domingo, 3 de novembro de 2013

Sobre o assassínio


Sobre o assassínio

O jovem Carlos questiona o Espírito Klaus a respeito dos critérios da justiça divina…

— Com base em suas colocações, gostaria de saber se todos os encarnados que não se comprometem com a transformação interior nem tampouco se preocupam com o sofrimento alheio terão o mesmo grau de culpabilidade. 

Vou dar um exemplo:-
- Todos os dias, muitas pessoas são assassinadas entre os encarnados. 

Quem matou é culpado e pronto ou existe uma espécie de “critério” Divino para estabelecer quem é mais ou menos culpável no crime que cometeu?

— Caro irmão, não podemos esquecer que todo o erro cometido necessitará de uma corrigenda na mesma proporção de erro. 

No entanto, necessitamos analisar a questão com calma.

Imaginemos um selvagem em quem há predominância da matéria sobre o espírito e em quem o senso moral ainda não se encontra devidamente desenvolvido; há apenas uma necessidade de preservação da vida. 

O seu grau de responsabilidade é menor se comparado a um assassino que mata para roubar.

Recordemos os ensinos dos espíritos superiores a Kardec, quando o mesmo indaga:-
- O assassino tem sempre o mesmo grau de culpabilidade?

E as nobres entidades respondem:-
-Como já dissemos, Deus é justo e julga mais a intenção do que o fato.

Sendo assim, um erro é sempre um erro, um crime é sempre um crime, mas o grau de responsabilidade no erro cometido difere de um indivíduo para outro, de acordo com alguns fatores que por certo farão diferença.

— O senhor poderia dar um exemplo?

— Utilizemos um exemplo simples:-
- Alguém que se vê obrigado a matar para defender a própria vida tem um grau de responsabilidade diferente daquele que mata por motivo fútil.

– Ao meu ver, matar em nome da honra é motivo fútil. 

A vida é muito valiosa e entendemos que deva ser preservada a todo custo. 

Mesmo aquele que vê a própria vida em risco, se puder escapar sem tentar contra a vida do outro, mesmo tratando-se de um criminoso, será o melhor a fazer.

Livro:- Então Virá o Fim…
Cap. 7
Espíritos José Lázaro e Klaus 
Psicografia de Agnaldo Paviani


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