Sobre o assassínio
O jovem Carlos questiona o Espírito Klaus a respeito dos critérios da justiça divina…
— Com base em suas colocações, gostaria
de saber se todos os encarnados que não se comprometem com a
transformação interior nem tampouco se preocupam com o sofrimento alheio
terão o mesmo grau de culpabilidade.
Vou dar um exemplo:-
- Todos os dias,
muitas pessoas são assassinadas entre os encarnados.
Quem matou é
culpado e pronto ou existe uma espécie de “critério” Divino para
estabelecer quem é mais ou menos culpável no crime que cometeu?
— Caro irmão, não podemos esquecer que
todo o erro cometido necessitará de uma corrigenda na mesma proporção de
erro.
No entanto, necessitamos analisar a questão com calma.
Imaginemos um selvagem em quem há
predominância da matéria sobre o espírito e em quem o senso moral ainda
não se encontra devidamente desenvolvido; há apenas uma necessidade de
preservação da vida.
O seu grau de responsabilidade é menor se comparado
a um assassino que mata para roubar.
Recordemos os ensinos dos espíritos superiores a Kardec, quando o mesmo indaga:-
- O assassino tem sempre o mesmo grau de culpabilidade?
E as nobres entidades respondem:-
-Como já dissemos, Deus é justo e julga mais a intenção do que o fato.
Sendo assim, um erro é sempre um erro,
um crime é sempre um crime, mas o grau de responsabilidade no erro
cometido difere de um indivíduo para outro, de acordo com alguns fatores
que por certo farão diferença.
— O senhor poderia dar um exemplo?
— Utilizemos um exemplo simples:-
- Alguém
que se vê obrigado a matar para defender a própria vida tem um grau de
responsabilidade diferente daquele que mata por motivo fútil.
– Ao meu
ver, matar em nome da honra é motivo fútil.
A vida é muito valiosa e
entendemos que deva ser preservada a todo custo.
Mesmo aquele que vê a
própria vida em risco, se puder escapar sem tentar contra a vida do
outro, mesmo tratando-se de um criminoso, será o melhor a fazer.
Livro:- Então Virá o Fim…
Cap. 7
Espíritos José Lázaro e Klaus
Psicografia de Agnaldo Paviani
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