terça-feira, 25 de junho de 2013

Uma razão para viver



 
"Por que você nasceu? 
 
Já se fez essa pergunta alguma vez?" 

Se já pensou sobre isso e ainda não teve resposta, preste atenção na história que vamos contar. 

Trata-se de uma velhinha que havia perdido toda sua família na guerra. 
 
Vendeu a grande casa que possuía e morava agora num pequeno cômodo no canto da sua antiga propriedade. 

Um dia ela soube que um jovem de 17 anos tentara o suicídio jogando-se no mar. 

O rapaz era metade negro, metade japonês, e fora salvo pela polícia contra sua vontade. 
 
Estava cheio de ódio, revolta e total desespero. 

A velhinha foi à polícia e pediu permissão para ver o moço. 
 
Tendo em conta a pessoa que era, os policiais a deixaram falar com ele. 

- Menino, disse ela. 

O rapaz voltou-lhe a face mas permaneceu sentado, feito pedra, indiferente a tudo e a todos. 

A velhinha tornou a falar-lhe, suavemente, lentamente, e com muito carinho:
- Menino, então você não sabe que veio ao mundo para algo maravilhoso, que só você pode fazer? 

Depois de ter repetido isso várias vezes, Jorge voltou-se subitamente para ela e perguntou com ironia:-
- Um negro? 
 
Um filho que não tem pais? 

Calmamente a velhinha insistiu:
- Porque é negro, porque não tem pais, é que pode fazer algo maravilhoso. 

O jovem riu e considerou:
- Sim, é claro. 
 
E a senhora quer que eu acredite nisso? 

Mas a senhora não se perturbou e falou-lhe novamente:
- Venha comigo e eu lhe mostro. 

O rapaz, um tanto desconfiado, resolveu acompanhá-la, afinal não tinha para onde ir...

Ela levou-o para seu pequeno cômodo e pediu-lhe que cuidasse do jardim. 
 
Era uma vida simples, mas aquela mulher o tratava com muito amor. 
 
Pouco a pouco a revolta começou a ceder. 
 
A velhinha lhe deu sementes de rabanete e lhe pediu que semeasse. 
 
Ele atendeu. 
 
Em dez dias as plantinhas brotaram. 
 
Jorge começou a assobiar. 
 
Poucos dias depois os rabanetes apareceram e com eles a velhinha fez conservas deliciosas e deu a seu jovem amigo. 

Um dia, com um pedaço de bambu, ele fez uma flauta. 
 
Passou a tocar e alegrar sua própria vida e dar grande felicidade à velhinha... 
 
Pouco tempo depois, sua avó adotiva o fez matricular-se no colégio. 
 
Durante os quatro anos do ginásio, continuou a plantar vegetais, e ajudava também fazendo artigos de couro. 

Enquanto freqüentava a universidade à noite, Jorge ajudava nas obras do metrô. 
 
Formou-se e foi trabalhar numa escola para cegos. 
 
Seus alunos tocavam com as mãos os ombros fortes e jovens de Jorge e diziam:-
- Oh, você é tão grande, tão forte! 
 
É porque seu peito é largo que você tem fôlego para tocar a flauta, não é? 
 
Quando você toca, consigo entender a forma e as cores de uma porção de coisas. 

Após ouvir aquelas coisas de seus alunos cegos, Jorge finalmente chegou em casa e falou à velhinha:-
- Agora realmente acredito que há algo maravilhoso que só eu posso fazer. 

E aquela senhora, de cabelos alvos respondeu:-
- Sim, meu filho, todos nós temos uma razão para viver. 
 
Todos nascemos para uma tarefa muito especial que só nós podemos executar. 

E, por fim, perguntou ao jovem:-
- E se você não fosse negro e não fosse órfão, será que teria pena dos que não enxergam? 

Técnica de meditação para desenvolver o perdão:-

- Primeiro, escolha uma pessoa de quem você tem uma pequena mágoa. 
 
- Todos os dias, reserve um tempo para pensar nela. 
 
- Escolha um lugar calmo, coloque uma música suave, acenda um incenso - enfim, faça o ritual que quiser.
 
 - Visualize você e a pessoa envolvidos em luz rosa e comece a conversar com ela sobre o que aconteceu, algo como "olha, fulano, aquilo me magoou, mas eu não quero levar esse ressentimento para o túmulo, etc.". 
 
- Reconheça as qualidades dela,  faça as pazes. 
 
- Peça a ajuda do seu Anjo da Guarda. 
 
No princípio, a gente perdoa com a cabeça, mas com o tempo - e repetindo essa prática várias vezes, surge o perdão no coração.
 

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