Pequeno tratado sobre o rancor
Se o rancor te visita o ser, declina do convite do vício da carne, no
verbo, cala e segue, procurando no amor, forças para a vitória no
porvir.
Se o rancor te rouba momentos preciosos de paz, observa à tua volta e
verás que harmonia é nota uníssona não ominal, assim, se não tem asas,
adequa teu pensamento ao teu melhor agir.
Se o rancor locupleta a serenidade que tanto lutaste para conseguir,
pensa, reflita, obra no bem, em busca do descuido promanado de nossa
própria indisciplina.
Se o rancor altera tua homeostase corporal, retorna solerte ao
caminho abandonado, de vez que a luta na terra urge de nós linha reta
nas atitudes córporo-mentais, considerando sempre o mens sana in
corporis sanis.
Se o rancor te visita em função de corportamentos inadequados
alhures, analise igualmente se somos padrões de conduta no agir e
pensar.
O outro que nos cria situação de conforto, de fato mostra o quão
infantes somos perantes os valores eternos.
Se te incomodas,
encontra-se mergulhado nas lamas da ilusão,
Se o rancor dos afetos mais caros te acutelam a alma, pela
incompreensão de teus melhores esforços, entenda, sublima e segue.
Não
se conhece progresso sem luta ingente e apupos das massas, ainda,
ignaras, mormente daqueles que moram enraizados em nosso coração.
Se o rancor te visita em momento em que se sentias digno do conforto e
descansos merecidos, lembrem-se que os parâmetros humanos do bem
servir, são um tanto viciados por atitudes nossas, ainda que
inconscientes, vinculadas ao ócio.
O nosso ideal de servir deve seguir
ao ideal do Cristo de servir.
Se o rancor que te cerca promana de teus co-caminhantes do labor
pecuniário, declina do verbo inconsequente, dialoga com a consciência no
que tange à nossa indigência em termos de matéria e do espírito, de vez
que se em casa manter os afetos pelo coração, no trabalho contribuímos,
de uma maneira geral, pelo progresso do coletivo no qual nos inserimos,
que só ocorre, eficazmente, em sinergia grupal.
Se o rancor de um transeunte te bate o coração, perdoa setenta vezes
sete, de vez que nunca saberemos quem será o transeunte no amanhã.
Se o rancor referente à uma ação de um meliante sobre ti, pára,
caminha, devolva igualmente em mente este recurso que te foi levado.
Se a
conquista é vinculad ao teu notório mérito, o apego é erva daninha a
ser podada de nosso espírito, de vez que que, de tudo, somos
administradores e, que se subtraído, de certa forma volta ao próprio
dono:-
dono:-
- Deus.
Se o rancor te coloca nas leiras da depressão, lembre-se que poderia
ser pior.
Quem se julgar injustiçado, mas é pró-ativo na ação, não tem
tempo para mágoas, tristezas e banzos existenciais, pois não se acomoda
aos pedrouços do caminho.
O rancor é fruto do orgulho.
Não se evita um, sem burilar, à
extinção, o outro.
Assim, mais ou menos intensamente, temos o rancor
como como visitante pertinaz.
Não há, na terra quem esteja isento, ainda
que por fátuos momentos, do rancor.
Como filho dileto do orgulho, só
sente rancor, ainda quem não sabe amar, não sabe perdoar, de uma maneira
geral todos nós.
Se a ofensa nos ofende injustamente, é justo que o
amor nos trace trilha segura no porvir.
Fora disto, temos ilusão, mágoa e
inadequação Cristã.
Paulo Viotti com auxílio dos amigos espirituais (AL)
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