Posted: 09 Sep 2013 03:31 AM PDT
O pai do Espírito Patrícia, encarnado, responde à pergunta de um frequentador do centro espírita onde trabalha…
Um frequentador indagou a meu pai:-
- Por que tenho tantos conflitos?
Como poderei eliminá-los?
- O maior drama do homem não está na pressão e nas dores externas.
- O maior drama do homem não está na pressão e nas dores externas.
A
própria morte física é passageira – respondeu meu genitor.
– O grande
drama, a grande dor é o conflito que existe entre o que sou e o que me
ensinaram que deveria ser.
Temos aprendido que devemos reprimir nossos
impulsos egoístas para que possamos viver bem com nosso próximo.
Enquanto estivermos fazendo a vontade de outros, seja quem for, o
conflito permanece e não haverá mudança radical no nosso relacionamento
com a vida.
Porque, apesar de achar certo fazer o que eles querem e
disso esperar créditos e ganhos, a realidade é que se tem a vontade de
fazer o que se gosta.
“Normalmente, nós temos nosso ego quase
sempre como centro do universo.
Tudo deve girar em torno do nosso
preenchimento, satisfação e prazer.
Essa é quase sempre nossa vontade,
mas a vida não sabe e não se importa com nada disso, ela tem seu próprio
caminho.
E aí, insatisfeitos, nos frustramos, ficamos inconformados e,
às vezes, nos revoltamos com o próprio desenrolar dos acontecimentos.
Assim, batemos de frente com a vida, e nossa existência perde todo o
sentido de somar com ela.
Precisamos aprender a aceitar a vida como ela
é, sem querer que seja diferente.
Mudar para melhor está em nossas mãos,
como também aceitar sem contestações o que a vida nos proporciona,
mesmo em situações e circunstâncias aparentemente desfavoráveis, pois é
nos momentos difíceis que nos superamos, isso se não tivermos dó de nós
mesmos.
Precisamos compreender que não somos somente filhos de Deus, mas
muito mais, que fazemos parte de Sua própria manifestação.
Compreendendo isso, vamos entender a diferença existente entre os dois
filhos do Senhor, na Parábola do Filho Pródigo.
O mais velho nunca saiu
de casa, sempre fez a vontade do Pai, mas viveu sempre insatisfeito,
porque no seu íntimo não sentia as coisas do Pai como suas.
E o Pai não o
sentia perto de si, apesar de amá-lo muito.
O mais novo, depois de se
afastar, de esbanjar o que pertencia a sua natureza, conheceu a si
próprio e compreendeu que ele e o Pai eram um só.
E, se eram um só,
extinguiram-se aí todos os créditos, todos os deveres, permanecendo
somente uma única coisa, a unidade de Deus em todas as suas
manifestações.
Agora, se quisermos amenizar todos os
conflitos e as dificuldades que possam nos perturbar, lembremo-nos do
dito de nosso Mestre, diante de circunstância semelhante:-
- ‘Vinde a mim
todos vós que andais cansados e sobrecarregados, que eu vos aliviarei,
pois meu jugo é suave e meu peso é leve’.
O grande Mestre era viril em todas as
suas respostas, não no sentido de machismo, mas de pureza, simplicidade e
inocência austera.
Dificuldades, sempre as teremos, porque
relacionamento é atrito de interesses.
E toda cadeia de vida é um
constante atrito de funções das manifestações de Deus.
O conjunto
harmônico de todas as suas funções compõe a sintonia do universo.
Particularmente, esse atrito se traduz em conflito entre o que queremos e
o que realmente é.
Esta resposta é para aqueles que querem mais
profundamente ter a visão do que realmente somos.
Se não compreender –
falou, referindo-se ao jovem que o indagara – ,fique com a primeira
parte, vai amenizar muito sua maneira de viver seus conflitos.”
Livro:- O Vôo da Gaivota
Cap. Numa Reunião Espírita
Espírito Patrícia
Psicografia de Vera Lúcia Marinzeck de Carvalho
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