quarta-feira, 8 de maio de 2013

Homens Gentis, a Extinção




 
         Homens gentis, a extinção

Ailin Aleixo

Não preciso que ninguém pague a minha conta do restaurante:-  minha almôndega. 
Não preciso que ninguém puxe a cadeira para que eu sente:-
-Tenho braços e  o mínimo de coordenação motora para realizar a tarefa.
 Não preciso que ninguém abra a porta do carro para eu entrar:-
-Posso muito bem fazer isso sem cair de cara no meio-fio.
Realment posso fazer tudo isso sozinha.
Mas adoro quando um homem faz isso por mim .
Cavalheiros são uma Raça Superior.
E mulheres que sabem receber essas delicadezas, sem chiliques, também.

Nada mais ridículo do que uma feminista ensandecida que interpreta um simples gentileza masculina ( o fofo chamar o garçom para servir o vinho, por exemplo ) como uma ameaça devoradora à sua independência.

Parece que ele está querendo extirpar o clitóris da cidadã.
Ah, vá catar coquinho!

Toma o vinho e pronto:-
- Deixe o cara ser homem e cuidar.

Eu adoro mimos masculinos.

Quanto mais flores chegarem ao meu trabalho, melhor.

Curto que cedam a passagem para mim na escada rolante.

Se ele quiser ficar do lado da rua enquanto andamos na calçada, tudo bem:-
- Não me sinto ameaçada na minha liberdade, porque ele prefere que eu não seja atropelada.

É uma tremenda mentira dizer que afagos cavalheirísticos não fazem falta nestes tempos de tantas obrigações e cobranças, nesta época de deveres infindáveis. 

Para que me privar de coisas tão boas quanto ter uma jaqueta colocada sobre as minhas costas numa noite de vento frio? 

Aceito ser a parte mais fraca se isso significa ser cuidada com carinho.

Mas homem cavalheiro é um troço difícil de achar. 

E a culpa é, em boa parte, das mulheres:-
- se parássemos de reclamar da falta de modos e galanteios dos machos e nos tornássemos melhores professoras (seja como fêmeas, seja como mães), todas estaríamos mais satisfeitas. 

No final das contas, eles são frutos da nossa educação.
Se a maioria tem o grau de gentileza de um hooligan é porque deixamos   de mostrar que ser zeloso não é sinônimo de ser veadinho e que ser carinhoso não broxa.  
É porque nos omitimos na hora de apontar a trilha certa e só saímos da moita no momento de dar bronca porque eles enfiaram o pé no estrume.

Você sonha com um homem que sirva a bebida e ligue para dizer boa-noite? 

Crie o seu. 
Nunca é tarde.
 
 Recebido por e-mail da
Amiga Daly


PS:- 

Ailin Aleixo


Ailin Aleixo nasceu há 36 anos em São Caetano do Sul.

 Formou-se publicitária porém trabalha como jornalista desde antes de sair da faculdade. 

Paixão pura. Seu primeiro emprego, aos 21 anos, foi como editora na revista VIP

Lá começou a tomar gosto por gastronomia e fez suas primeiras avaliações de bares nos especiais da publicação.

Anos depois, já na revista Viagem e Turismo, andou pela Itália, EUA, Argentina… 

sempre de olho nos melhores lugarzinhos para comer um penne à la norma inesquecível ou matar um belo cheesecake.

 Mais tarde, na revista Playboy, editou o caderno regional, no qual dedicava atenção pessoal e insaciável na sua busca pelas melhores e mais novas casas da capital. 

Em 2007 fez parte da equipe que desenvolveu o projeto editorial da revista Época São Paulo e foi a principal responsável pela criação e edição do roteiro de gastronomia, bares, baladas, cultura e crianças do título (Navegador), o qual ficou sob sua responsabilidade até março de 2009. 

Também apresentou o boletim diário sobre gastronomia na rádio CBN, ocupou os cargos de editora do portal Veja São Paulo e na revista ALFA

Atualmente é colaboradora da revista ALFA, PlayboyTop Magazine e Prazeres da Mesa, entre outras. 

Também faz palestras sobre gastronomia, presta consultoria para bares e restaurantes e participa de júris especializados (o último:- etapa nacional do concurso mundial de coquetelaria da Diageo).

Em todos esses anos de aprendizado constante, ela:-
Tomou muito vinho ruim,  
- Comeu muito risoto empapado,  
- Ouviu muita besteira de crítico metido, mas também:-
- Aprendeu demais com cozinheiros e profissionais brilhantes,  
- Leu livros incríveis,  
- Passou por lugares  deliciosos e, acima de tudo, Compartilhou suas melhores descobertas. 

Porque é isso que fazemos quando gostamos de alguém:- Dividimos o que há de melhor.

- http://www.facebook.com/PalavrasDeAilinAleixo


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