sábado, 2 de fevereiro de 2013

Condição Comum




Condição Comum 

Imediatamente, o pai do menino, clamando com lágrimas, disse:-
 – Eu creio Senhor! ajuda a minha incredulidade.”

– Marcos, 9:24.

Aquele homem da multidão, em se aproximando de Jesus com o filho enfermo, constitui expressão representativa do espírito comum da humanidade terrestre.
Os círculos religiosos comentam excessivamente a fé em Deus, todavia, nos instantes da tempestade, são escassos os devotos que permanecem firmes na confiança.
Revelam-se as massas muito atentas aos cerimoniais do culto exterior, participam das edificações alusivas à crença, contudo, ante as dificuldades do escândalo, quase toda gente resvala no despenhadeiro das acusações recíprocas.
Se falha um missionário, verifica-se a debandada. 
A comunidade dos crentes pousa os olhos nos homens falíveis, cegos às finalidades ou indiferentes às instituições. 
Em tal movimento de insegurança espiritual, sem paradoxo, as criaturas humanas creem e descreem, confiando hoje e desfalecendo amanhã.
Somos defrontados, ainda, pelo regime de incerteza de espíritos infantis que mal começam a conceber noções de responsabilidade.
Felizes, pois, aqueles que, à maneira do pai necessitado, se acercarem do Cristo, confessando a precariedade da posição íntima. 
Assim em afirmando a crença com a boca, pedirão, ao mesmo tempo, ajuda para a sua falta de fé, atestando com lagrimas a própria miserabilidade.
Francisco Cândido Xavier
Pão Nosso
 Espírito Emmanuel.
 Rio de Janeiro:- FEB, 1977
Capítulo 123

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