Quem são
seus exemplos?
Creio que
para tal questionamento não caibam respostas, apenas reflexões - até para não
corrermos o risco de sermos traídos por nossa memória e deixarmos de citar
algum personagem importante da composição de nossa história!
Mas, quem
são meus exemplos?
E o os seus?
Já parou alguma vez para pensar sobre isso?
Como alguém
já disse:-
- “Nascemos autênticos e morremos um plágio!”.
Por mais que busquemos a
independência, de modo a tomar nossas decisões limpas de influências externas,
tentando agir conforme nossos próprios pensamentos e valores, por fim, acabamos
sendo inspirados pelos exemplos de pessoas a que admiramos, esse é o bônus do
fato de vivermos em sociedade, ou o ônus - não sei!
O grande
problema, pelo que tenho percebido e me entristecido, é tendemos, cada vez
mais, a valorizar quem pouco tem valor, a ouvir quem tem nada ou muito pouco
tem a dizer, a seguir os passos daqueles que
nem sabem para onde estão caminhando.
Já se foi o
tempo em que nossos ídolos eram os santos e mártires, que entregaram suas vidas
pelo bem comum, pela libertação de seu povo, pelo outro.
Ou eram as mães e pais
chefes de família, que do ventre da miséria ou diante grandes arbitrariedades
da vida, ressurgiam mais fortes, tornando-se capazes de manter a harmonia e a
unidade de todos aqueles que viviam ao seu convívio.
Nossos exemplos já foram
aqueles humanos que se iluminaram, abdicando das buscas pessoais e materiais e
direcionando seus destinos ao enfrentamento das injustiças sociais, à luta
contra o ódio, contra o preconceito e as discriminações.
A dor do
outro já doeu mais em mim!
Já fomos mais sensíveis às necessidades urgentes do
mundo.
Hoje parece que o que reluz são as aparências, as opiniões terceiras
vazias.
Por isso nossos exemplos tem sido outros...
Nossos ídolos tem sido
outros...
São aqueles que saciam nossa sede de reconhecimento, são aqueles que
preenchem nossa nuvem de ilusão mundana...
Não
precisamos, nem temos o direito de diminuir pessoa alguma, nenhum ser vivo, nem
nada, nem ninguém.
Mas, valorizar, tomar como exemplo, é algo muito mais
intenso, é aceitar que uma energia desconhecida e nem sempre pura exerça sobre
nós muita influência.
Isso não muda apenas nosso dia, mas, pode transformar
todo nosso ser.
Que
voltemos a valorizar e seguir quem tem, pelo menos, tentado fazer a diferença
por essa humanidade tão carente.
Que voltemos a reconhecer na multidão esses
verdadeiros guerreiros.
Que resgatemos a mesma atenção e respeito que já
tivemos aos nossos pais, aos mais velhos, à todos os sábios anônimos, que muito já viram da vida
real e são os verdadeiros heróis!
Quem são
seus exemplos?
Reveja, reflita, repense, por favor!
Julius, pela inspiração de A. de Assis.
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