sexta-feira, 5 de abril de 2013

Mãos Pequeninas




Mãos Pequeninas


Quando afagares o teu filhinho no  aconchego doméstico.

Não te esqueças das mãozinhas anônimas, esquecidas no desamparo…

Flores rodopiando na ventania, assemelham se a estrelas perdidas na    tempestade.

É todo um mar de sofrimento e angústia que te rodeia…

Apura a visão para que o aflitivo painel te não passe despercebido.

Mãos pequeninas de várias cores a se debaterem nas sombras…

Chegaram à terra como doces promessas de alegria e lutam por sobreviver à    procura    do    bem.

Pelo amor à criancinha que te inspira a beleza do lar.

Acende o lume da bondade e não recuses socorro aos braços minúsculos que te    acenam da onda revolta, suplicando piedade e carinho.

Auxilia esses lírios humanos a se desvencilharem do lodo das trevas para que se    desenvolvam ao hálito da luz.

Dizes que a vida pede amor e esperas um mundo melhor…

Não negues, assim, a tua migalha de ternura aos anjos que choram no temporal.

Recolhe as mãozinhas enregeladas no frio do desencanto e, ao calor da tua  abnegação,

Ajuda-as a renascer para a existência,

Afim de que possam esculturar o teu sonho de perfeição e grandeza, no esplendor    do amanhã..

Descerra as portas do coração aos filhinhos do berço torturado e protege-os confiante.

Recorda que, um dia, duas mãos pequeninas.

Relegadas ao abandono numa estrebaria singela.

Eram as mãos de Jesus, o Rei Divino.


Que, ainda hoje, são o nosso refúgio de Paz e a Esperança do mundo inteiro…

Meimei

Nenhum comentário:

Postar um comentário