Aquele que se eleva será rebaixado
Cap. VII - ESE
BEM AVENTURADOS OS POBRES DE ESPÍRITO
AQUELE QUE SE ELEVA SERÁ REBAIXADO - itens 3 a 6 -
Três
momentos da vida de Jesus, no convívio com Seus discípulos, que
encontramos no O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. VII, itens 3 a 6,
quando Ele aproveita para nos ensinar a necessidade de sermos humildes,
"o cartão de ingresso no Reino dos Céus.”
Humildade é sentimento contrário ao orgulho.
É o sentimento capaz de levar o homem a perceber que, mesmo conhecedor de muitas coisas, outros existem que sabem mais.
Somente
a humildade leva o homem a não se sentir, nunca, em circunstância
alguma, superior a quem quer que seja, porque reconhece sua pequenez
diante do Pai e sabe que muito tem ainda que aprender.
E
só pode ser humilde aquele que compreende que a posição de
superioridade é acréscimo de responsabilidade espiritual para produzir o
Bem, para amparar, para servir.
Como
sabemos, Jesus nada escreveu, e seu método de ensino era aproveitar às
situações, as conversas, as perguntas do momento para explicar as leis
divinas.
Jesus
nos trouxe belíssimos ensinamentos por meio de parábolas.
E nessa sua
maneira de ensinar, ele nos deixou a norma mais perfeita do ensino, ou
seja, vivenciar o que se quer ensinar.
Dentro deste capítulo, que trata de todo aquele que se elevar será rebaixado, Mateus ressalta o episódio onde os discípulos se aproximaram de Jesus e lhe perguntaram?
Quem seria o maior no Reino dos Céus?
Ao colocar um menino como modelo a ser seguido, Jesus exaltou a simplicidade e a humildade das crianças em geral, na facilidade com que elas brigam e se reconciliam, não guardando rancor, na confiança e na fé que demonstram aos outros, principalmente, aos adultos, no seu anseio e entusiasmo de aprender.
O homem sempre buscou sentir-se orgulhoso e poderoso em relação à sua capacidade e às suas conquistas.
A vida em sociedade estimula a competição.
Somos estimulados constantemente a corrermos atrás de títulos e riquezas.
Medindo-nos em relação aos outros:-
- “Se tenho mais sucesso é porque sou melhor”, e nos comportamos como se vivêssemos não entre companheiros, mas entre adversários.
Às
vezes procuramos escolher posições de destaque para que possamos ser
bem vistos pela sociedade.
Para tanto, deixamos de observar as regras
básicas da boa convivência e em muitas oportunidades atropelando o nosso
próximo.
Quando todos nossos projetos são coroados de êxito, nos sentimos grandes, vencedores, cheios de vaidade.
Deixamos-nos levar pelas vaidades e pelo desejo de poder.
Muitas vezes quando estamos na
condição de liderança, os que se pensavam humildes e pacíficos, se
revelam arrogantes, lutadores para manterem seus privilégios a qualquer
preço, mesmo o da violência física e da coerção moral.
Abandonam
a postura da obediência e vestem a toga da autoridade com a qual
pretende escravizar os outros, indo à forra de todas as frustrações que
tiveram de engolir no período em que era um “nada”, no meio dos outros
“nadas”.
Agora
que subiram de posição, sentem prazer em humilhar os outros para
dizer-lhes, com isso, que continuam “nadas”, mas que eles ao contrário,
subiram de posto, passando a ser-lhes superior.
Devo lembrar a fala de JESUS:-
- Todo aquele que se eleva será rebaixado, se quiser ser o maior seja o menor.
Como assim ser rebaixado se fui um vencedor?
Muitos
justificam suas atitudes prepotentes e arrogantes, dizendo não se
humilharem e nem se rebaixarem diante de ninguém, porque só os que sabem
se impor vencem no mundo.
Frequentemente,
dizemos que certas pessoas são indispensáveis e que muitos indivíduos
são improdutivos, e perguntamos mais além:-
- Qual o propósito da vida para
com estas criaturas ociosas?
Façamos uma análise mais profunda da situação.
Tudo o que existe sobre a Terra é criação divina; logo, útil e proveitosa, mesmo que agora não possamos compreender seu real significado.
Podemos ter a certeza de que todos somos importantes e todos fomos convocados a dar nossa contribuição ao Universo.
O
progresso da humanidade é inevitável.
Todos estão progredindo e
crescendo, ainda que, algumas vezes, não nos apercebamos disso.
Nenhuma pessoa pode realizar a tarefa de outra.
As
experiências pelas quais passamos em nossa jornada terrena são todas
aquelas que mais necessitamos realizar para nosso aprimoramento.
Enquanto
o orgulho for uma alavanca para nos elevar, seremos rebaixados por
deixá-lo nos conduzir a uma suposta elevação sobre o nosso próximo.
A
nossa vitória só será real quando conquistarmos a elevação sobre nós
mesmos, na consciência daquele que diz:-
- Hoje, eu cresci em conhecimento;
- Hoje, eu sou melhor do que fui ontem;
- Hoje, eu sou mais paciente, tenho
mais coragem moral, sou mais prudente, sou mais calmo;
- Hoje, eu cresci
nos meus valores afetivos, nas minhas qualidades ...
O
Espiritismo vem confirmar os ensinamentos exemplificando-o,
mostrando-nos que os grandes no mundo dos Espíritos são os que foram
pequenos na Terra, e frequentemente são bem pequenos lá aqueles que
foram os maiores e os mais poderosos na Terra.
É que os primeiros levaram, ao morrer, aquilo que faz unicamente a verdadeira grandeza no Céu e não se perde:-
- As virtudes;
Enquanto os outros tiveram que deixar o que fazia sua grandeza na Terra e que não se leva:-
- A riqueza, Os títulos, A glória, A nobreza.
Não
tendo nenhuma outra coisa, chegam ao outro mundo sem nada, como
náufragos infelizes, que perderam tudo, até mesmo suas roupas.
Conservaram
apenas o orgulho que torna sua nova posição ainda mais humilhante, pois
veem acima deles, resplandecentes de glória, aqueles que humilharam na
Terra.
A reencarnação vem possibilitar o despertar desses espíritos, através de encarnações sucessivas, em papéis variados de riqueza e de pobreza, de poder e de subjugação.
Situações onde eles têm a oportunidade de receber e de doar, de precisar e de merecer.
Logo, devemos perceber que sendo o maior em recursos materiais, possivelmente, seremos o menor em recursos espirituais,
pois enquanto ficamos escolhendo lugares que nos proporcionam destaques
no meio material, esquecemos-nos de escolher lugar nos planos posterior
à vida física.
Necessário
é que busquemos vivenciar a humildade em toda sua plenitude
possibilitando assim um passaporte de bem aventuranças no pós-vida
terrena.
Fonte: Visão Espírita
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