Podemos tirar a vida de uma pessoa que está vegetando em uma cama ?
Um homem está agonizante, vítima de cruéis sofrimentos; sabe-se
que seu estado não tem esperanças.
É permitido poupar-lhe alguns
instantes de agonia, apressando o seu fim?
Quem, no entanto, vos daria o direito de prejulgar os planos de Deus?
Quem, no entanto, vos daria o direito de prejulgar os planos de Deus?
Não pode o Senhor conduzir um homem à margem do abismo para retirá-lo de
lá, a fim de fazê-lo voltar-se sobre si mesmo e de conduzi-lo a outros
pensamentos?
Ainda que se pense que haja chegado o momento final para um
moribundo, ninguém pode dizer com certeza que essa hora tenha chegado.
A
Ciência nunca se enganou nessas previsões?
Sei muito bem que há casos que se podem considerar, com razão, como desesperadores.
Sei muito bem que há casos que se podem considerar, com razão, como desesperadores.
Mas, se não há nenhuma esperança fundada de um retorno
definitivo à vida e à saúde, não há também incontáveis exemplos de que,
no momento de dar o último suspiro, o doente se reanima e recobra sua
lucidez por alguns instantes?
Pois bem!
Essa hora de graça que lhe é concedida pode ser para ele da
maior importância, pois ignorais os pensamentos que seu Espírito pôde
fazer nos momentos finais da sua agonia e quantos tormentos pode lhe
poupar um minuto, um momento de arrependimento.
O materialista que apenas vê o corpo e não se dá conta da alma não pode compreender estas coisas.
O materialista que apenas vê o corpo e não se dá conta da alma não pode compreender estas coisas.
Mas o espírita, que sabe o que se passa
além-túmulo, conhece o valor do último pensamento.
Suavizai os últimos sofrimentos tanto quanto vos seja possível fazê-lo; mas guardai-vos de encurtar a vida, que seja apenas por um minuto, pois esse minuto pode poupar muitas lágrimas no futuro.
O Evangelho Segundo o Espiritismo
Allan Kardec
Capítulo 5 – Pergunta 28
Allan Kardec
Capítulo 5 – Pergunta 28
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