Indulgência
A luz da alegria deve ser o facho continuamente aceso na atmosfera das nossas experiências.
Circunstâncias
diversas e principalmente as de indisciplina podem alterar o clima de
paz, em redor de nós, e dentre elas se destaca a palavra impensada como
forja de incompreensão, a instalar entrechoques.
Daí o nosso dever básico de vigiar a nós mesmos na conversação, ampliando os recursos de entendimento nos ouvidos alheios.
Sejamos indulgentes.
Se erramos, roguemos perdão.
Se outros erraram, perdoemos.
O mal que desejarmos para alguém, hoje, suscitará o mal para nós, amanhã.
A mágoa não tem razão justa e o perdão anula os problemas, diminuindo complicações e perdas de tempo.
É assim que a espontaneidade no bem estabelece a caridade real.
Quem não reconhece as próprias imperfeições demonstra incoerência.
Quem perdoa desconhece o remorso.
Ódio é fogo invisível na consciência.
O erro, por isso, não pede aversão, mas, entendimento.
O erro, nosso, requer a bondade alheia; erro de outrem, reclama a clemência nossa.
A Humanidade dispensa quem a censure, mas necessita de quem a estime.
E ante o erro, debalde se multiplicam
justificações e razões. Antes de tudo, é preciso refazer, porque o
retorno à tarefa é a conseqüência inevitável de toda fuga ao dever.
Quanto mais conhecemos a nós mesmos, mais amplo em nós o imperativo de perdoar.
Aprendamos com o Evangelho, a fonte inexaurível da Verdade.
Você, amostra da Grande Prole de Deus, carece do amparo de todos e todos solicitam-lhe amparo.
Saiba,
pois, refletir o mundo em torno, recordando que o espelho, inerte e
frio, retrata todos os aspectos dignos e indignos à sua volta, o pintor,
consciente, buscando criar atividade superior, somente exterioriza na
pureza da tela os ângulos nobres e construtivos da vida.
André Luiz
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