domingo, 8 de setembro de 2013

Estudando a Desencarnação


Estudando a Desencarnação

O Espírito Patrícia fazia parte de um grupo de estudos sobre desencarnações. 

Alberto, orientador prestimoso, estabeleceu um diálogo fraterno sobre o assunto…

Alberto elucidou-nos:-
- A desencarnação é a continuação real da vida que tivemos, ligamo-nos aos nossos atos. … 

Diretrizes para o bem-viver não nos faltam. 

Os ensinamentos de Jesus estão aí para todos, como também não é difícil a vivência deles. 

Felizes os que fazem do bem o objetivo de sua vida!

- Por quê umas pessoas se apavoram tanto com a desencarnação e outras não? 

– Hugo indagou.

- Muitos realmente temem a desencarnação. 

O que normalmente acontece com alguns encarnados é que eles vivem as projeções, esperanças e idéias que preenchem seus pensamentos. 

Outros, masoquistas, ruminam insensatamente ofensas, dores e angústias, gostando até de se sentir doentes para ser alvo de atenção. 

Têm medo de olhar a vida como ela é, porque, se conseguissem ver a realidade da vida, teriam que mudar radicalmente seus pensamentos, modos e atitudes, pois a vida não está preocupada com os seus desejos e recusas. 

Ela é o que é.

Vejamos um exemplo. 

Quase sempre, diante da desencarnação de um ente querido, nos primeiros instantes, preocupamo-nos conosco:-
- “Ai, meu Deus, que será de mim agora?” 

Depois, diante da dureza da separação, ficamos preocupados e vemos que deveríamos ter tido atitudes bem mais amorosas e benfazejas para com aquele ente querido que se foi.

Jesus nos advertiu que estivéssemos vigilantes. 

Recomendou aos apóstolos:-
- “Estejam cingidos os vossos rins”. 
 (Lucas, 12:35) 

Isto é, com cintos cingidos. 

Naquele tempo, viajavam colocando nos cintos os pertences mais importantes da viagem. 

Recomendou-nos, assim, que estivéssemos sempre prontos para a viagem que é a desencarnação. 

A vida física não nos dá segurança, passamos do plano físico para o espiritual sem aviso prévio. 

Muitos encarnados não vivem esse conhecimento, essa verdade. 

Por isso tanta vaidade, orgulho e prepotência. 

Porque, se todos percebessem que nada somos por nós mesmos, nada temos de absolutamente nosso, a simplicidade e a humildade seriam a base de nossas relações.

Nas grandes catástrofes do mundo físico, os homens se ajudam mutuamente com simplicidade e fraternidade, porque com o acontecido tudo perderam e naquele instante são iguais. 

Passados os momentos dolorosos, vão aos poucos voltando às ilusões e a se explorar mutuamente.

A humildade cultivada externamente é vaidade e pretensão. 

A verdadeira humildade somente é vivida quando não a temos como tal, estando totalmente conscientes de nossa pequenez. 

Se procedermos assim, veremos a realidade daquilo que somos e o que a vida é. 

Isso é fundamental para que não nos perdamos nos caminhos das pretensões e vaidades humanas.

Aqueles que meditam nas verdades dos ensinamentos de Jesus esquecem-se de si. 

Não se apavoram com a desencarnação, encarando-a como um prosseguimento da vida. 

Têm como ponto fundamental a glória de Deus manifestada na vida e não nos seus desejos pessoais. 

Agem como a lagarta, que está sempre pronta a aceitar com amor as transformações que a vida quer operar em sua existência. 

De lagarta faminta, transforma-se em bela borboleta, sustentada pela energia do néctar das flores. 

Mas para isso é preciso que amemos a Deus acima de tudo, acima de nós mesmos. 

Mas não o Deus distante e, sim o Onipresente.

Devemos seriamente pensar na desencarnação como prolongamento da vida e, se quisermos ter uma continuação feliz, que façamos por merecê-la.


Livro:- O Vôo da Gaivota 
Cap. Desencarnações
Espírito Patrícia 
Psicografia de Vera Lúcia Marinzeck de Carvalho

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