Ajuda dos Mentores nas dificuldades da vida !!!
Assistência dos espíritos nas dificuldades da vida.
Confusões entre o meio e o fim acarretam
decepções doutrinárias – O que importa no Espiritismo é o Reino de Deus e
a sua Justiça.
Um dos fatores mais frequentes de decepções, na prática espírita, é o
utilitarismo dos praticantes.
Há pessoas que só compreendem as coisas
do ponto de vista da utilidade imediata.
Essas pessoas não se dirigem ao
Espiritismo na procura de uma visão mais ampla da vida, de melhor
compreensão, de maior equilíbrio psíquico.
Desejam, pelo contrário, obter benefícios imediatos:-
- Cura, solução de
problemas financeiros ou amorosos, arranjo da vida.
Pretendem fazer do
Espiritismo um meio de conquista de vantagens pessoais.
Os resultados
dessa atitude só podem ser negativos.
Não é missão do Espiritismo “arranjar a vida” de quem quer que seja.
Os Espíritos superiores não estão a serviço dos pequeninos e passageiros
interesses humanos.
Dessa maneira, a pessoa que deseja benefícios acaba
perdendo a assistência dos Espíritos superiores e sofrendo o assédio
dos inferiores.
Estes, sim, estão sempre prontos a atender a todos os
pedidos, mesmo os mais injustos.
E, se às vezes fazem alguns benefícios
imediatos, não raro cobram muito caro o que fizeram, causando, mais
tarde, amargas decepções.
O que se deve buscar no Espiritismo é a elevada compreensão do
processo da vida, que ele oferece a todos os estudiosos.
Buscando essa
compreensão, colocamo-nos em sintonia espiritual com os Mensageiros do
Alto, que por sua própria benevolência nos atendem e nos socorrem em
tudo o que é possível.
Cumpre-se aquele ensinamento de Jesus, que todos
os cristãos estudiosos conhecem:-
- “Busca primeiramente o Reino de Deus e a
sua Justiça, e tudo o mais te será dado por acréscimo”.
Os interesses, as paixões e as angústias humanas servem, muitas
vezes, como meios de condução da criatura ao Espiritismo.
Mas, não podem
transformar-se em finalidade da prática espírita.
É justo que a mãe
angustiada procure um Centro, um médium ou um doutrinador espírita, para
solucionar o problema do filho enfermo.
É justo que o homem de
negócios, aturdido pelos insucessos, busque uma orientação no meio
espírita, como é justo que a criatura atormentada por questões amorosas
procure uma palavra de consolo na comunicação mediúnica.
Mas, uma vez
socorridas pelos Espíritos do Senhor, essas criaturas devem
beneficiar-se com as luzes da doutrina, em vez de permanecerem na
estagnação dos sentimentos comuns.
Não é somente no Espiritismo que isso acontece.
Nas várias religiões,
os sacerdotes enfrentam o mesmo problema, com os crentes interessados
em transformar as práticas do culto em instrumentos de benefícios
pessoais.
Nas correntes ideológicas, nos partidos políticos, nos
movimentos sociais, há sempre os que procuram apenas a satisfação de
seus próprios interesses.
Erram, pois, os que pensam que somente no
Espiritismo somos assediados por essas questões, que não são privilégio
de nenhum movimento, mas decorrem da própria natureza humana, em seu
atual estado evolutivo.
O Espiritismo ensina que a vida tem um objetivo e, esse objetivo é o
aperfeiçoamento espiritual.
O que importa, pois, do ponto de vista
espírita, como ensinava Jesus, é o Reino e sua Justiça, e não o
bem-estar imediato, a felicidade passageira e ilusória.
Pessoas que se
aproximam do Espiritismo, tangidas por necessidades e interesses, mas
não lhe absorvem os ensinamentos superiores, são as que acabam por
decepcionar-se com a doutrina.
Elas mesmas causam as suas decepções.
De
outro lado, como são felizes as que se servem da oportunidade de uma
angústia ou de uma dificuldade, para assimilarem a mensagem renovadora
do Espiritismo!
Essas são as que não se aproximam da luz de olhos fechados, e nunca
se decepcionarão.
Para elas, o Espiritismo se transforma naquilo que os
místicos chamam, e com muita razão – a luz no caminho.
Escrito por Herculano Pires no Livro:- “O Mistério do Bem e do Mal”
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