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segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Razão e Emoção


Razão e Emoção 
 
Razão e emoção são dois planetas que não habitam a mesma galáxia. 
 
Você SABE que sua dor é superável, você SABE que amanhã vai encontrar um novo amor, você SABE que é uma felizarda por ter saúde, família, um teto para morar, mas você não SENTE assim.
 
E o sentimento é poderoso. 
 
Comanda-nos. 
 
E a gente sucumbe. 
 
Feito um avião caindo do céu, feito refém de um assalto do coração.

Martha Medeiros
 

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Empatia ............







Empatia ..............



As pessoas se preocupam em ser simpáticas, mas pouco se esforçam para ser empáticas, e algumas talvez nem saibam direito o que o termo significa. 
 
Empatia é a capacidade de se colocar no lugar do outro, de compreendê-lo emocionalmente
 
Vai muito além da identificação. 
 
Podemos até não sintonizar com alguém, mas nada impede que entendamos as razões pelas quais ele se comporta de determinado jeito, o que o faz sofrer, os direitos que ele tem. 

Nada impede? 

Foi força de expressão. 
 
O narcisismo, por exemplo, impede a empatia. 
 
A pessoa é tão autofocada, que para ela só existem dois tipos de gente:-
-  Os seus iguais e o resto, sendo que o resto não merece um segundo olhar. 
 
Narciso acha feio o que não é espelho. 

Ele se retroalimenta de aplausos, elogios e concordâncias, e assim vai erguendo uma parede que o blinda contra qualquer sentimento que não lhe diga respeito. 
 
Se pisam no seu pé, reclama e exige que os holofotes se voltem para essa agressão gravíssima. 
 
Se pisarem no pé do outro, é porque o outro fez por merecer. 

Afora o narcisismo, existe outro impedimento para a empatia:-
a ignorância. 
 
Pessoas que não circulam, não possuem amigos, não se informam, não leem, enfim, pessoas que não abrem seus horizontes tornam-se preconceituosas e mantêm-se na estreiteza da sua existência. 
 
Qualquer estranho que possua hábitos diferentes será criticado em vez de respeitado. 

Os ignorantes têm medo do desconhecido. 

E afora o narcisismo e a ignorância, há o mau-caratismo daqueles que, mesmo tendo o dever de pensar no bem público, colocam seus próprios interesses acima do de todos, e aí os exemplos se empilham:-
- Políticos corruptos, empresários que só visam ao lucro sem respeitar a legislação, pessoas que "compram" vagas de emprego e de estudo que deveriam ser conquistadas através dos trâmites usuais, sem falar em atitudes prosaicas como:-
furar fila
- estacionar em vaga para deficientes, 
- terminar namoros pelo Facebook, 
- faltar compromissos sem avisar antes,  
enfim, aquelas "coisinhas" que se faz no automático sem pensar que há alguém do outro lado do balcão, que irá se sentir prejudicado ou magoado. 

É um assunto recorrente:-
- Precisamos de mais Gentileza, etc. e tal. 
 
Para muitos, puxar uma cadeira para a moça sentar ou juntar um pacote que alguém deixou cair, basta. 
 
Sim, somos todos gentis, mas colocar-se no lugar do outro vai muito além da polidez e é o que realmente pode melhorar o mundo em que vivemos. 
 
A cada pequeno gesto diário, a cada decisão que tomamos, estamos interferindo na vida alheia. 
 
Logo, sejamos mais empáticos do que simpáticos

Ninguém espera que você e eu passemos a agir como heróis ou santos, apenas que tenhamos consciência de que só desenvolvendo a empatia é que se cria uma corrente de acertos e de responsabilidadecolocar-se no lugar do outro não é uma simples gentileza que se faz, é a solução para sairmos dessa barbárie disfarçada e sermos uma sociedade civilizada de fato.


Martha Medeiros
 
 

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Paz





Benditos os que conseguem se deixar em paz. 
Os que não se cobram por não terem cumprido suas resoluções, que não se culpam por terem falhado, não se torturam por terem sido contraditórios, não se punem por não terem sido perfeitos. 
Apenas fazem o melhor que podem.

 
Martha Medeiros

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

A massacrante Felicidade dos Outros........




