quinta-feira, 26 de março de 2015

A Grande Pergunta


A Grande Pergunta

Por que me chamais Senhor, Senhor, e não fazeis o que eu digo? 
- Jesus. (LUCAS, 6:46) 

Em lamentável indiferença, muitas pessoas esperam pela morte do corpo, a fim de ouvirem as sublimes palavras do Cristo. 
 
Não se compreende, porém, o motivo de semelhante propósito. 
 
O Mestre permanece vivo em seu Evangelho de Amor e Luz. 

É desnecessário aguardar ocasiões solenes para que lhe ouçamos os ensinamentos sublimes e claros. 

Muitos aprendizes aproximam-se do trabalho santo, mas desejam revelações diretas. 
 
Teriam mais fé, asseguram displicentes, se ouvissem o Senhor, de modo pessoal, em suas manifestações divinas. 

Acreditam-se merecedores de dádivas celestes e acabam considerando que o serviço do Evangelho é grande em demasia para o esforço humano e põem-se à espera de milagres imprevistos, sem perceberem que a preguiça sutilmente se lhes mistura à vaidade, anulando-lhes as forças. 

Tais companheiros não sabem ouvir o Mestre Divino em seu verbo imortal. 
 
Ignoram que o serviço deles é aquele a que foram chamados, por mais humildes lhes pareçam as atividades a que se ajustam. 

Na qualidade de político ou de varredor, num palácio ou numa choupana, o homem da Terra pode fazer o que lhe ensinou Jesus. 

É por isso que a oportuna pergunta do Senhor deveria gravar-se de maneira indelével em todos os templos, para que os discípulos, em lhe pronunciando o nome, nunca se esqueçam de atender, sinceramente, às recomendações do seu verbo sublime.


Livro:- “Caminho, verdade e vida” 
Emmanuel 
Francisco Cândido Xavier 

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