quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Dificuldades na Casa Espírita




Dificuldades na casa espírita


  Uma das coisas mais complexas no cotidiano de uma Casa Espírita é administrar as diferenças comportamentais entre os trabalhadores.

Aqui e ali, por um motivo ou por outro, pipocam os atritos e melindres, muitas vezes encobertos pelo silêncio em nome da “caridade” mas evidentes nos olhares atravessados, nos recadinhos indiretos e, não raro, no afastamento inexplicável daquele companheiro que parecia tão entusiasmado...

  Quando chega a este ponto é que a guerra de persona já atingiu o seu ponto máximo. 

Não desanimemos. 

Onde há gente há problema. 

Graças a Deus!... 

Porque conviver significa oportunidade impar de crescimento.

—  É preciso apenas saber:-

  Respeitar,
  Identificar,
  E integrar as diferenças...

... Repensando o conceito ilusório de que para figurar no seleto rol dos “escolhidos”, todos têm que estar aptos e disponíveis, todo o tempo, a todo o tipo de tarefa na Casa Espírita. 

Esteriótipos solapam a autenticidade e favorecem a hipocrisia.

Somos diferentes e isso obedece a um propósito Divino.

  Aquilo que é fácil pra mim já não é para o outro e vice-versa. 

Sabemos que é a diversidade das flores que confere harmonia e beleza a um jardim, porém tudo passa pelo paisagista, que traçou canteiros, combinou cores e formas, considerando, sobretudo, os níveis de resistência e fragilidade de cada planta para então dispor a sua localização.

Também na Casa Espírita pessoas com personalidade, maturidade e aptidões diversas podem conviver harmonicamente em sua diversidade, mas o “paisagismo” cabe aos dirigentes.

  Pensemos em nossos grupos. Sempre encontraremos neles um trabalhador tipo “pau pra toda obra.” 

Dinâmico e disponível, este irmão é perfeito para tarefas práticas. 

Mas não o chame para reuniões de planejamento porque ou não vai comparecer ou vai cochilar.

Já o tipo“certinho”é racional, organizado e faz questão de tudo “preto no branco”. 

Quem melhor para a administração? 

Afinal, formalizar e controlar é com ele mesmo.

  Tem também o“artista”. 

Afeito ao lúdico, ele não dispensa a música, o teatro e outras manifestações de arte em tudo o que faz. 

Sua sensibilidade enche as reuniões comemorativas daquela emoção e entusiasmo tão necessários para levantar o ânimo.

—  Ideal para trabalhar com jovens e crianças, este companheiro sacode:-

  A mesmice,
  Motiva a equipe
  E estimula como ninguém a integração fraterna.

—  Temos ainda:

  O afoito,
  O ponderado,
  O acomodado, 
  O extrovertido,
  O “modernoso”,
  O conservador,
  O introspectivo, 
  O questionador e por aí vai.

E quem de nós se aventuraria a discorrer sobre a maior ou menor importância desse ou daquele trabalhador, conforme os perfis aqui relacionados?

  Na verdade, todos são insubstituíveis e indispensáveis em suas peculiaridades porque - enquanto não conseguimos ser perfeitos – o segredo é nos valer das próprias imperfeições para potencializar o trabalho.

Enquanto uns sonham outros ponderam, uns planejam outros concretizam, uns organizam outros adornam.

  E lá vamos nós. 

Lidando com as diferenças e garantindo a continuidade da obra. 

Enquanto isso vai se aprendendo a ceder, a ser voto vencido, a discordar sem “rosnar” e tantos outros exercícios de reforma íntima.

Ninguém espere mar de rosas.

—  Impossível não haver conflito onde existe diversidade:-

  Aqui é aquele que quer colocar o mundo dentro da Casa Espírita;

  Mais além é aquele outro que quer tirar a Casa Espírita do mundo;

  Ali é outro que chega querendo mudar tudo, desconsiderando aqueles que ali já estavam muito antes da sua chegada, construindo o que ele encontrou;

  Acolá é aquele companheiro veterano que rejeita as sugestões dos recém-chegados porque se julga o detentor absoluto da experiência; 

E outros tantos desafios.

Cabe às lideranças observar, intervir e pacificar. Administrando conflitos prevenimos decisões, pois as relações são a viga mestra dos grupos e quando abaladas tudo vem abaixo.



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