Ao amadurecer, descobrimos que a grama do vizinho não é mais verde coisíssima nenhuma..
Estamos todos no mesmo barco.
Há no ar um certo queixume sem razões muito claras.
Converso com mulheres que estão entre os 40 e 50 anos, todas com profissão, marido, filhos, saúde, e ainda assim elas trazem dentro delas um não-sei-o-quê perturbador, algo que as incomoda, mesmo estando tudo bem.
De onde vem isso?
Anos atrás, a cantora Marina Lima compôs com o seu irmão, o poeta Antonio Cícero, uma música que dizia:-
- "Eu espero/ acontecimentos/ só que quando anoitece/ é festa no outro apartamento".
Passei minha adolescência com esta sensação:-
- a de que algo muito animado estava acontecendo em algum lugar para o qual eu não tinha convite. 
É uma das características da juventude:-  
- considerar-se deslocado e impedido de ser feliz como os outros são - ou aparentam ser.
Só que chega uma hora em que é preciso deixar de ficar tão ligada na grama do vizinho.
As festas em outros apartamentos são fruto da nossa imaginação, que é infectada por falsos holofotes, falsos sorrisos e falsas notícias.
Os notáveis alardeiam muito suas vitórias, mas falam pouco das suas angústias, revelam pouco suas aflições, não dão bandeira das suas fraquezas, então fica parecendo que todos estão comemorando grandes paixões e fortunas, quando na verdade a festa lá fora não está tão animada assim.
Ao amadurecer, descobrimos que a grama do no mesmo barco, com motivos pra dançarvizinho não é mais verde coisíssima nenhuma.
Estamos todos pela sala e também motivos pra se refugiar no escuro, alternadamente.
Só que os motivos pra se refugiar no escuro raramente são divulgados.
Pra consumo externo, todos são belos, sexy’s, lúcidos, íntegros, ricos, sedutores.
"Nunca conheci quem tivesse levado porrada; todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo".
Fernando Pessoa também já se sentiu abafado pela perfeição alheia, e olha que na época em que ele escreveu estes versos não havia esta overdose de revistas que há hoje, vendendo um mundo de faz-de-conta..
Nesta era de exaltação de celebridades - reais e inventadas - fica difícil mesmo achar que a vida da gente tem graça.
Mas tem.
Paz interior, amigos leais, nossas músicas, livros, fantasias, desilusões e recomeços, tudo isso vale ser incluído na nossa biografia.
Ou será que é tão divertido passar dois dias na Ilha de Caras fotografando junto a todos os produtos dos patrocinadores?
Compensa sar a vida comendo alface para ter o corpo que a profissão de modelo exige?
Será tão gratificante ter um paparazzo na sua cola cada vez que você sai de casa?
Estarão mesmo todos realizando um milhão de coisas interessantes enquanto só você está sentada no sofá pintando as unhas do pé?...
Favor não confundir uma vida sensacional com uma vida sensacionalista.
As melhores festas acontecem dentro do nosso próprio apartamento.
A vida é o nosso bem mais precioso, é tão forte; sendo capaz de mudar o mundo....
Mas ao mesmo tempo é tão frágil; capaz de terminar num segundo...
Todos os momentos em nossas vidas são mágicos e cabe a cada um de nós, deixá-los mais marcantes....
Seja feliz e faça alguém feliz também!! 
Estamos todos em busca de:-
- amor, amizade, paz, esperança, afeto, sonhos, etc....
Não importa, o que vale mesmo é sermos FELIZES....

quinta-feira, 15 de março de 2012

Para o resto de nossas vidas



"Para o resto de nossas vidas"

Existem  coisas pequenas e grandes, coisas que levaremos para o resto de nossas vidas.


Talvez sejam poucas, quem sabe sejam muitas, depende de cada um, depende da vida que cada um de nós levou.

Levaremos lembranças,  coisas que sempre serão inesquecíveis para nós, coisas que nos marcarão, que mexerão com a nossa existência em algum instante.


Provavelmente iremos pela vida afora colecionando essas coisas, colocando em ordem de grandeza, cada detalhe que nos foi importante.


Cada momento que interferiu nos nossos dias, que deixou marcas, cada instante que foi cravado em nosso peito, como uma tatuagem.



Marcas, isso...
Serão marcas, umas mais profundas, outras superficiais, porém com algum significado também.


Guardaremos dentro de nós e que se contarmos para terceiros, talvez não tenha a menor importância, pois só nós saberemos o quanto foi incrível vivê-lo.


