sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Espinheiros




Espinheiros


Nem se vindimam uvas dos abrolhos.”
— Jesus. (LUCAS, 6, 44.)
 
O cristão é um combatente ativo.

Despertando no campo do Senhor, aturde-se-lhe a visão com a amplitude e complexidade do trabalho.

Dificuldades, tropeços, cipoais, ervas daninhas…

E o Evangelho, com propriedade de conceituação, elucida que não se pode vindimar nos espinheiros.

Entretanto, teria Jesus assumido a paternidade de semelhante afirmativa para que cruzemos os bra­ços em falsa beatitude?

Se o terreno permanece absorvido pelos abro­lhos, o discípulo recebeu inúmeras ferramentas do Mestre dos mestres.

Indispensável, pois, enfrentar o serviço.

O Cristo encarou, face a face, o sacrifício pela Humanidade inteira.

Será a existência de alguns espinheiros a causa de nossos obstáculos insuperáveis?

Não. 

Se hoje é impossível a vindima, ataquemos o chão duro. 

Lavremos o solo árido.

Adubemos com suor e lágrimas.

Haverá sempre chuvas fecundantes do Céu ou generosos mananciais da Terra, abençoando-nos o esforço.

A Divina Providência reside em toda parte.

Não olvidemos o imperativo do trabalho e, de­pois, em lugar dos abrolhos, colheremos o fruto suave e doce da videira.


Caminho, Verdade e Vida 
Espírito Emmanuel
Rio de Janeiro: FEB, 1973
Capítulo 121

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