domingo, 21 de fevereiro de 2016

Velhos e Moços - Reflexão sobre a idade do espírito - Irmão X / Francisco Cândido Xavier



Velhos e Moços


- Simão - disse o Mestre com desvelado carinho - poderíamos acaso perguntar a idade de Nosso Pai? 

E, se fôssemos contar o tempo, na ampulheta das inquietações humanas, quem seria o mais velho de todos nós? 

A vida, na sua, expressão terrestre, é como uma árvore grandiosa. 

A infância é a sua ramagem verdejante. 

A mocidade se constituí de suas flores perfumadas e formosas. 

A velhice é o fruto da experiência e da sabedoria. 

Há ramagens que morrem depois do primeiro beijo do Sol, e flores que caem ao primeiro sopro da Primavera. 

O fruto, porém, é sempre uma bênção do Todo-Poderoso. 

A ramagem é a esperança, a flor uma promessa, o fruto é realização; só ele contém o doce mistério da vida, cuja fonte se perde no infinito da divindade!...
Ao passo que o discípulo lhe meditava os conceitos, com sincera admiração, Jesus prosseguia, esclarecendo:
- Esta imagem pode ser também a da vida do espírito, na sua radiosa eternidade, apenas com a diferença de que aí as ramagens e as flores não morrem nunca, marchando sempre para o fruto da edificação. 

Em face da grandeza espiritual da vida, a, existência humana é uma hora de aprendizado, no caminho infinito do Tempo; essa hora minúscula encerra, o que existe no todo. 

É por isso que ai vemos, por vezes, jovens que falam com uma experiência milenária e velhos sem reflexão e sem e sem esperança.
- Então, Senhor, de qualquer modo, a velhice é a meta do espírito? 
 Perguntou o discípulo, emocionado.
- Não a velhice enferma e amargurada, que se conhece na Terra, mas a da experiência que edifica o amor e a sabedoria. 

Ainda aqui, devemos recordar o símbolo da arvore, para reconhecer que o fruto perfeito é a frescura da ramagem e a beleza da flor, encerrando o conteúdo divino do mel e da semente.
Boa Nova 
 Irmão X
Francisco Cândido Xavier


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