Poderá ser uma música, quem sabe um livro, talvez uma poesia, uma carta, um e-mail, uma viagem, uma frase que alguém tenha nos dito num  momento  certo.


Poderá ser um raiar de sol, um buquê de flores que se recebeu, um cartão de natal, uma palavra Amiga num momento preciso.

Talvez venha a ser um sentimento que foi abandonado, uma decepção, a perda de alguém querido, um certo encontro casual, um desencontro proposital.


Quem sabe, uma Amizade incomparável, um sonho que foi alcançado após muita luta, um que deixou de existir por puro fracasso.

Pode ser simplesmente um instante, um olhar, um sorriso, um perfume, um beijo.

Para o resto de nossas vidas levaremos pessoas guardadas dentro de nós.

Uma porque dedicaram um carinho enorme, outras porque foram objeto de nosso amor, ainda outras por terem nos magoado profundamente.

Quem sabe, haverão algumas que deixarão marcas profundas, por terem sido tão rápidas em nossas vidas e terem conseguido ainda assim, plantar  dentro de nós tanta coisa boa.

Lá na frente é que poderemos realmente saber a qualidade de vida que tivemos, a quantidade de marcas que conseguimos carregar conosco e a riqueza que cada uma delas guardou dentro de si.


Bem lá na frente é que poderemos avaliar do que exatamente foi feita a nossa vida, se de amor ou de rancor, se de alegrias ou tristezas, se de vitórias ou derrotas, se de ilusões ou realidades.

Pensem sempre que hoje é só o começo de tudo, que se houver algo errado, ainda está em tempo de ser mudado, e que o resto de nossas vidas, de certa forma, ainda está em nossas mãos.




terça-feira, 13 de março de 2012

Atalhos

"Atalhos"

Quanto tempo a gente perde na vida?

Se somarmos todos os minutos jogados fora, perdemos anos inteiros.

Sim, depois de nascer, a gente demora para falar, demora para caminhar, etc.

E aí, mais tarde, demora para entender certas coisas.

Demora, também, para dar o braço a torcer.

Viramos adolescentes ( aborrecentes ), teimosos e dramáticos.

E levamos um século para  aceitar o fim de uma relação.

E outro século para abrir a guarda para um novo amor.

Quando já adultos, demoramos para dizer a alguém o que sentimos, demoramos para perdoar um Amigo, e demoramos para tomar uma decisão.

Até que um dia a gente faz aniversário, 37 ou 41 anos.

Talvez 50 e tal...

Uma idade qualquer que esteja no meio do trajeto.

E só aí a gente descobre que o nosso tempo, não pode continuar sendo desperdiçado.

Fazendo uma analogia com o futebol, é como se a gente estivesse com o jogo empatado, no segundo tempo, e ainda se desse ao luxo de atrasar a bola pro goleiro.

Ou fazer tabelas desnecessárias.

Quanto esbanjamento.

E esquecemos que não falta muito pro jogo acabar...

Sim, é preciso encontrar logo o caminho do gol.

Sem muita frescura, sem muito desgaste, sem muito desgaste.

Pois tudo o que a gente quer, depois de uma certa idade, é ir direto ao assunto.

Excetuando-se no sexo, onde a rapidez não é louvada, pra todo o resto é melhor atalhar.

E isso a gente só alcança com alguma vivência e maturidade.

Pessoas experientes já não cozinham em fogo brando.

Não esperam sentadas, não ficam dando voltas e voltas.

E não necessitam percorrer todos os estágios.

Queimam etapas.

Não desperdiçam mais nada.

Uma pessoa é sempre bruta com você?

Não é obrigatorio conviver com ela.

O cara está enrolando muito?

Beije-o primeiro e veja se ele, realmente, interessa e transmite algum sentimento.

A resposta do emprego ainda não veio?

Procure outro enquanto espera.

Paciência só para o que importa de verdade.

Paciência para ver a tarde cair.

Paciência para degustar um cálice de vinho.

Paciência para a música e para os livros.

Paciência para escutar um Amigo.

Paciência para aquilo que vale nossa dedicação.


Pra enrolação, um atalho.

O maior possível!



Texto de Martha Medeiros, enviado por Yara Nogueira
Música:- Climbing a tree - Ernesto Cortazar.

Formatação:- PC

Recebido por e-mail do Amigo Rodrigues