Níveis de Caridade
“Toda moral de Jesus se resume na caridade e na humildade, quer dizer, nas duas virtudes contrárias ao egoísmo e ao orgulho.”
(Item 3, do capítulo XV, do Evangelho Segundo o Espiritismo)
Fazem o bem não apenas porque se
sentem espiritualmente plenas, mas porque reconhecem no irmão em
sofrimento um igual, um ser humano e espiritual credor de respeito,
dignidade e amor.
Já não sentem pena, sentem empatia pela dor do outro, e
nutrem pelo sofredor compaixão, ou seja, sabem que a dor e o sofrimento
são terapias necessárias, mas que – nem assim – justificam o abandono, a
indiferença, a omissão, por isso não perdem a oportunidade de ajudar.
Contudo, não conseguem se dedicar plenamente à caridade.
As preocupações
do mundo tomam expressiva parte de seu tempo e, por esta razão, acabam
praticando a caridade nas folgas, nos horários vagos, nos finais de
semana, embora já tentem exerce-la no convívio cotidiano com seus
amigos, familiares, colegas de trabalho, com estranhos.
Por fim, as sementes que caem em boa terra e frutificam em larga messe, revelam um solo fértil, preparado para germinar as grandes potências do espírito.
É o nível mais puro, o da motivação amorosa.
Neste ambiente só respiram
os santos, os espíritos superiores.
São facilmente reconhecidos pela
capacidade de renúncia, desprendimento, sacrifício, dedicação à
caridade, a causas humanitárias relevantes.
Jamais buscam vantagens e
reconhecimento – embora sejam admirados por milhares de simpatizantes -,
fazem muito mais do que os deveres sócias exigem e dedicam suas vidas,
totalmente, a fazer o bem.
Vêem no sofredor um irmão, filho de Deus.
Não
há nada que os faça desistir, recuar no bom combate.
São Vicente de
Paula, Madre Tereza de Calcutá, Chico Xavier, são apenas alguns exemplos.
Chico – o homem Amor, viveu para o Bem.
Doou toda a arrecadação da venda de
seus livros a instituições de caridade e, mesmo aos 90 anos, debilitado,
não deixou de distribuir amor.
Madre Tereza, a mãe dos pobres, deu
dignidade a milhares de hansenianos e miseráveis.
Certa vez, recebeu a
visita de um repórter de um grande jornal americano.
Ao adentrar na casa
de caridade onde jaziam dezenas de enfermos agonizantes, fétidos e
lamuriosos, afirmou, referindo-se ao trabalho de caridade praticado ali:-
- Não faria isso nem por um milhão de dólares.
Madre Tereza o olhou com
compaixão e retrucou:-
- Nem eu!
E você, o que faria?
A que nível pertence?
[1], São Mateus 8:1-23;
Visão Espírita
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