Posted: 01 Apr 2013 03:11 AM PDT
Se
a mãe soubesse a força de que dispõe pela palavra diante dos seus
filhos, procuraria falar com mais cuidado.
A tua conversa, mãe, é tinta
divina e tua mente educada, a caneta pela qual podes escrever no destino
do teu filho.
A criança é, por assim dizer, uma folha
de papel em branco, na existência que começa a se expressar, que foi
dada aos pais para escreverem nela as primeiras letras da educação.
A
disciplina da mãe, no tocante ao falar, é de suma importância, porquanto
os filhos nunca esquecerão a fala materna, principalmente quando ela se
envolve no magnetismo do amor e vive o que conversa com seus filhos, de
bom, de agradável, de direito e de justiça.
É certo que a verdadeira
educação começa no lar; pode-se dizer que a criança é uma argila sem
forma, que os pais têm o poder e dever de moldar, predispondo-a para o
equilíbrio do dia-a-dia.
A mãe, nos primeiros anos do bebê, é um
sol para aquecê-lo e uma mão divina para guiá-lo no caminho da vida.
A
soberania espiritual da alma flui por excelência, através do que ela
fala.
Analisando a conversa alheia, sem intenção de julgá-la, saberás a
que escala pertence o Espírito que escutas, qual o seu nível de conduta,
e por aí poderás melhor observar a ti mesmo, dando imediatamente um
toque de reparo naquilo que precisar.
E, quando os filhos estiverem
crescidos, a voz materna, acostumada no palavreado do bem e da verdade,
cresce em seus conceitos e eles a deixam cair em seus corações como
semente de sinergismo salutar.
Em certas horas graves, a palavra da mãe
não será retrucada e sim, ouvida com maior respeito.
Eis o que fala Jó:-
- “Havendo eu falado, não replicaram, as minhas palavras caíram sobre eles
como o orvalho”.
Jó, 29:22
A voz materna pode ganhar ou perder
autoridade moral perante os filhos, dependendo do modo de vida que
escolhe.
O exemplo é força dominante na vida daqueles que convivem
contigo e, sabes, mãe, antes do teu filho nascer, há tempos ele convive
contigo, e é nesse período que deves iniciar com maior segurança, o que
vais falar, pois ele está te ouvindo e sentindo o que sentes. Tu e ele,
pode-se dizer, compõem um só.
Esquece os aborrecimentos, dispersa a
melancolia e faze de conta que desconheces o ódio; começa a
transformar-te em um mundo de alegria e de esperança, que estarás
cooperando para a paz daquele que se aproxima do teu lar e vai ser teu
filho do coração.
A mulher tem uma grande missão junto à
família, na arte de falar a ela, dado o maior tempo de conversações, e
nisto está muita responsabilidade no que diz aos outros.
Compete a cada
uma, reverência especial na educação, e essa educação diante das suas
companheiras é mais difícil de se fazer.
Onde ficamos à vontade
esquecemos a corrigenda, e deixamos para depois a disciplina.
Mãe!
Falando no teu lar, estás preparando outras mães e pais para outros
lares, que sucessivamente herdam o que falas.
O que dizes disto?
Qual o
caminho que vais escolher, ouvindo esta verdade?
Vamos trabalhar para um futuro de paz,
senão um ambiente de luz, mas o teu início de renovação da humanidade
nunca está longe de ti; começa em teu ser, com raízes em teu lar, e
propaga-se em ondas poderosas no estalar da tua língua.
Livro Horizontes da Fala
cap. 42
Espírito Miramez
Psicografia de João Nunes Maia.
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