Estudando a Desencarnação
O Espírito Patrícia fazia parte de
um grupo de estudos sobre desencarnações.
Alberto, orientador
prestimoso, estabeleceu um diálogo fraterno sobre o assunto…
Alberto elucidou-nos:-
- A desencarnação é a continuação real
da vida que tivemos, ligamo-nos aos nossos atos. …
Diretrizes para o
bem-viver não nos faltam.
Os ensinamentos de Jesus estão aí para todos,
como também não é difícil a vivência deles.
Felizes os que fazem do bem o
objetivo de sua vida!
- Por quê umas pessoas se apavoram tanto com a desencarnação e outras não?
– Hugo indagou.
- Muitos realmente temem a
desencarnação.
O que normalmente acontece com alguns encarnados é que
eles vivem as projeções, esperanças e idéias que preenchem seus
pensamentos.
Outros, masoquistas, ruminam insensatamente ofensas, dores e
angústias, gostando até de se sentir doentes para ser alvo de atenção.
Têm medo de olhar a vida como ela é, porque, se conseguissem ver a
realidade da vida, teriam que mudar radicalmente seus pensamentos, modos
e atitudes, pois a vida não está preocupada com os seus desejos e
recusas.
Ela é o que é.
Vejamos um exemplo.
Quase sempre, diante
da desencarnação de um ente querido, nos primeiros instantes,
preocupamo-nos conosco:-
- “Ai, meu Deus, que será de mim agora?”
Depois,
diante da dureza da separação, ficamos preocupados e vemos que
deveríamos ter tido atitudes bem mais amorosas e benfazejas para com
aquele ente querido que se foi.
Jesus nos advertiu que estivéssemos
vigilantes.
Recomendou aos apóstolos:-
- “Estejam cingidos os vossos rins”.
(Lucas, 12:35)
Isto é, com cintos cingidos.
Naquele tempo, viajavam
colocando nos cintos os pertences mais importantes da viagem.
Recomendou-nos, assim, que estivéssemos sempre prontos para a viagem que
é a desencarnação.
A vida física não nos dá segurança, passamos do
plano físico para o espiritual sem aviso prévio.
Muitos encarnados não
vivem esse conhecimento, essa verdade.
Por isso tanta vaidade, orgulho e
prepotência.
Porque, se todos percebessem que nada somos por nós
mesmos, nada temos de absolutamente nosso, a simplicidade e a humildade
seriam a base de nossas relações.
Nas grandes catástrofes do mundo físico,
os homens se ajudam mutuamente com simplicidade e fraternidade, porque
com o acontecido tudo perderam e naquele instante são iguais.
Passados
os momentos dolorosos, vão aos poucos voltando às ilusões e a se
explorar mutuamente.
A humildade cultivada externamente é
vaidade e pretensão.
A verdadeira humildade somente é vivida quando não a
temos como tal, estando totalmente conscientes de nossa pequenez.
Se
procedermos assim, veremos a realidade daquilo que somos e o que a vida
é.
Isso é fundamental para que não nos perdamos nos caminhos das
pretensões e vaidades humanas.
Aqueles que meditam nas verdades dos
ensinamentos de Jesus esquecem-se de si.
Não se apavoram com a
desencarnação, encarando-a como um prosseguimento da vida.
Têm como
ponto fundamental a glória de Deus manifestada na vida e não nos seus
desejos pessoais.
Agem como a lagarta, que está sempre pronta a aceitar
com amor as transformações que a vida quer operar em sua existência.
De
lagarta faminta, transforma-se em bela borboleta, sustentada pela
energia do néctar das flores.
Mas para isso é preciso que amemos a Deus
acima de tudo, acima de nós mesmos.
Mas não o Deus distante e, sim o
Onipresente.
Devemos seriamente pensar na
desencarnação como prolongamento da vida e, se quisermos ter uma
continuação feliz, que façamos por merecê-la.
Livro:- O Vôo da Gaivota
Cap. Desencarnações
Espírito Patrícia
Psicografia de Vera Lúcia Marinzeck de Carvalho
Nenhum comentário:
Postar um comentário