Palavra às Mães
Se o
Senhor te concedeu filhos ao coração de mulher, por mais difícil se te
faça o caminho terrestre, não largues os pequeninos à ventania das
adversidades.
É
possível que o companheiro haja desertado das obrigações que ele próprio
aceitou, bandeando-se para a fuga sob a compulsão de enganos, dos quais
um dia se desvencilhará.
Não
lhe condenes, porém a atitude.
Abençoa-o e, quando possível, ampara os
filhos inexperientes que te ficaram nos braços fatigados de espera.
Quem
poderá, no mundo, calcular a extensão das forças negativas que
assediam, muitas vezes, a criatura enfrascada no corpo físico,
induzindo-a a transitório esquecimento dos encargos que abraçou?
Quem
conseguirá, na Terra, medir a resistência espiritual da pessoa empenhada
ao resgate complexo de compromissos múltiplos a lhe remanescerem das
existências passadas?
Se
foste sentenciada à indiferença e, em muitas ocasiões, até mesmo à
estremada penúria, ao lado de pequeninos a te solicitarem proteção e
carinho, permanece com eles e, o trabalho por escudo de segurança e
tranqüilidade, conserva a certeza de que o Senhor te proverá com todos
os recursos indispensáveis à precisa sustentação.
Natural
preserves a própria independência e que não transformes a maternidade
em cativeiro no qual te desequilibres ou em que venhas a desequilibrar
os entes amados, através de apego doentio.
Mas enquanto os filhos ainda
crianças te pedirem apoio e ternura, de modo a se garantirem na própria
formação da qual consigam partir em demanda ao mar alto da experiência,
dispensando-te a cobertura imediata, auxilia-os, quanto puderes, ainda
mesmo a preço de sacrifício, a fim de que marchem, dentro da segurança
necessária, para as tarefas a que se destinam.
Teus
filhos pequeninos!...
Recorda que as Leis da Vida aguardam do homem a
execução dos deveres paternais que haja assumido diante de ti;
entretanto, se és mãe, não olvides que a Providência Divina, com relação
ao homem, no que se reporta a conhecimento e convívio, determinou que
os filhos pequeninos te fossem confiados nove meses antes.
Livro:- "Na Era do Espírito"
Emmanuel
Francisco Cândido Xavier
Fonte:- CACEF
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