domingo, 25 de março de 2012

"Além do que podemos carregar"



"Além do que podemos carregar"

 © Letícia Thompson

Ouvimos, como motivação ou intenção de consolo, talvez mesmo um pequeno raio de esperança, que Deus não nos dá a carga além da que podemos carregar.

É assim que suportamos, passo a passo, os fardos que chegam a nós e as misérias que ouvimos, previstas há séculos, às quais recebemos sempre como algo surpreendentemente novo e assustador.

Não sabemos como vai ser o amanhã, mas nos sabemos cabeças nuas e sujeitas ao que vier.

Não estamos preparados para a dor e desolação e jamais estaremos.
Pés calejados não suportam melhor os calçaodos apertados.

É assim que, mesmo "preparados" mal suportamos as cargas e com lágrimas as carregamos.

Nosso amor a Deus não pode ser condicional ao que vivemos, por que o amor d'Ele não é condicinal ao que oferecemos.

Sobrevivemos a elas e os que não sobrevivem é porque os limites foram atingidos.

Se a dor vence, é porque a paz estava no descanso eterno.

Compreendemos mal essas verdade; vivemos mal essas verdades e se não aceitamos, aprendemos o que significa a resignação.

Grandes tragédias sempre existiram.

Guerras, enchentes, terremotos, pragas e pestes, cidades inteiras destruídas já são citadas no Antigo Testamento...
O que é diferente nos adias atuais são os meios de comunicação que tornam tudo imediatamente acessível, aos ouvidos e olhos.
Se não sabemos, não sofremos;
Se sabemos e não vemos, sofremos menos.

Isso não é uma palavra de consolo, nem uma pequena luz de esperança para  o dia de amanhã, mas uma verdade que nos conduzirá ao sentimento de paz e à vida eterna.


Se as cargas são por  demais pesadas e aparentemente insuportáveis e continuamos de pé, é que ainda temos um caminho pela frente, para viver e estender a mão aos que carregam cruzes mais pesadas que as nossas.

 




Recebido por e-mail da Amiga Regynna Paula



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