Conversas com Deus
Obrigado, Senhor
Por ver felicidade no caminho
E ter na pobreza do meu ninho
Teu sorriso, minha voz e um violão.
Sonhos das almas
Vazios no silêncio do peito
O chorar doloroso noutro leito
Deixa triste e magoado o coração.
Quanta ternura,
Que se esvai entre o tato de meus dedos
Nem sequer a consciência pode vê-los
Porque derrama no escuro a ilusão.
Lembro teu rosto,
Que gravei nos madrigais da juventude
Quando meu coração, tinha virtude
E meu canto da prece, pedia perdão.
Somente peço
Proteger-me dos impiedosos açoites
Os teus anjos que venham pela noite
Amenizando o meu sofrer na solidão.
Vozes sublimes
De canto nobre embalem o meu sono
Parecendo doces fadas e gnomos
Derramando estrelas no meu chão.
Os teus afagos
De vez em quando eu vejo sobre a terra
Os meus olhos e sentidos nunca erram
Quando trata de proteção e bem querer.
Pai amado
Como poderia ser tão linda uma criança
E as flores que para meu deleite dançam
Se não fosse tua grandeza e teu saber.
Quantos delírios
Dos incautos que permeiam este mundo
E por isso adentram mar profundo
De desespero, de dor e solidão.
Grito meus versos
A dizer-Te que os homens deste lado
Apesar de seus deslizes, seus pecados
Do fundo de sua dor, pedem perdão.
Canto contigo
As canções que falam sobre a vida
Mesmo havendo adeus e despedida
Daqueles que preenchem meu viver.
Os meus carinhos
Semeio fartamente pela estrada
Que tua fé no homem está guardada
Com as chaves do bem e do saber.
ACA
Fonte: CACEF
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