terça-feira, 12 de novembro de 2013

Busquemos o Equilíbrio


Busquemos o Equilíbrio

Embora devas caminhar sem medo, não te cases à imprudência, a pretexto de cultivar desassombro.

Se nos devotamos ao Evangelho, procuremos agir segundo os padrões do Divino Mestre, que nunca apresentam lugar à temeridade.

Jesus salienta o imperativo da edificação do Reino de Deus, mas não sacrifica os interesses dos outros em obras precipitadas.

Aconselha a sinceridade do “sim, sim – não, não”, entretanto, não se confia à rudeza contundente. 

Destaca as ruínas morais do farisaísmo dogmático, todavia, rende culto à Lei de Moisés.

Reergue Lázaro do sepulcro, contudo, não alimenta a pretensão de furtá-lo, em definitivo, à morte do corpo.

Consciente do poder de que se acha investido, não menospreza a autoridade política que deve reger as necessidades do povo e ensina que se deve dar “a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”.

Preso e sentenciado ao suplício, não se perde em bravatas labiais, não obstante reconhecer o devotamento com que é seguido pelas entidades angélicas.

Atendamos ao Modelo Divino que não devemos esquecer, desempenhando a nossa tarefa com lealdade e coragem, mas evitemos o arrojo desnecessário, que vale por leviandade perigosa.

Um coração medroso congela o trabalho.

Um coração temerário incendeia qualquer serviço arrasando-o.

Busquemos, pois, o equilíbrio com Jesus e fugiremos, naturalmente, ao extremismo, que é sempre o seguro sinal da desarmonia ou da violência, da perturbação ou da morte.


Livro:- Fonte Viva, Emmanuel 
 Chico Xavier

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