quarta-feira, 2 de outubro de 2013

A Palavra mais Importante


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A Palavra mais Importante


Havia uma mulher que amava as palavras. 

Desde a meninice, elas exerciam sobre ela um grande fascínio.

Talvez por isso ela tenha aprendido a ler muito cedo. 

Desejava decifrar aqueles sinais que preenchiam as páginas do jornal.

Gostava de apreciar a sonoridade das palavras. 

Umas suaves, outras mais agressivas. 

E de aprender o significado de cada uma delas.

 Encantava-se em saber que as palavras têm o poder de representar o pensamento humano e estabelecer a comunicação entre as pessoas. 

Descobriu que existem palavras doces e perfumadas, como flor, carinho, amizade, maçã. 

Outras, tristes e angustiantes como lágrima, distância, saudade. 

Algumas dolorosas como crime, fome, abandono, guerra.

Algumas alegres e descontraídas, como primavera, natureza, criança.

Verificou que existem palavras que soam como uma sentença de morte, como câncer. 

Dá para imaginar o impacto que esse vocábulo é capaz de causar nos ouvidos de quem a ouve?

Um dia, no entanto, ela ouviu dos lábios do médico que acabara de examinar com muito cuidado uns raios-x, esta palavra e a achou muito feia. 

Num momento, a paisagem se modificou, pareceu-lhe não haver mais luz, embora ainda fosse dia. 

O sangue lhe sumiu das faces, dando lugar a um suor gélido. 

O coração tentou fugir a galope. 

Ela se lembrou de que, tempos atrás, fora convocada para uma batalha pela vida. 

Agora, outra vez lhe competia empreender a luta pela vida.

Fruto da ignorância, o medo, sempre oportunista, se instalou e a insegurança a dominou. 

O especialista foi lhe afirmando que havia muitas chances de melhora, graças às mais recentes conquistas da medicina.

Mas ela nem conseguia mais prestar atenção

A voz do médico parecia distante. 

O cérebro dela desenhava paisagens sombrias, comprometendo o equilíbrio. 

De volta ao lar, um tanto mais calma, talvez inspirada por benfeitores invisíveis, ela se lembrou de orar. 

Preparou sua alma para entrar em contato com Jesus e lhe rogar as forças necessárias.

Enquanto orava, pareceu ver o azul do firmamento, num cair de tarde, começando a salpicar de estrelas. 

Dele se destacou uma luz radiante, abrangendo todo o espaço ao seu redor.

Alguém, de olhar sereno e sorriso cativante lhe estendeu os braços. 

Caminhou em sua direção e um delicado perfume a envolveu

Ela se sentiu aconchegar de encontro ao peito daquela criatura tão serena, como se fosse uma criança amedrontada. 

Uma nova energia invadiu todo o seu ser e, então, como um canto divino ela ouviu dentro d’alma a voz melodiosa do mensageiro:-
- Filha, por que choras? 

Entre todas as palavras que admiras, esqueceste a mais importante, a mais poderosa.

Ela se atreveu a perguntar:-
- E que palavra eu esqueci, Senhor?

Ele se afastou um pouco, tomou o rosto dela entre suas mãos e olhando-a com doce ternura, respondeu:-
- A palavra é !

Fé é a mola propulsora que permite superar óbices e vencer obstáculos.

Fé é força motriz da alma que, assim alimentada, vence os percalços e avança, vitoriosa.

Por esta razão é que o Mestre de Nazaré ensinou, um dia:-
- Se tiverdes  do tamanho de um grão de mostarda, direis a esta montanha:-
-  Move-te daqui para lá e ela se moverá.

E a montanha que todos precisamos mover para avançar na estrada da vida, chama-se Dificuldade.


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