sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Dependência Química, Desajustes da Alma



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Dependência Química, Desajustes da Alma


Nos últimos tempos, a sociedade brasileira de um modo geral vem sendo atormentada pelo fantasma da dependência química. 

Infelizmente, o assunto é destaque nos veículos de comunicação em todo o país.

Em todas as cidades, em maior ou menor grau, é possível encontrar dependentes químicos padecendo pelo vício nas ruas, praças e becos. 

São pessoas de variadas classes sociais, níveis de formação e faixa etária. 

A dependência química não é seletiva, ao contrário, é epidêmica.

O número de usuários de substâncias tóxicas é crescente e chega a índices preocupantes. 

Estima-se que no Brasil cerca de 9 milhões de pessoas fazem uso de substâncias ilícitas e, se mencionarmos os etilistas e tabagistas, devemos acrescentar às estatísticas mais 9 milhões de pessoas. 

A impressão que temos é que a situação fugiu do controle.

O problema do uso de substâncias tóxicas é semelhante a um câncer de alta malignidade. 

Espalha-se rapidamente e gera outras temidas consequências, como homicídios, furtos, roubos e outras modalidades do crime, no qual dezenas de pessoas todos os dias perdem a guerra para o tráfico de drogas e são vitimadas covardemente. 

Enquanto famílias inteiras são destruídas, traficantes se enriquecem à custa do sofrimento alheio.

O que é dependência química?

A dependência química ou síndrome da dependência é definida pela ciência como a perda do controle do organismo sobre o uso de substâncias químicas (drogas ilícitas, etilismo, tabagismo, medicações), ou seja, o corpo passa a depender dessas substâncias para realizar suas funções. 

 Na ausência delas, manifesta sintomas conhecidos como síndrome de abstinência.

É uma doença crônica de ação rápida e difícil controle, que pode levar o indivíduo à morte. 

Hoje é considerado um problema de saúde pública.

O conceito deDroga”:-
- As drogas são substâncias tóxicas de origem natural ou sintética, de efeitos nocivos para o organismo. 

Podem ser ingeridas, inaladas, injetadas ou absorvidas pela pele e têm ação específica no cérebro, estimulando as áreas responsáveis pelo prazer, o que provoca uma ligeira sensação de bem-estar. 

Para sustentar esse falso prazer, o usuário necessita de doses cada vez maiores, com isso viciando o corpo físico e o Espírito.

Essas substâncias podem causar atrofia no tecido cerebral, resultando em déficit de aprendizagem, distúrbios cognitivos, demência e esquizofrenia.

Causas da dependência química
Diversos fatores são apontados pela ciência como causas da dependência química. 

Os principais estudos apontam para as questões psicológicas, sociais, congênitas (mães usuárias transmitem o vício para os filhos ainda na gestação) e genéticas.

 Cientificamente, não há uma resposta definitiva para a causa da dependência química nas pessoas.

A explicação do Espiritismo
Segundo Joanna de Ângelis, o indivíduo deve ser analisado de forma holística. 

A organização do ser compreende Espírito, corpo e mente, considerando a imortalidade da alma e a pluralidade das existências. 

Através dessas considerações, pode-se compreender que as origens de várias patologias físicas e psicológicas estão relacionadas à enfermidade do Espírito, adquirida outrora ou fruto da imaturidade e de seu grau de adiantamento ainda limitado.

De maneira geral, deve-se observar:-
- A busca incessante pela compreensão do “eu”; 

- As consequências dos próprios atos, as quais resultam em problemas aparentemente infindáveis para o ser humano; 

- As inquietudes do Espírito atormentado pela consciência culpada; 

- A preocupação excessiva com o corpo físico e 

- A negação do Espírito; 

- O imediatismo existencial e 

- A falta de confiança no Criador. 

Quando não há entendimento para essas questões, o ser humano pode mergulhar em uma crise existencial, caracterizada pelo vazio, a solidão e graves conflitos psicológicos que levam à depressão e a outros transtornos comportamentais, que acabam por induzir esses Espíritos menos preparados a buscar um refúgio nas substâncias entorpecentes.

Diz Joanna de Ângelis, em “Psicologia da Gratidão”:-
- “Nessa busca de realização pessoal, base de sustentação para uma existência feliz, surge o desafio do significado existencial, no momento em que a sociedade experimenta a pandemia psicopatológica das vidas vazias”.

Por outro lado, durante a jornada evolutiva, o Espírito imperfeito é convidado a se despir das tendências viciosas adquiridas ao longo de existências pregressas. 

Essas intenções negativas podem permanecer gravadas no perispírito por um longo tempo, o que acaba sendo exteriorizado para a matéria, explicando dessa forma a predisposição genética para o desenvolvimento da dependência química em alguns indivíduos. 

Um Espírito que teve contato com substâncias químicas em existências anteriores pode, por exemplo, apresentar uma probabilidade maior de desenvolver a doença na reencarnação subsequente.

André Luiz Alves Jr.

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