quinta-feira, 18 de julho de 2013

A desnecessária mística do passe





A desnecessária mística do passe  

 

28/05/2013



Nada mais Natural, Simples e Sem Formalidades que o Abraço da Mãe em seu Filho Pequeno e o Carinho com que o Afaga e Aconchega, sobretudo quando está doente

Nesses momentos, passa para ele seu Amor, suas Energias Mais Saudáveis e seus Pensamentos Positivos. 

Passa... 

Essa é, provavelmente, a origem do passe, ou seja, da transmissão de fluidos que a humanidade utilizou desde seus primórdios para curar e beneficiar.

Sob nomes variados e ganhando técnicas desnecessárias, mas próprias dos Homens de cada época, o passe também sempre envolve a evocação de forças da Natureza, de Deus ou de Espíritos/Anjos que possam curar. 

É o que faz a mãe, quando abraçando seu filho doente, pede a cura para ele, mesmo sem saber que é o principal veículo é ela mesma, pois de si emana o maior e mais poderoso recurso, que é o Amor.

Nas circunstâncias da vida, muitas e muitas vezes transmitimos e recebemos passes, ou seja, energias positivas, através de um Abraço Afetuoso, de um sorriso sincero, de olhar bondoso e da Atenção Verdadeira. 

E todos podemos testemunhar que esse passe aconteceu, sem formalidades e até mesmo sem intenções, porque nos sentimos melhor, Acalentados e Fortalecidos. 

As crianças e os animais domésticos são peritos em passar essas bênçãos aos adultos!

Nas doenças e indisposições daqueles que moram conosco ou convivem muito proximamente, a ação de passar-lhes benefícios energéticos, o passe, é perfeitamente natural e não acarreta nada de ruim para ambas as partes, até porque estamos acostumados com a qualidade energética dessas pessoas e elas com a nossa. 

E, ao evocarmos ajuda espiritual, os bons Espíritos participam dando qualidades melhores e até específicas à necessidade.

Esses exemplos diários, mostram que a emissão de Energias/Fluidos que beneficiam outrem, depende de como nos sentimos em relação a essa pessoa ou animal e da nossa disposição de colaborar.

Certamente, em nenhum dos casos acima arrolados, aquele que transmitiu/passou as energias favorecedoras, esteve preocupado:-
- Se estava perfeitamente sadio, 
- Se esteve pensando coisas tristes e negativas, 
- Se estava bem acompanhado espiritualmente, 
- Se o ambiente estava perfeitamente higienizado, 
- Se demorou o tempo certo, 
- Se havia sido treinado, 
- Se podia, 
- Se,
- Se, 
- Se... 

Não! 

Nenhuma dessas “neuras” visitou-lhe a mente, e se o tivesse feito, o passe não aconteceria, porque a Insegurança e o Orgulho se interporiam e estancariam a emissão das Boas Energias.

Por que? 

Porque, é o Pensamento, que Determina a Qualidade   dos  Fluidos    que   Emanamos

E essa informação nos vem dos Espíritos da Codificação e pode ser encontrada nos estudos sobre fluidos, sobretudo em A Gênese, de Kardec.

Então, qual a razão de precisamos de tantas regras,  formas e cuidados especiais, quando organizamos um trabalho de Passes na Casa Espírita? 

Na verdade não precisaríamos, pois nos basta saber que o importante é doar Energias Boas, mas não absorver as do outro. 

Até porque se isso acontecer, fomos nós que recebemos o passe, mesmo que de energias ruins...

No entanto, se vamos atender as mais variadas pessoas, é preciso saber se temos condições energéticas para tanto, ou seja, se nossa emissão de recursos é volumosa o suficiente para não nos faltar e ficarmos prejudicados.

Também, é necessário analisar o que costumamos ficar pensando, para melhorar a qualidade dos nossos fluidos e as companhias espirituais. 

Ou os Espíritos curadores terão que se ocupar mais com nossas encrencas mentais que com aquele que precisa do passe.

E acima de Tudo, é Preciso que haja Amor ao Próximo e Disposição de Doar Seu Tempo.

A qualidade de um serviço de passes, na Casa Espírita, então, não depende das regras adotadas e sim da qualidade dos pensamentos que prevalecem naqueles que se dedicam a essa tarefa.

Se, por exemplo, um:-
- Médico ficar se condoendo com a dor do seu paciente e perturbar-se por isso; 
- Se viver preocupado se está totalmente sadio ou se comeu o que a regra manda; 
- Se ficar inseguro porque passou nervoso no trânsito ou dormiu menos nessa noite, com certeza cairá, e muito, a qualidade de seu atendimento, cirurgia ou diagnóstico. 

Lógico que há circunstâncias emocionais, doenças pessoais ou perturbações espirituais que pedem a suspensão da atividade de um médico, assim como a de um doador de energias pelo passe.

O que mais tem mistificado e atrapalhado esse hábito saudável de curar, é a banalização do passe, ou seja, sua utilização sem fins de cura, bem como as regras esdrúxulas e limitadoras que lhe são impostas.

- O Amor de uma criança por seu animalzinho, dá-lhe o passe que precisa, se não está bem de saúde; 

- O cuidado de uma pessoa com suas plantas, dá-lhes o passe que precisam, se estão debilitadas; 

- O tipo de pensamentos que cultivamos qualifica, ou desqualifica, as energias que doamos. 

Basta observar com atenção.

A natural bondade do coração, a mente limpa e a sabedoria de não “pegar” o que é do outro... precisamos mais que isso para transmitir bons fluidos pelo passe?


Ps.: Os conceitos aqui emitidos não expressam necessariamente a filosofia FEAL, sendo de exclusiva responsabilidade de seus autores.

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