Gente com Defeito ?
Mas vamos, apenas e exclusivamente neste texto, chamar de defeitos aquilo que nos incomoda ou desagrada em outras pessoas, razão pela qual os desaprovamos. Isso é bem genérico.
Olhando bem, logo notamos que alguns "defeitos" e "pessoas" são mais difíceis pra nós, pois nos incomodam mais.
Comecei a pensar sobre isso.
Notei que certos “defeitos” me afetavam quando surgiam em pessoas próximas a mim, em relação às quais nutria certas expectativas.
Pensando assim, também passei a focar nas virtudes e qualidades que antes estavam ocultas na pessoa, sob aquele pretenso “defeito” que até então me incomodava tanto.
Assim, comecei a ter um olhar mais positivo, que os budistas talvez chamassem de “compassivo”.
Não vou dizer aqui que costumamos enxergar nos outros aquilo que não conseguimos ver em nós mesmos, porque é um fato que já comprovei e uma abordagem já muito batida.
A inteligência emocional, a percepção de como estamos nos sentindo, é algo muito valioso, para lidar com tais questões de maneira mais sensata possível.
Essa ideia de pessoas com defeitos tem alguns
defeitos.
Um deles está em considerar que Deus criou coisas defeituosas ou que
podem apresentar defeito.
Outro defeito é tratar-se, com nosso estrabismo ou
miopia habitual, de um incentivo a enxergarmos e apontarmos defeitos nos
outros.
Em geral, nosso ego adere a esse tipo de atitude muito facilmente, bem
como a tudo o que o engrandeça e destaque.
Mas vamos, apenas e exclusivamente neste texto, chamar de defeitos aquilo que nos incomoda ou desagrada em outras pessoas, razão pela qual os desaprovamos. Isso é bem genérico.
E não é difícil...
Vamos lá! Nesse sentido, podemos dizer
que todo mundo tem "defeitos".
Olhando bem, logo notamos que alguns "defeitos" e "pessoas" são mais difíceis pra nós, pois nos incomodam mais.
No entanto, também notamos
que está cheio de gente com defeitos que não nos afetam!
A questão, portanto,
não é o defeito do outro, mas, sim, como e por que aquilo nos afeta.
Comecei a pensar sobre isso.
Fui procurar me entender, a partir dessas minhas
reações, tentar me conhecer melhor.
Afinal, sou espírita,
logo, acredito em evoluir pra me tornar um ser melhor.
Tanto eu, quanto os
outros.
E acredito no autoconhecimento como um caminho importante na evolução.
Notei que certos “defeitos” me afetavam quando surgiam em pessoas próximas a mim, em relação às quais nutria certas expectativas.
Tais expectativas costumam
ter fundamento?
Em alguns casos.
Se certa mãe que devia cuidar do filho pequeno
não consegue suprir as necessidades dele, poderíamos dizer que o incômodo tem
uma base, desde que há uma expectativa legítima de que mães acalentem e cuidem
de seus filhos.
Mas é preciso considerar que não existe apenas isso, pois há
também a condição material, mental e emocional da mãe, de atender a essas
necessidades ou não, e pode haver um motivo específico que explique seu comportamento.
Seres humanos têm desafios complexos e se complicam emocionalmente, iludem-se
com prioridades fictícias, adoecem, perdem empregos...
Pensando assim, também passei a focar nas virtudes e qualidades que antes estavam ocultas na pessoa, sob aquele pretenso “defeito” que até então me incomodava tanto.
E vi que lá estava aquela criatura, exercitando essas
qualidades e se desenvolvendo, segundo sua possibilidade e compreensão da vida.
Assim, comecei a ter um olhar mais positivo, que os budistas talvez chamassem de “compassivo”.
Isso não implica fechar os olhos, mas olhar de outra maneira.
Isso também não faz nossa dificuldade passar e tudo ficar instantaneamente
maravilhoso.
Mas melhora bem a possibilidade de compreensão e convivência.
Não vou dizer aqui que costumamos enxergar nos outros aquilo que não conseguimos ver em nós mesmos, porque é um fato que já comprovei e uma abordagem já muito batida.
Mas até nesse sentido, enxergar no outro o que
precisamos descobrir em nós é uma sabedoria das Leis Divinas e uma providência
educativa.
A inteligência emocional, a percepção de como estamos nos sentindo, é algo muito valioso, para lidar com tais questões de maneira mais sensata possível.
Como observa Eckhart Tolle em “O Poder do Silêncio” (Ed. Sextante):-
- “Reclamar e Reagir são as formas preferidas da mente para fortalecer o ego.
O eu
autocentrado precisa do conflito para fortalecer sua identidade.
Ao lutar
contra algo ou alguém, ele demonstra pra si mesmo que ‘isto sou eu’ e ‘aquilo
não sou eu’.
É comum que países procurem fortalecer sua sensação de identidade
coletiva colocando-se em oposição aos seus inimigos.”
Pode ser, então, que
atribuir defeitos seja mais um modo de nos afirmarmos – e simplesmente isto!
Os
defeitos, então, estão na nossa visão egocentrada e não na pessoa, considerada
como essencialmente uma criatura divina em vias de progresso espiritual,
seguindo sua trajetória e fazendo uso de seu livre-arbítrio.
Além do mais, o conceito de “defeito” que adotamos para este texto, pode perfeitamente aplicar-se a nós mesmos.
Além do mais, o conceito de “defeito” que adotamos para este texto, pode perfeitamente aplicar-se a nós mesmos.
Nossas atitudes, hábitos e
idiossincrasias podem andar desagradando pessoas por aí.
Algumas ou muitas.
Então, é melhor evitar radicalismos e expandir a compreensão.
Reclamações,
ações extremadas às vezes são infelizes, tanto em si mesmas quando nos
resultados que ocasionam.
Diz Emmanuel em “Seara dos Médiuns” (FEB), “olvidemos
os defeitos do próximo, na certeza de que todos nos encontramos sob o malho das
horas, na bigorna da experiência.”
TÍTULO: GENTE COM DEFEITO?
Por Rita Foelker,
Extraído do site:
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