terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Níveis de Caridade


Níveis de Caridade

“Toda moral de Jesus se resume na caridade e na humildade, quer dizer, nas duas virtudes contrárias ao egoísmo e ao orgulho.”
 
(Item 3, do capítulo XV, do Evangelho Segundo o Espiritismo)

 
Fazem o bem não apenas porque se sentem espiritualmente plenas, mas porque reconhecem no irmão em sofrimento um igual, um ser humano e espiritual credor de respeito, dignidade e amor. 
 
Já não sentem pena, sentem empatia pela dor do outro, e nutrem pelo sofredor compaixão, ou seja, sabem que a dor e o sofrimento são terapias necessárias, mas que – nem assim – justificam o abandono, a indiferença, a omissão, por isso não perdem a oportunidade de ajudar. 
 
Contudo, não conseguem se dedicar plenamente à caridade.
 
As preocupações do mundo tomam expressiva parte de seu tempo e, por esta razão, acabam praticando a caridade nas folgas, nos horários vagos, nos finais de semana, embora já tentem exerce-la no convívio cotidiano com seus amigos, familiares, colegas de trabalho, com estranhos.

Por fim, as sementes que caem em boa terra e frutificam em larga messe, revelam um solo fértil, preparado para germinar as grandes potências do espírito.

É o nível mais puro, o da motivação amorosa. 
 
Neste ambiente só respiram os santos, os espíritos superiores. 
 
São facilmente reconhecidos pela capacidade de renúncia, desprendimento, sacrifício, dedicação à caridade, a causas humanitárias relevantes. 
 
Jamais buscam vantagens e reconhecimento – embora sejam admirados por milhares de simpatizantes -, fazem muito mais do que os deveres sócias exigem e dedicam suas vidas, totalmente, a fazer o bem.
 
Vêem no sofredor um irmão, filho de Deus. 
 
Não há nada que os faça desistir, recuar no bom combate.
 
São Vicente de Paula, Madre Tereza de Calcutá, Chico Xavier, são apenas alguns exemplos.

Chico – o homem Amor, viveu para o Bem. 
 
Doou toda a arrecadação da venda de seus livros a instituições de caridade e, mesmo aos 90 anos, debilitado, não deixou de distribuir amor. 
 
Madre Tereza, a mãe dos pobres, deu dignidade a milhares de hansenianos e miseráveis. 
 
Certa vez, recebeu a visita de um repórter de um grande jornal americano. 
 
Ao adentrar na casa de caridade onde jaziam dezenas de enfermos agonizantes, fétidos e lamuriosos, afirmou, referindo-se ao trabalho de caridade praticado ali:-
- Não faria isso nem por um milhão de dólares. 
 
Madre Tereza o olhou com compaixão e retrucou:-
- Nem eu!

E você, o que faria? 
 
A que nível pertence?

[1],  São Mateus 8:1-23;
 
Visão Espírita
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário