É ruim viver um mundo que não é seu?
Porque será que constantemente criamos fantasias?
Esta é uma pergunta que sempre nos fazemos e sempre nos perseguem.
Um belo dia, logo pela manhã, uma menininha de apenas cinco anos, que
acabara de perder o seu dente de leite perguntava categoricamente:-
- “Será que a fada do dente não vem nunca mais?”
Mas o que se passava era o seguinte:-
– O seu dente caíra na noite anterior, e ela de tanto ouvir falar que
a fada do dente viria à noite e levaria o seu dente, e traria uma
surpresa, fez com que ela deixasse o seu dente debaixo do travesseiro, e
no dia seguinte, não se conformava ao olhar debaixo do mesmo e perceber
que o seu dente permanecia lá imóvel e nenhum presente fora trazido
pela fada do dente.
Qual não foi a sua decepção.
E a mãe da criança toda
sem graça, desavisada que a filha tomaria tal atitude, não se deu ao
trabalho de ajudar na criação desta situação tão lúdica.
A mãe não sabia
que a filha colocaria o dente debaixo do travesseiro e esperaria
ansiosamente pela fada do dente.
O resultado foi a frustração da criança, que passou a questionar-
-:
“Será que a fada do dente não existe mamãe?”
E a mãe, mais uma vez não
soube o que dizer.
Não sabia se continuava com a fantasia ou se já
posicionava a criança sobre as realidades da vida.
É difícil saber qual a
atitude mais coerente a se tomar nestas situações.
Mas a mãe resolveu
não acabar com os sonhos da criança e tratou logo de explicar que a fada
deveria estar muito ocupada e que com certeza no dia seguinte a fada
atenderia a sua solicitação.
A mãe rapidamente, providenciou um
presentinho e no dia seguinte logo pela manhã, a criança ficou
satisfeita pois o seu desejo fora atendido e a fada do dente levou o
dentinho e em troca deixou uma surpresa.
Até que ponto se deve levar adiante estas fantasias?
Quem pode nos
orientar?
Muitos pais afirmam que é muito importante levar à frente e
alimentar estas fantasias na mente de nossas criancinhas e entrar no
clima e participar ativamente desta criação.
Devemos tomar muito cuidado para não transferir estas fantasias para a
nossa vida adulta.
Porque ao fazermos isto, as nossas relações, o nosso
trabalho, poderão estar com os dias contados.
As consequências serão
graves, em virtude destas ações impensadas.
É importante e natural
sempre ter os pés no chão e os pensamentos mais racionais possíveis.
O ponto positivo da fantasia é que tudo é possível, ele é bem
parecido com sonho, que se pode imaginar o que quiser. Sendo assim, sem
nenhuma preocupação com as consequências, sem nenhum enfrentamento de
problemas, sem nenhum impacto com a lei de ação e reação.
O apóstolo Paulo de Tarso diz algo a este respeito da Lei de Ação e
Reação, na Epístola aos Gálatas (capítulo 6, versículos 7 e 8):-
- “Não vos enganeis; Deus não se deixa escarnecer; pois tudo o que o homem semear, isso também ceifará.”
Caso estas fantasias façam parte das nossas vidas e da vida dos
nossos filhos que elas sejam ensinamentos de que a vida deve ser leve e
vivida com criatividade, tranquilidade e jamais com aflições, como nos
ensina o capítulo VI do Evangelho Segundo o Espiritismo:-
1 – Vinde a mim, todos vós que sofreis e que estais sobrecarregados e eu vos aliviarei.
Tomai meu jugo sobre vós, e aprendei de mim que sou brando e humilde de coração, e encontrareis o repouso de vossas almas; porque meu jugo é suave e meu fardo é leve.
2. Todos os sofrimentos:-- Misérias, decepções, dores físicas, perda de seres queridos, encontram sua consolação na fé no futuro, na confiança na justiça de Deus, que o Cristo veio ensinar aos homens.
Sobre aquele, ao contrário, que não espera nada depois desta vida, ou que duvida simplesmente, as aflições se abatem com todo o seu peso, e nenhuma esperança vem suavizar-lhe a amargura.
Eis o que levou Jesus a dizer:-
- Vinde a mim, todos nós que estais fatigados e eu vos aliviarei.
O Evangelho Segundo o EspiritismoAllan Kardec
E você, como tem levado a vida:-
- Com fantasia ou com verdade absoluta?
Fonte Imagem: Artrianon
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