quinta-feira, 11 de julho de 2013

Maturidade Espiritual



Maturidade Espiritual 

Durante a infância, o ser humano experiencia a fase do egocentrismo.
 
Acredita que o mundo gira em torno dele próprio.
 
 
A criança espera que tudo seja do jeito que gosta.

Acredita ter direito ao melhor presente, à comida preferida e exige a atenção da família toda para si.

É possível estabelecer uma comparação entre essa fase natural da evolução física e a evolução espiritual.

Os homens são Espíritos que temporariamente vestem um corpo de carne.

Enquanto um homem tem a atenção focada em seus prazeres e necessidades, ele está na infância espiritual.

Por mais antigo que seja, ainda não atingiu a maturidade.

Considera absolutamente necessário defender seu espaço e fazer valer suas prerrogativas.

Como uma criança, entende ser justo o que o beneficia.

Assim é o discurso infantil a respeito da justiça.

Qualquer pequeno dever é injusto.

A mínima contrariedade representa opressão.

Já as vantagens todas, por grandes que sejam, são naturais.

A maturidade espiritual revela-se por uma diferente compreensão do justo.

O olhar já não está todo em vantagens e desejos.

Não há mais a percepção de que o mundo precisa atender todas as suas necessidades.

Gradualmente, o homem compreende que o direito nasce do dever bem cumprido.

Ele também entende que a vida em sociedade pressupõe renúncia.

Não é possível que todos realizem as próprias fantasias.

Se isso ocorresse, haveria o caos.

Há necessidade de limites e de concessões para a harmonia social.

O homem maduro aprende a prestar atenção nos direitos dos outros, pois o ideal do justo já despertou nele.

Sabe que a justiça é uma arte que implica dar a cada um aquilo que é seu.

Por isso, não avança no patrimônio do semelhante.

Não quer vantagens inapropriadas e nem aceita privilégios que os demais não podem ter.

Compreende que a família do próximo é tão respeitável quanto a dele.

Sabe que o patrimônio público é sagrado, pois voltado ao atendimento das necessidades coletivas.

Respeita profundamente a honra e as construções afetivas dos outros. 

Seu senso ético não lhe permite baixezas, razão pela qual também tem a própria honra em grande conta.

O espetáculo das misérias humanas revela o quanto ainda são imaturas as criaturas, sob o prisma espiritual.

Entretanto, todas serão conduzidas à maturidade, pelos meios infalíveis de que a vida dispõe.

Cedo ou tarde, compreenderão quão pouco adianta amealhar bens e posições à custa da própria dignidade.

Quem se permite baixezas tem um despertar terrível, após a morte do corpo.

Assimila que, na cata de vantagens, se tornou um mendigo na verdadeira vida.

Percebe que sacrificou o permanente pelo transitório e perdeu tempo, pois terá de recomeçar o aprendizado.

Redação do Momento Espírita  

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