quinta-feira, 4 de abril de 2013

Mães e Filhos





Posted: 01 Apr 2013 03:11 AM PDT



Se a mãe soubesse a força de que dispõe pela palavra diante dos seus filhos, procuraria falar com mais cuidado. 

A tua conversa, mãe, é tinta divina e tua mente educada, a caneta pela qual podes escrever no destino do teu filho.

A criança é, por assim dizer, uma folha de papel em branco, na existência que começa a se expressar, que foi dada aos pais para escreverem nela as primeiras letras da educação.

 A disciplina da mãe, no tocante ao falar, é de suma importância, porquanto os filhos nunca esquecerão a fala materna, principalmente quando ela se envolve no magnetismo do amor e vive o que conversa com seus filhos, de bom, de agradável, de direito e de justiça. 

É certo que a verdadeira educação começa no lar; pode-se dizer que a criança é uma argila sem forma, que os pais têm o poder e dever de moldar, predispondo-a para o equilíbrio do dia-a-dia.

A mãe, nos primeiros anos do bebê, é um sol para aquecê-lo e uma mão divina para guiá-lo no caminho da vida. 

A soberania espiritual da alma flui por excelência, através do que ela fala. 

Analisando a conversa alheia, sem intenção de julgá-la, saberás a que escala pertence o Espírito que escutas, qual o seu nível de conduta, e por aí poderás melhor observar a ti mesmo, dando imediatamente um toque de reparo naquilo que precisar. 

E, quando os filhos estiverem crescidos, a voz materna, acostumada no palavreado do bem e da verdade, cresce em seus conceitos e eles a deixam cair em seus corações como semente de sinergismo salutar. 

Em certas horas graves, a palavra da mãe não será retrucada e sim, ouvida com maior respeito. 

Eis o que fala Jó:-
- “Havendo eu falado, não replicaram, as minhas palavras caíram sobre eles como o orvalho”. 
Jó, 29:22

A voz materna pode ganhar ou perder autoridade moral perante os filhos, dependendo do modo de vida que escolhe. 

O exemplo é força dominante na vida daqueles que convivem contigo e, sabes, mãe, antes do teu filho nascer, há tempos ele convive contigo, e é nesse período que deves iniciar com maior segurança, o que vais falar, pois ele está te ouvindo e sentindo o que sentes. Tu e ele, pode-se dizer, compõem um só. 

Esquece os aborrecimentos, dispersa a melancolia e faze de conta que desconheces o ódio; começa a transformar-te em um mundo de alegria e de esperança, que estarás cooperando para a paz daquele que se aproxima do teu lar e vai ser teu filho do coração.

A mulher tem uma grande missão junto à família, na arte de falar a ela, dado o maior tempo de conversações, e nisto está muita responsabilidade no que diz aos outros. 

Compete a cada uma, reverência especial na educação, e essa educação diante das suas companheiras é mais difícil de se fazer. 

Onde ficamos à vontade esquecemos a corrigenda, e deixamos para depois a disciplina. 

Mãe! 

Falando no teu lar, estás preparando outras mães e pais para outros lares, que sucessivamente herdam o que falas. 

O que dizes disto? 

Qual o caminho que vais escolher, ouvindo esta verdade?

Vamos trabalhar para um futuro de paz, senão um ambiente de luz, mas o teu início de renovação da humanidade nunca está longe de ti; começa em teu ser, com raízes em teu lar, e propaga-se em ondas poderosas no estalar da tua língua.



Livro Horizontes da Fala
cap. 42
Espírito Miramez 
Psicografia de João Nunes Maia.

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