segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Ainda o Amor


Olá Amigos !
Ainda o Amor

Nos dias que vivemos, muito se ouve falar a respeito do Amor.

Suspiram os jovens por sua chegada,  idealizando cores suaves e delicados tons.

Alguns o confundem com as paixões violentas e degradantes e,  por isso mesmo, afirmam que o amor acaba.

Entretanto, o amor já foi definido pelos Espíritos do Bem, como o mais sublime dos sentimentos.

Reveste-se de tranquilidade e confere Paz a quem o vivencia.

Não é produto de momentos, mas construção laboriosa e paciente de dias que se multiplicam na escalada do tempo.

Narra o famoso escritor inglês Charles Dickens, que dois recém-casados viviam modestamente.

Dividiam as dificuldades e sustentavam-se na afeição pura e profunda que devotavam um ao outro.

Não possuíam senão o indispensável, mas cada um era portador de uma herança particular.

O jovem recebera como legado de família um relógio de bolso, que guardava com zelo.

Na verdade não podia utilizá-lo, por não ter uma corrente apropriada.

A esposa recebera da própria natureza uma herança maravilhosa:-
- Uma linda cabeleira.

Cabelos longos, sedosos, fartos, que encantavam.

Mantinha-os sempre soltos, embora seu desejo fosse adquirir um grande e lindo pente, que vira em uma vitrina, em certa oportunidade, para os prender no alto da cabeça, deixando que as mechas, caprichosas, bailassem até os ombros.

Transcorria o tempo e ambos acalentavam o seu desejo, sem ousar expor ao outro, desde que o dinheiro que entrava era todo direcionado para as necessidades básicas.

Em certa noite de Natal, estando ambos face a face, cada um estendeu ao outro, quase ao mesmo tempo, um delicado embrulho.

Ela insistiu e ele abriu o seu primeiro. 

Um estranho sorriso bailou nos lábios do jovem.

A esposa acabara de lhe dar a corrente para o relógio.

Segurando a preciosidade entre os dedos, foi a vez dele pedir a ela que abrisse o pacote que ele lhe dera.

Trêmula e emocionada, a esposa logo deteve em suas mãos o enorme pente para prender os seus cabelos, enquanto lágrimas significativas lhe rolavam pelas faces.

Olharam-se ambos e, profundamente emocionados, descobriram que ele vendera o relógio para comprar o pente e ela vendera os cabelos para comprar a corrente do relógio.

Ante a surpresa, deram-se conta do quanto se amavam.

O Amor não é somente um meio,  é o fim essencial da vida.

Toda a expressão de afeto propicia a renovação do entusiasmo, da qualidade de vida, de metas felizes em relação ao futuro.

O Amor tem a capacidade de estimular  o organismo e de lhe oferecer reações imunológicas, que proporcionam resistência para as células, que assim combatem as enfermidades invasoras.

O amor levanta as energias alquebradas e é essencial  para a preservação da vida.

Eis porque ninguém consegue viver sem Amor, em maior ou menor expressão.



 Redação do Momento Espírita
 com base em conto de
Charles Dickens

Valerius

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