Posted: 30 Sep 2013 03:12 AM PDT
Patrícia
(desencarnada) aproxima-se de seus pais (ainda encarnados), que
passeavam pela praia e inicia uma conversa mental com seu pai…
Encontrei meus pais caminhando na praia.
A
tarde quente de verão estava maravilhosa.
É sempre encantador ver o mar
com seu verde-azulado e com suas ondas a se desfazerem na areia.
Meus
pais caminhavam tranquilos, desfrutando a calma do local.
Aproximei-me.
Amo-os tanto!
Querendo obter mais informações sobre esse assunto
interessante, perguntei a meu pai, porque sua opinião foi, é e será
sempre muito importante para mim.
“Como é, papai”, disse-lhe de mente para mente, “o que me diz sobre um trabalho realizado, o bem feito, o porquê de o fazermos…”
Papai pensou e acompanhei seus pensamentos.
“Jesus em certa ocasião disse:-
- ‘O Pai age
até hoje, eu também ajo’.
A vida é ação.
Na natureza física tudo o que
entra no estado de letargia apodrece e se desintegra.
Semelhante é a
nossa mente, se não for usada, petrifica e embrutece.
Se usada para o
mal, não regride, mas constrói dores e dívidas para si mesma, pois um
dia será imantada aos seus semelhantes.
Aí viverá no ambiente que
construiu, agredindo a tudo e a todos.
O homem sábio, conhecendo as
implicações da ação, caminha em sintonia com a natureza que, momento a
momento, aperfeiçoa sua manifestação.
Faz das suas ações a razão de sua
vida e, ao agir beneficamente, sente participar com Deus do seu perpétuo
agir.
Não há vida sem relação, e é no aprimoramento das relações que construímos um novo Céu e uma nova Terra.
Portanto, uma tarefa realizada que
resulta no bem de alguém não vejo como uma ajuda, tampouco como
trabalho, muito menos para aquisição de crédito junto ao beneficiado ou a
Deus, mas sim como o próprio exercício de viver.
Pois, se Deus age, eu
também preciso agir.
Jesus disse muitas vezes:-
- ‘Eu e o Pai somos um, só que Ele é maior que eu’.
Quando chegarmos a compreender que o
universo é a nossa família, tudo o que venhamos a fazer estaremos
fazendo para nós, pois tanto a casa como a família são nossas.
Cuidemos
de nossa casa e de nossa família, quando encarnados, sem esperar que
alguém nos elogie por algo que é nossa obrigação.
Fazer dessa forma é o
que sinto e o que procuro fazer.”
“Papai!
Mas muitos encarnados não zelam bem por sua casa nem cuidam bem de seus filhos.”
“Fazer a obrigação não dá merecimento,
nem crédito, nem é digno de elogios.
Mas, se não cumprimos com essas
obrigações, somos devedores, pois não realizamos o que é de nossa
responsabilidade.
Quando ultrapassarmos o tempo e o espaço, os créditos e
os débitos, iremos fazer todo o bem pelo simples prazer de comungar com
a vida pelo profundo amor a todas as manifestações divinas.
“Viver na certeza da onipresença de Deus é
diferente do chamado Crer, ou ter Fé.
Aí residem dois opostos; o crer é
volutivo, incerto, mutante aos embalos da emoção do momento, já o viver
na onipresença é sólido.
Vamos exemplificar em nossa família
consanguínea:-
- Pai e filha é parentesco, não é crença, é um fato do qual
não há dúvida.
Vivemos plenamente o fato do vínculo que nos une aos
parentes mais próximos.
Da mesma forma, viver na onipresença de Deus não
é um ato de momento, ou atitude de crença, é a visão plena e total de
que estou em Deus e Ele está plenamente em mim.
Portanto, o que é Dele é
meu e o que é meu sempre foi Dele.
Mas, apesar de não existir separação
entre mim e Ele, eu precariamente existo.
Deus é plenitude total.”
O horário me chamava ao regresso.
Beijei-os.
Volitei a alguns metros do solo e olhei-os.
À frente deles
estava uma gaivota que, com a aproximação deles, voou tranquila,
ganhando, com seu voo, espetacular altura, deixando desenhados na areia
seus pezinhos…
Meus pais se afastaram e suas pegadas ficaram…
Livro:- O Vôo da Gaivota
Cap. O Vôo da Gaivota
Espírito Patrícia
Psicografia de Vera Lúcia Marinzeck de Carvalho
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