"Nunca a humanidade mendigou tanta atenção e afeto.

Uma crise de autodesvalor, sem precedentes, assola multidões. Não se sentindo amadas, almas sem conta não conseguem superar os dramas da rejeição e os tormentos da solidão.

 O sentimento de indignidade é o piso emocional das feridas seculares que causam a sensação de inferioridade, abandono e falência.

Agrilhoado pela ilusão do menor esforço, o homem busca a ilusão como sinônimo de paz.

Anseia-se pela felicidade como se tal estado da alma pudesse ser fruto da aquisição de facilidades e privilégios.

Somente com o tratamento lento e perseverante de tecer o manto protetor da segurança íntima, utilizando o fio do auto-amor, poderá renovar essa condição interior do ser humano.

Educar pra ser feliz, é dar sentido à existência!



A primeira condição para se estabelecer um sentido à vida é o exercício da singularidade. 

Descobrir seus próprios caminhos, lutar pelos seus sonhos, celebrar sua diversidade aceitando suas particularidades, participar da vida, se desligar de uma vida centrada no ideal e realizar-se no real.

A vida em si mesma não tem um sentido único, algo que se possa definir através de padrões ou princípios filosóficos.  

Esse 'sentido' é construído pelas percepções individuais sob as lentes da singularidade humana que, a partir de diretrizes gerais, capacita-se em seguir as suas rotas intuitivas.

 


Mas, nas frentes de serviços doutrinários, esse exercício de singularidade tem se perdido em meio aos padrões conceituais do que seja ‘certo e errado’.

 Somos embarcados no movimento da coletivização e uniformidade de conceitos, dando margem ao escasseamento do estímulo para a diversidade e a individuação. 

Nesse contexto, frequentemente, ideias criativas e condutas diferentes são acolhidas com desdém e ensejam a indiferença.

Singularidade é saber qual música toca em nosso íntimo.

É se permitir ouvi-la e respeitá-la!
 

 

O segundo ponto essencial na construção do sentido é desenvolver a habilidade de superar o sofrimento.

O prazer de viver surge quando efetivamente entendemos as razões de nossas dores e como superá-las.

É precioso entender que dor é diferente de sofrimento.

A dor existe para incitar a inteligência na descoberta de soluções em nós mesmos.

O sofrimento é a resistência que criamos para não sentir a dor.

A grande lição nesse passo é descobrir as causas de um e do outro.

Outro ponto importante no reconhecimento da dor e/ou sofrimento é perceber a dificuldade que temos em assumir a nossa fragilidade.

 Quanta dificuldade em admitir nossa falibilidade!

Sentimo-nos pequenos e incompetentes a nos depararmos com as batalhas não vencidas e/ou com as imperfeições não superadas.

Porta aberta para o sofrimento entrar e fazer morada!

Olho Vivo !!!


 


Nesse caminho da pedagogia de felicidade deve-se ter como objetivo o auto-amor e a construção do ‘olhar de impermanência’.

Quem se ama dispensa a imponência das máscaras. 

É excelente companhia pra si mesmo, desapega-se do controle  e descobre o seu valor pessoal na Obra da Criação.

Nesse sentido é importante:-
. Saber quem somos e o que a vida espera de nós em nossa missão particular (exercício de singularidade).

. Superar as mensagens de desvalor e incapacidade vindas do inconsciente.

. Conhecer os mecanismos punitivos da culpa e como superá-los.

. Desenvolver a autonomia.

É  imperioso aprendermos a investigar o coração em busca do ‘mapa singular’ do Pai à nossa jornada de aprimoramento.

Quem se ama, vive a maravilhosa experiência de sentir brotar em sua alma, espontaneamente, uma cumplicidade poderosa com a vida.


 


Beijocas carinhosas no coração de todos 


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