terça-feira, 13 de março de 2012

Atalhos

"Atalhos"

Quanto tempo a gente perde na vida?

Se somarmos todos os minutos jogados fora, perdemos anos inteiros.

Sim, depois de nascer, a gente demora para falar, demora para caminhar, etc.

E aí, mais tarde, demora para entender certas coisas.

Demora, também, para dar o braço a torcer.

Viramos adolescentes ( aborrecentes ), teimosos e dramáticos.

E levamos um século para  aceitar o fim de uma relação.

E outro século para abrir a guarda para um novo amor.

Quando já adultos, demoramos para dizer a alguém o que sentimos, demoramos para perdoar um Amigo, e demoramos para tomar uma decisão.

Até que um dia a gente faz aniversário, 37 ou 41 anos.

Talvez 50 e tal...

Uma idade qualquer que esteja no meio do trajeto.

E só aí a gente descobre que o nosso tempo, não pode continuar sendo desperdiçado.

Fazendo uma analogia com o futebol, é como se a gente estivesse com o jogo empatado, no segundo tempo, e ainda se desse ao luxo de atrasar a bola pro goleiro.

Ou fazer tabelas desnecessárias.

Quanto esbanjamento.

E esquecemos que não falta muito pro jogo acabar...

Sim, é preciso encontrar logo o caminho do gol.

Sem muita frescura, sem muito desgaste, sem muito desgaste.

Pois tudo o que a gente quer, depois de uma certa idade, é ir direto ao assunto.

Excetuando-se no sexo, onde a rapidez não é louvada, pra todo o resto é melhor atalhar.

E isso a gente só alcança com alguma vivência e maturidade.

Pessoas experientes já não cozinham em fogo brando.

Não esperam sentadas, não ficam dando voltas e voltas.

E não necessitam percorrer todos os estágios.

Queimam etapas.

Não desperdiçam mais nada.

Uma pessoa é sempre bruta com você?

Não é obrigatorio conviver com ela.

O cara está enrolando muito?

Beije-o primeiro e veja se ele, realmente, interessa e transmite algum sentimento.

A resposta do emprego ainda não veio?

Procure outro enquanto espera.

Paciência só para o que importa de verdade.

Paciência para ver a tarde cair.

Paciência para degustar um cálice de vinho.

Paciência para a música e para os livros.

Paciência para escutar um Amigo.

Paciência para aquilo que vale nossa dedicação.


Pra enrolação, um atalho.

O maior possível!



Texto de Martha Medeiros, enviado por Yara Nogueira
Música:- Climbing a tree - Ernesto Cortazar.

Formatação:- PC

Recebido por e-mail do Amigo Rodrigues


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