Posted: 13 Jun 2013 02:49 AM PDT
A
sexualidade é a área em que a culpa mais floresce na sociedade.
Como
pouco sabemos sobre ela, ficamos praticamente confinados às ideias e
opiniões alheias.
Nossa limitação na compreensão dos outros seres
humanos se deve ao pouco ou a quase nada que sabemos sobre nós mesmos,
ou seja, ao desconhecimento de nossa sexualidade.
Por isso é que temos
dificuldade de admitir a diversidade de sentimentos e emoções afetivas e
sexuais.
Confundimos constantemente a nossa habilidade para o sexo com a nossa
capacidade sexual.
Por acreditarmos saber distinguir a diferença
biológica entre o macho e a fêmea, julgamos conhecer tudo sobre o
conjunto dos fenômenos sexuais que se podem observar nos seres vivos.
Na atualidade, as crianças são introduzidas prematuramente na esfera
dos adultos por inúmeras revistas, filmes, cartazes, fotografias e pela
publicidade da televisão e do radio, o que lhes provoca a malícia numa
idade desprovida da lógica e do bom senso contra essa espécie de afronta
sexual.
Desde cedo, os ensinamentos de valores éticos e morais deverão ser
ministrados aos menores, para que eles possam absorver,
inconscientemente, através dos gestos, atos, ideias e palavras dos pais,
tudo o de que necessitam para formar um padrão normal psicossexual e
emocional.
Orientar, a nosso ver, não é a mesma coisa que educar.
A educação
sexual é assimilada, basicamente, na experiência de vida no lar; traz a
marca ou o caráter distintivo e particular dos pais.
Já a orientação
sexual engloba métodos de ensino, informação e notícias transmitidas
e/ou aplicadas à criança pelos parentes, religiosos, professores,
psicólogos, médicos e outros profissionais especializados.
Ainda que os pais não tenham fornecido, intencionalmente, educação
sexual aos filhos, mesmo assim as crianças formaram hábitos, conceitos e
ideias sobre o sexo, absorvidos no dia-a-dia da vida familiar nos mais
diversos exemplos que recolheram dos atos e crenças dos adultos.
Noções, crendices, preconceitos e concepções já existem nas crianças,
pois são frutos de suas existências pretéritas.
Além disso, somam-se à
sua “bagagem espiritual” as ocorrências e aprendizagem da vida atual.
É
importante, no entanto, para desenvolver adultos maduros e ajustados
psicossexualmente, fundamentar o ensino da orientação sexual sobre
métodos pedagógicos e psicológicos de cunho reencarnacionista, pelos
quais os menores são observados como almas milenares e educados sob uma
atmosfera de vida eterna.
Em certas circunstâncias evolutivas, encarnamos como homem; em
outras, como mulher.
E, ainda, em determinadas oportunidades de
aprendizagem e de renovação, o espírito pode vir ocupar uma vestimenta
corporal oposta à tendência íntima que vivenda.
O fenômeno é análogo ao
que se refere à área masculina tanto quanto a feminina.
Independentemente da forma de sexualidade que estamos vivendando no
presente, procuremos aceitá-la em plenitude, visto que há sempre, em
qualquer condição, a oportunidade de adquirirmos experiências e, por
consequência, progredirmos espiritualmente, vencendo desafios e
promovendo realizações.
“(…) o mal depende principalmente da vontade que se tenha de o
praticar.
O bem é sempre o bem e o mal sempre o mal, qualquer que seja a
posição do homem.
Diferença só há quanto ao grau da responsabilidade”.
Não podemos nos esquecer de que o “grau de responsabilidade” deve ser
sempre coerente com a estrada evolucionai por onde transitam as almas.
Portanto, os indivíduos responderão adequadamente por seus atos e
atitudes e serão responsáveis somente por aquilo que conhecem, não pelo
que ignoram.
Devemos, assim, viver em paz com nossa experiência sexual atual,
valorizando nosso aprendizado e, em tempo algum, culpar-nos ou atribuir
culpa a alguém.
Todos os seres humanos são regidos pela “Lei das Vidas Sucessivas”.
Cada um de nós está vivendo um aprendizado particular e único em todos
os aspectos e, obviamente, também na área sexual.
Efetivamente, existem
tantos níveis de entendimento e amadurecimento sexuais quanto indivíduos
que os possuem.
Não podemos determinar exatamente a extensão das dificuldades e das
carências de conhecimento e discernimento de uma criatura em seu
desenvolvimento afetivo.
Mesmo porque estamos na Terra a fim de aprender
e é através de nossos acertos e desacertos que ficaremos sabendo como
agir corretamente nas experiências subsequentes.
Podemos julgar a promiscuidade sexual, moralmente errada mas não
podemos julgar o indivíduo promíscuo, por desconhecermos sua necessidade
evolutiva e seu “coeficiente de maturidade”.
Na fisiologia, o denominado “ponto cego” é um local no campo da visão
em que não há células sensíveis à luz.
É nesse ponto que as fibras
nervosas da retina convergem para formar o nervo óptico, que transmite
os sinais nervosos ao cérebro para a decifração em imagens visuais.
Transportando o significado deste termo fisiológico “ponto cego” para a
área psicológica, poderemos fazer uma analogia entre esta lacuna em
nosso campo visual com nossa falta de visão íntima para ver as coisas
como realmente são.
Nossos “pontos cegos” interiores se prendem à nossa
inexperiência e à nossa incapacidade evolutiva.
Querer ser iguais aos outros e nos comparar sexualmente indicam
ausência de peças importantes em nossa consciência profunda, o que nos
torna incapacitados para perceber a extensão das Leis Divinas que regem a
todos nós.
Livro As Dores da Alma
item Culpa, Espírito Hammed
Psicografia de Francisco do Espírito Santo Neto
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