- Sim, é verdade.
Isso acontece várias vezes, mas quando entendemos os
mecanismos da Lei do Universo, passamos a compreender que o grande
tesouro que Deus nos oferece não é a vida de carne e osso, como todos
nós imaginamos, equivocadamente.
A vida é estuante sempre, mais cheia de belezas inebriantes na dimensão espiritual do que na superfície quente e abafada, conflituosa e desesperante da Terra dos homens insensatos.
Assim, a morte não é a condenação ou a punição para quem não se acercou de Deus nem é prêmio que merce receber o bonzinho que se tenha tornado espírita ou que tenha ido receber tratamento espiritual.
Todos continuaremos vivendo nas dimensões espirituais da vida.
A
diferença, no entanto, é que os que, em tempo, não quiseram trabalhar a
favor de si mesmos, carregarão na alma as raízes da ignorância que
modelaram cânceres físicos, a repercutirem novamente nos futuros corpos
produzindo novas enfermidades, enquanto que os que passaram a entender
de maneira lúcida a verdadeira responsabiliade de viver, já começaram o
trabalho da própria modificação agora, antes mesmo de que o corpo carnal
tenha sido conduzido à sepultura.
Nós não somos capazes de imaginar
quantos benefícios possa ter recebido o enfermo que, nos últimos
períodos de sua trajetória na Terra, acercou-se das realidades do
Espírito e se deixou por elas tocar com sinceridade, iniciando o esforço
de transformação verdadeiro.
Quantos passarão a compreender os mecanismos da morte não mais como poderosas engrenagens destruidoras, mas como pontes que dão acesso a novos patamares de crescimento?
Quantos não encontraram, por fim, o
sentido que tanto buscavam para as indagações da alma, asserenando o
interior nas horas da grande viagem?
Quantos não aprenderam o valor da
oração verdadeira e sincera e, felizes quase, puderam constatar a
chegada dos antigos amigos e parentes que o antecederam na tumba e que a
ele se apresentam para acompanhá-lo no regresso à Casa do Pai?
A transformação do Espírito acontece não apenas quando o corpo se recupera, glorioso e quase por milagre.
Geralmente, cada um tem
necessidades e compromissos específicos, de tal sorte que, se não será
possível que todos tenham o corpo curado, todos se beneficiarão com as
forças para o Espírito, indispensáveis para a continuidade da vida que
os aguarda, inexorável.
Por isso é que tal modificação, às vezes, é maior para a alma que parte para a Vida Verdadeira do que para aquela que consegue a cura completa e continua a pertencer ao número dos que permanecem expostos às tentações tão conhecidas e perigosas.
De qualquer forma, todos os que se acerquem de Deus e compreendam com clareza suas leis, sentirão uma paz indescritível, seja para enfrentarem as lutas na manutenção da vida física, seja para entenderem as belezas que os esperam no despertamento da vida da alma.
Poderá haver consolação maior do que essa?
A ignorância continua sendo o nosso maior câncer.
No entanto, Deus nos procura ensinar por todos os caminhos.
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Livro:- Esculpindo o Próprio Destino
Cap. 24
Lúcius
André Luiz Ruiz.
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