sábado, 6 de fevereiro de 2016

A Mente não pertence ao cérebro e o cérebro não explica a mente


A mente não pertence ao cérebro e o cérebro não explica a mente



-Nos últimos anos, a neurociência sofreu uma explosão no campo da pesquisa. 

A cada dia, surgem novas técnicas, como mapeamentos cerebrais, que podem tirar fotos instantâneas do fluxo sangüíneo do órgão, e tubos de vidro microscópicos, que injetam poucas moléculas de um medicamento, diretamente, no neurônio. 

 “Todas essas inovações ajudaram a revelar a organização do cérebro em detalhes.”

--Nosso cérebro representa, apenas, 2% do peso total do corpo, mas possui, segundo pesquisas atuais, aproximadamente, 100 bilhões de neurônios [células nervosas cerebrais], sendo que, em algumas de suas partes, para realizar suas funções, aglomera, até, 5 milhões de neurônios de uma só vez e é capaz de produzir cerca de 1.000 trilhões de conexões.


--Desde o pulsar do coração, o movimento do intestino, a produção de novas células sanguíneas e, até, o eriçar dos pelos do nosso braço, quando nos assustamos, é controlado pelo sistema nervoso e, em última instância, pelo cérebro.


Temos no córtex os centros da visão, da audição, do tato, do olfato, do gosto, da palavra falada e escrita, da memória e de múltiplos automatismos em conexão com os mecanismos da mente, configurando os poderes da memória profunda, do discernimento, da análise, da reflexão, do entendimento e dos multiformes valores morais de que o ser se enriquece no trabalho da própria sublimação.”



--Em verdade, “o cérebro é o instrumento que traduz a mente, manancial de nossos pensamentos. Através dele, pois, unimo-nos à luz ou à treva, ao bem ou ao mal.”


--Embora tentem explicar (só pelos fenômenos físicos), pela prática dos neurologistas, toda a classe de fenômenos intelectuais, e, até, “espirituais”, através das ações combinadas do sistema nervoso; e, em que pese a Ciência ter atingido certezas irrefutáveis, como, por exemplo, a de que uma lesão orgânica faz cessar a manifestação que lhe corresponde, e que a destruição de uma rede nervosa faz desaparecer uma faculdade, ela, porém, está infinitamente limitada para explicar os fenômenos do espírito.


-- Em razão de semelhante situação, NÃO PODEMOS AFASTAR A VERDADE DA INFLUÊNCIA DE ORDEM ESPIRITUAL E INVISÍVEL no cérebro. 


Se faz mister, também, compreender, não a alma insulada do corpo, mas ligada a esse corpo, o qual representa a sua forma objetivada, com um aglomerado de matérias imprescindíveis à sua condição de tangibilidade, animadas pela sua vontade e por seus atributos imortais.

--Sobre a questão da MENTE,ESTA NÃO PERTENCE AO CÉREBRO E O CÉREBRO NÃO EXPLICA A MENTE , embora exista uma interação entre os dois. A MENTE É UMA ENTIDADE INDEPENDENTE , é uma segregação cerebral.


--O CÉREBRO É O MEIO QUE EXPRESSA A INTELIGÊNCIA no mundo material. 


Por isso, a maioria dos estudiosos da mente humana faz da inteligência um atributo do cérebro.

--Há uma diferenciação significativa entre a pesquisa acadêmica com viés, nitidamente, materialista, e a ciência espírita, pois, enquanto a ciência humana faz do cérebro o excretor da inteligência, a ciência espírita faz do cérebro um instrumento do espírito, que é o ser inteligente individualizado. 


Destarte, é importante que o Espiritismo e a Ciência se complementem, até porque, as leis do mundo espiritual e as leis do mundo material são faces de uma realidade comum, – a vida.

--O cérebro assemelha-se a complicado laboratório “onde o espírito, prodigioso alquimista, efetua inimagináveis associações atômicas e moleculares, necessárias às exteriorizações inteligentes.” 


“O cérebro real é aparelho dos mais complexos em que o nosso «eu» reflete a vida. 

Através dele, sentimos os fenômenos exteriores segundo a nossa capacidade receptiva, que é determinada pela experiência; por isso, varia ele de criatura a criatura, em virtude da multiplicidade das posições na escala evolutiva. “

-- “Para que nossa mente prossiga na direção do alto, é indispensável se equilibre, valendo-se das conquistas passadas, para orientar os serviços presentes, e amparando-se, ao mesmo tempo, na esperança que flui, cristalina e bela, da fonte superior de idealismo elevado; através dessa fonte, ela pode captar, do plano divino, as energias restauradoras, assim construindo o futuro santificante.”


--A alma é o centro de tudo – emoções, pensamentos, etc.; o cérebro é seu instrumento, facilitando a coordenação do corpo e servindo de canal para as múltiplas manifestações da alma. 


A experiência de cada um de nós é medida pelo referencial de imagens mentais que criamos e armazenamos sobre o mundo onde vivemos. 

Cada objeto, cada palavra, cada sensação é carregada de um potencial simbólico que desencadeia em nós a capacidade de criar imagens vivas da realidade. 

A ciência, sobretudo a neurociência, apesar dos nítidos avanços, ainda não admite, integralmente, essa conclusão, insistindo que tudo está nas funções cerebrais:-
- A linguagem, o pensamento, a coordenação motora, a emoção, e muito mais.

--O HOMEM NÃO PODE SER O CÉREBRO . 

Inúmeras experiências de quase morte, de sonambulismo, de hipnose conduzida, de regressão a vidas passadas, e a extensa bibliografia dos fenômenos mediúnicos, desmentem, categoricamente, essa idéia de que os neurônios cerebrais respondem pelo ser humano. 

“Portanto, o pensamento, assim como a consciência, não moram nos neurônios, mas vivem no íntimo da alma imortal, que leva para todo o sempre, como conquista inalienável, o amor e a sabedoria.” 


Jorge Hessen

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