quinta-feira, 7 de setembro de 2017

Fantasias que criamos



É ruim viver um mundo que não é seu?
 
Porque será que constantemente criamos fantasias? 

Esta é uma pergunta que sempre nos fazemos e sempre nos perseguem.

Um belo dia, logo pela manhã, uma menininha de apenas cinco anos, que acabara de perder o seu dente de leite perguntava categoricamente:-
- “Será que a fada do dente não vem nunca mais?”
Mas o que se passava era o seguinte:-
– O seu dente caíra na noite anterior, e ela de tanto ouvir falar que a fada do dente viria à noite e levaria o seu dente, e traria uma surpresa, fez com que ela deixasse o seu dente debaixo do travesseiro, e no dia seguinte, não se conformava ao olhar debaixo do mesmo e perceber que o seu dente permanecia lá imóvel e nenhum presente fora trazido pela fada do dente. 

Qual não foi a sua decepção. 

E a mãe da criança toda sem graça, desavisada que a filha tomaria tal atitude, não se deu ao trabalho de ajudar na criação desta situação tão lúdica. 

A mãe não sabia que a filha colocaria o dente debaixo do travesseiro e esperaria ansiosamente pela fada do dente.

O resultado foi a frustração da criança, que passou a questionar-
-: “Será que a fada do dente não existe mamãe?” 
E a mãe, mais uma vez não soube o que dizer. 
Não sabia se continuava com a fantasia ou se já posicionava a criança sobre as realidades da vida. 

É difícil saber qual a atitude mais coerente a se tomar nestas situações. 

Mas a mãe resolveu não acabar com os sonhos da criança e tratou logo de explicar que a fada deveria estar muito ocupada e que com certeza no dia seguinte a fada atenderia a sua solicitação. 

A mãe rapidamente, providenciou um presentinho e no dia seguinte logo pela manhã, a criança ficou satisfeita pois o seu desejo fora atendido e a fada do dente levou o dentinho e em troca deixou uma surpresa.

Até que ponto se deve levar adiante estas fantasias? 

Quem pode nos orientar? 

Muitos pais afirmam que é muito importante levar à frente e alimentar estas fantasias na mente de nossas criancinhas e entrar no clima e participar ativamente desta criação.

Devemos tomar muito cuidado para não transferir estas fantasias para a nossa vida adulta. 

Porque ao fazermos isto, as nossas relações, o nosso trabalho, poderão estar com os dias contados. 

As consequências serão graves, em virtude destas ações impensadas. 

É importante e natural sempre ter os pés no chão e os pensamentos mais racionais possíveis.

O ponto positivo da fantasia é que tudo é possível, ele é bem parecido com sonho, que se pode imaginar o que quiser. Sendo assim, sem nenhuma preocupação com as consequências, sem nenhum enfrentamento de problemas, sem nenhum impacto com a lei de ação e reação.

O apóstolo Paulo de Tarso diz algo a este respeito da Lei de Ação e Reação, na Epístola aos Gálatas (capítulo 6, versículos 7 e 8):-
- “Não vos enganeis; Deus não se deixa escarnecer; pois tudo o que o homem semear, isso também ceifará.”
Caso estas fantasias façam parte das nossas vidas e da vida dos nossos filhos que elas sejam ensinamentos de que a vida deve ser leve e vivida com criatividade, tranquilidade e jamais com aflições, como nos ensina o capítulo VI do Evangelho Segundo o Espiritismo:-
1 – Vinde a mim, todos vós que sofreis e que estais sobrecarregados e eu vos aliviarei.

Tomai meu jugo sobre vós, e aprendei de mim que sou brando e humilde de coração, e encontrareis o repouso de vossas almas; porque meu jugo é suave e meu fardo é leve.
 São Mateus, Cap. XI, v.28, 29,30

2. Todos os sofrimentos:-
- Misérias, decepções, dores físicas, perda de seres queridos, encontram sua consolação na fé no futuro, na confiança na justiça de Deus, que o Cristo veio ensinar aos homens.

Sobre aquele, ao contrário, que não espera nada depois desta vida, ou que duvida simplesmente, as aflições se abatem com todo o seu peso, e nenhuma esperança vem suavizar-lhe a amargura.

Eis o que levou Jesus a dizer:-

- Vinde a mim, todos nós que estais fatigados e eu vos aliviarei.

O Evangelho Segundo o Espiritismo
Allan Kardec
E você, como tem levado a vida:-
- Com fantasia ou com verdade absoluta?
Fonte Imagem: Artrianon




Eliete Ribeiro

Jornalista, pós-graduada em Educação Ambiental.



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