terça-feira, 16 de abril de 2013

Brandura




Brandura



ESE – Cap. X

Item 18

O indulgente é, notadamente, brando nas suas conclusões, porque ele é tolerante para com o próximo; vê no seu irmão a sua continuação, por serem todos filhos de Deus, com os mesmos direitos e deveres; analisa seus companheiros no silêncio, sem exigir ostentação, tirando do que observar experiências para o seu comportamento.

Convém compreender que estamos na Terra buscando um aprendizado, notando que este planeta é de provas e expiações. 

A Doutrina Espírita mostra à humanidade a sua rica literatura, com o fito de que as lições sejam aplicadas e que o homem se renove nas suas concepções sobre a vida, que tem leis para serem respeitadas e rotas para serem corrigidas.
A indulgência mostra a cada criatura que a correção, em cada indivíduo, tem de ser feita por ele mesmo, porque é o único responsável pelos seus deslizes. 

E o Espiritismo, força pulsante no clima da vida, dá-nos força para conquistar a educação e a disciplina na nossa vida.
Estamos na época de mudanças, tanto no que tange à Terra, como moradia nossa, quanto na estrutura dos nossos sentimentos, aprimorando-os. 

O planeta se encontra cheio de missionários dando exemplos, e muitos deles o fazem em silêncio, de como crescer no equilíbrio, na fé e na esperança.
Quando nos dominamos, alimentamos no coração as virtudes e vamos nos livrando do apego a tudo e a todos, vivendo bem onde estivermos, amando a Deus em todas as coisas, de maneira a estabilizar a nossa vida, ligando-a à harmonia universal.

 Quanto mais apego, quanto mais orgulho, quanto mais egoísmo, mais amontoamos inferioridades dentro da consciência, passando a viver em guerra constante. 

E quando sentirmos o universo como a nossa casa, e Deus como único Pai, saberemos o que fazer da vida:-
- Poderemos ir para qualquer lugar, sem a doença da saudade que faz sofrer, pois todos somos irmãos e estamos sempre com Deus!
O sofrimento vem do apego e do egoísmo, e nada disso deve existir, nos nossos caminhos. 

Viver bem, em qualquer lugar, é sinal de que conhecemos a verdade, e nos tornamos livres, sendo indulgentes para com todos, amando a tudo. 

Convém notar que as leis espirituais nos ensinam esse viver.
O apego traz distúrbios na intimidade e sofrimento nas sensibilidades; devemos, então, purificar tudo e todos os sentimentos, transformando-os em amor, para que não falte em nossos passos a caridade bem conduzida, nos fazendo sentir a fraternidade universal.

O amor é força livre, na liberdade da vida. 

Quando se ama verdadeiramente, não há apego, não nos prendemos às saudades, surgindo em nós pensamentos de desprendimento; somos, neste momento, doadores de tudo o que esteja ao nosso alcance. 

É por isso que entendemos a força do amor, iluminando todas as virtudes, dando curso à verdade. 

Do amor surge a brandura, do amor temos os sinais da caridade e do perdão. 

Ele é a fonte de todos os valores espirituais, porque ele é Deus, sendo Jesus o padrão do amor de Deus na Terra.
 


“Máximas de Luz”
 João Nunes Maia
 Espírito Miramez




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