Diferenças comportamentais dos trabalhadores
Trabalhando as "panelinhas" que se formam nos Centros.
Em termos práticos, como administrar as diferenças comportamentais dos trabalhadores, de forma a oportunizar uma convivência saudável e menos sujeita a atritos e melindres, ainda tão comuns no Centro Espírita?
Alberto Almeida:-
- Nós compreendemos que o movimento das pessoas para se aglutinarem compondo as "panelinhas" é uma tendência própria das pessoas, pelos:-
De sintonia,
De amizade,
De identidade,
De fraternidade...
... E que essas panelinhas podem estar a serviço da Causa, se, em função da sua dinâmica, não há comprometimento para o conjunto.
Na medida em que essas panelinhas formam facções dentro da Casa; na medida em que nós compomos determinadas ações que estão apartadas do conjunto, não somos uma equipe de trabalho que faz parte do conjunto.
Seremos um grupo de companheiros que está atuando dentro do Movimento, que está exatamente rompido com a unidade da Casa.
Então, esse movimento, nessa circunstância, causa um descompasso, ele é perverso para a Casa, é perverso para a "panelinha" e compromete o conjunto inteiro.
Então, temos que reconhecer a diferença.
Enquanto nos identificamos com alguns companheiros, formamos uma equipe de trabalho, e quando nos isolamos daquela equipe de trabalho, nós achamos que só nós fazemos o certo e que os outros fazem o errado e vice-versa, e criamos vários Centros Espíritas dentro de um só Centro Espírita.
O problema das diferenças não é que as pessoas sejam diferentes, até porque as diferenças potencializam a Casa Espírita, como todos os espaços humanos.
Nós todos somos diferentes, e há um objetivo divino nisso.
— Veja que não há:-
Dois olhares iguais;
Duas modulações de voz iguais;
Não existem duas pessoas iguais...
... Ainda que fossem clonadas, como acontece na vida intra-uterina dos gêmeos que são originários da mesma célula.
Eles são aparentemente iguais, mas têm diferenças marcantes na medida em que você os avalia, tanto do ponto de vista físico, quanto do ponto de vista psicológico.
Tudo o que se reflete no ser humano, enquanto a diferença, ao invés de ser um problema, nos aponta para a solução.
— Quando nós sinalizamos a mão e configuramos os dedos:-
Cada um com a sua função,
Com a sua performance,
Com a sua contextura,
Com seu tamanho,
... Integrados na palma da mão, eles compõem uma harmonia, uma unidade a serviço do corpo harmônico.
O Centro Espírita não tem problemas porque tem pessoas diferentes.
Ele tem problemas quando não sabe integrar essas diferenças.
— Um jardim bonito não o é porque têm só lírios, mas porque tem flores e rosas:-
Branca,
Amarela,
Vermelha,
Girassóis,
Orquídeas,
Margaridas,
Trepadeiras,
Amores-perfeitos, e cada flor dessas têm beleza diferente.
Isso é o que dá o sentido de harmonia.
Na Casa Espírita nós vamos ver uma pessoa vinculada à prática.
É aquele trabalhador que só quer saber de fazer, fazer, fazer.
Então, ele é um companheiro que pode ser aproveitado intensamente, em diversas atividades, para operacionalizar as instruções quando vão se concretizar.
Ele é um companheiro que está posto ali, está disponível.
Temos um outro companheiro que gosta mais de ficar idealizando, gosta de ficar sonhando, arquitetando.
— Ele é um companheiro extraordinário para:-
Montar um planejamento,
Reavaliar a dinâmica de um grupo de trabalho,
Fazer avaliações de mudanças de estrutura da Casa.
Temos outro companheiro, na Casa Espírita, extremamente racional.
Tudo ele tem que medir; tudo ele tem que codificar.
Para ele tem que estar tudo no quadro, numericamente.
Ele é um companheiro fantástico.
Ele vai ocupar um espaço de trabalho na Casa Espírita muito bom.
Ele, por certo, poderá ser um excelente diretor de finanças, fazendo as contas, a distribuição.
Ele será, na Casa Espírita, a lógica funcionando.
Há um outro companheiro que é mais emocional, mais afetivo, que tem um temperamento mais ardoroso, mais sensível.
É um outro companheiro que tem uma função, na Casa Espírita, fantástica.
Ele, na verdade, sintoniza muito bem com o sentimento; ele combina muito bem com o afeto, com o amor.
— É um companheiro que tem uma habilidade imensa:-
Para quando há um conflito,
Para quando há uma dificuldade,
Para quando há alguma resistência.
Ele vai com a sua afetividade e tem o condão de desfazer.
Qual deles é o mais importante?
Enquanto não somos homens que detemos todas essas possibilidades de seres integrais, essas diferenças, que são muito mais marcantes, fazem-nos os trabalhadores ideais para composição de uma equipe.
Imagine-se um time de futebol em que todo mundo só sabe fazer gol.
Iria perder.
Porque, quem iria segurar a bola?
Quem iria fazer a defesa?
Então, nós precisamos cada um ter o seu carisma, na afirmativa de Paulo.
Cada um tem a sua aptidão.
Tem aquele companheiro que é mais introspectivo, que não gosta de falar.
Ele não vai desempenhar a exposição na Casa Espírita.
Mas será um excelente entrevistador; ele conseguirá ser um excelente trabalhador na área mediúnica, dialogando como um médium esclarecedor.
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- http://www.forumespirita.net/fe/amizade/para-nao-
dizer-que-nao-falei-das-flores/#ixzz2euwOQjgR
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