Lugar Depois da Morte
1ª Parte, cap. VII, § 1º
Muitas vezes perguntas, na Terra, para onde seguirás, quando a morte venha a surgir...
Muitas vezes perguntas, na Terra, para onde seguirás, quando a morte venha a surgir...
Anseias, decerto, a ilha do repouso ou o lar da união com aqueles que mais amas...
Sonhas o acesso à felicidade, à maneira da criança que suspira pelo colo materno...
Isso, porém, é fácil de conhecer.
Toda pessoa humana é aprendiz na escola da evolução, sob o uniforme da carne, constrangida ao cumprimento de certas obrigações;
nos compromissos do plano familiar;
nas responsabilidades da vida pública;
no campo dos negócios materiais;
na luta pelo próprio sustento...
O dever, no entanto, é impositivo da educação que nos obriga a parecer o que ainda não somos, para sermos, em liberdade, aquilo que realmente devemos ser.
Não olvides, assim, enobrecer e iluminar o tempo que te pertence.
*
Não nos propomos nivelar homens e animais; contudo, numa comparação reconhecidamente incompleta, imaginemos seres outros da natureza trazidos ao regime do espírito encarnado na esfera física.
O cavalo atrelado ao carro, quando entregue ao descanso, corre à pastagem, onde se refocila na satisfação dos próprios impulsos.
A serpente, presa para cooperar na fabricação de soro antiofídico, se for libertada, desliza para a toca, onde reconstituirá o próprio veneno.
O corvo, detido para observações, quando solto, volve à imundície.
A abelha, retida em observação de apicultura, ao desembaraçar-se, torna, incontinenti, à colmeia e ao trabalho.
A andorinha engaiolada para estudo, tão logo se veja fora da grade, voa no rumo da primavera.
Se desejas saber quem és, observa o que pensas, quando estás sem ninguém; e se queres conhecer o lugar que te espera, depois da morte, examina o que fazes contigo mesmo nas horas livres.
Justiça Divina
Emmanuel
Emmanuel
Francisco Cândido Xavier
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