O que o outro faz
O homem não deve preocupar-se com o outro... a não ser que seja para auxiliá-lo.
O outro é a nossa perquirição e a nossa resposta.
É o móvel do nosso progresso.
A diversificação dos caracteres é que permite a diversificação do aprendizado.
Mas quem se debruça sobre a vida alheia esquece-se da sua...
Distrai-se do essencial.
Ao homem não convém patrulhar a vida do outro.
Efetuar-lhe cobranças de ordem moral, isentando-se da obrigação de ser melhor...
Apontar o dedo para alguém é tentativa de passar despercebido.
No outro, devemos mirar nossas próprias imperfeições.
No outro, carecemos contemplar a imagem das virtudes que não temos.
Há quem, por séculos, permaneça exclusivamente na observação do outro.
Cinzel que lapida, sem, no entanto, lapidar-se...
Cadinho que depura, conservando-se inalterável na purificação que lhe diz respeito...
Não nos preocupemos com que o outro esteja fazendo, mas sim com o que estejamos fazendo a ele.
Irmão José
Carlos A. Baccelli
Livro- Passo a Passo
Editôra Didier
Nenhum comentário:
Postar um comentário