A Responsabilidade de Fazer Alguém Sorrir
De repente, eu me senti responsável pelos sorrisos dela.
Não só pelos sorrisos, mas por ela como um todo também.
Se alguma tristeza se apresentava, me prontificava a ajudar a espantá-la.
O bem-estar dela era parte fundamental no meu.
Fui percebendo que, do mesmo jeito que me entregava, ela também se doava.
Era um querer mútuo, recíproco e lindo.
Assim, os sorrisos em nossos rostos eram primordiais.
E eu é que passei a considerar os dela aparte essencial da minha guarda.
Eu, Cavalheiro Real da Felicidade.
Longe de ser príncipe, mas com toda a vontade de fazer dela rainha.
Aqueles sorrisos eram o reflexo da nossa felicidade e sintonia.
É claro que não podia controlar todos e determinar o momento em que cada um deles apareceria.
Até porque, os de nervoso ou os amarelos, por exemplo, nada tinham a ver comigo.
O que me esforçava, então, era para que, quando a gente estivesse junto - fosse fisicamente ou apenas em pensamento, pudesse proporcionar momentos bons ou memórias melhores ainda.
Me esforçava a cumprir algumas expectativas, armar surpresas.
Com tudo isso, só enxergava um único caminho possível:-
- O de fazer aqueles olhinhos se fecharem mais vezes de tanto sorrir.
Como um abraço gostoso que fecha alguém contra o peito e demora tempo suficiente para se tornar um lar, fiz de mim a casa de coisas boas pronta a recebê-la e torná-la moradora pelo tempo que quisesse.
Com a responsabilidade de tê-la em minha vida e perpetuar o brilho, dos olhos e do sorriso.
Gustavo Lacombe
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